Em 2020, todos os setores sociais e econômicos sofreram impactos com a crise do novo coronavírus, e claro, o setor imobiliário não ficou de fora dessa.

No entanto, os impactos no mercado imobiliário não duraram muito. No segundo semestre de 2020, o setor de vendas, aluguel e compartilhamento de imóveis recuperou parte do impacto do início de 2020.

Dessa forma, as expectativas para o mercado em 2021 são positivas e transformou o setor imobiliário em um tipo de investimento altamente seguro.

O cenário da crise do coronavírus era expressamente caótico e nem os próprios profissionais da área acreditavam em uma recuperação que no final surpreendeu.

Segundo o consultor imobiliário Felipe Furtado, a expectativa quanto ao ano de 2021 continua em alta. De acordo com o especialista, o mercado imobiliário é uma das melhores opções para investidores, o que tornará o crescimento mais acelerado: “​ As famílias continuam buscando mais espaço, mais conforto e consequentemente, deixando o mercado bem aquecido. Além disso, com a baixa liquidez da renda fixa e com a Selic abaixo da inflação, os investidores estão optando por negócios mais rentáveis e mais seguros. E nesse cenário a venda de imóveis tende a ser uma excelente opção, pois além de garantirretorno para quem compra para alugar, imóvel também é patrimônio e valoriza com o passar dos anos.”, ​ opina.



Os números comprovam crescimento no mercado imobiliário

Um dos números que comprovam a retomada do mercado vem da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), que mostra que os financiamentos imobiliários aumentaram 49% entre janeiro e outubro, na comparação com o mesmo período de 2019. Outro dado que mostra a aceleração no mercado imobiliário é da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), que mostra que no mês de dezembro a quantidade de vendas no terceiro trimestre de 2020 foi melhor que comparado ao mesmo período de 2019, trazendo uma alta de 39,7%.

Mercado imobiliário gerou mais empregos na construção civil

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em novembro, foram 5,722 milhões de pessoas ocupadas na Construção Civil no terceiro trimestre, cerca de 400 mil a mais que no trimestre anterior.

Mais ofertas de financiamento

Em espelho disso, a taxa básica de juros (Selic) registrou mínima histórica, de 2% ao ano — um dos principais termômetros da economia no setor, o que possibilita crédito mais barato para quem precisa pegar empréstimo para adquirir um imóvel. Os bancos, por sua vez, adoram essa modalidade, visto que não traz riscos, pois o investimento é coberto por seguradoras. Como consequência, a oferta passa a ser mais ampla. O saldo dos financiamentos imobiliários teve recorde em outubro de 2020, atingindo R$700 bilhões. Estes são dados do Banco Central (BC).

No entanto, vale ressaltar que a taxa Selic deve registrar aumento gradual durante o ano, mas mesmo assim a expectativa é que ela deve permanecer em patamares baixos, comparados com os padrões brasileiros. Economistas afirmam que a SELIC não passará de 2,75% em 2021, o que continuará favorecendo a compra de imóveis. Sendo assim, o cenário deve continuar positivo para construtoras, imobiliárias e consumidores.



Em 2021 surgem novas tendências no mercado imobiliário

Home-office

Com o passar dos anos e das mudanças significativas que acontecem em todo o mundo, o jeito de viver também sofre impactos. Atualmente, a residência não é mais vista apenas como local de descanso. O home-office ganhou mais força em 2020, e neste ano de 2021 as empresas desejam continuar com a nova modalidade. Diante disso, a procura por imóveis que tenham espaços disponíveis para um escritório e espaços para estudos aumentou significativamente.

Imóveis afastados das regiões centrais

Além disso, a importância da residência de um funcionário ser próxima ao local de trabalho também perdeu força, uma vez que, para o home-office, o local de trabalho pode ser qualquer um, desde que haja as ferramentas necessárias, como internet e celular, principais formas de comunicação nos dias de hoje.

Essa percepção abre portas para expandir o interesse popular em imóveis mais afastados das regiões centrais, ativando mais um motor no mercado em localidades onde a vida é mais tranquila. Isso inclui bairros mais distantes dos centros e cidades do interior.

Áreas de lazer completas

Os reflexos da pandemia também aumentaram interesses em áreas de lazer. Com a quarentena, as pessoas passaram a ver suas residências com outros olhos e assim surge a necessidade de conter espaços destinados às atividades extras como piscinas, churrasqueiras, quintais grandes, áreas pet e gourmet.

O tipo de vida mais saudável também está em alta, com isso manifesta-se o interesse em academias, pistas de corridas, quadras de esportes, bosques, parques e áreas destinadas às atividades físicas.

Cinema e TVs Amplas

Outro tipo de lazer muito procurado durante a pandemia e a tendência é continuar em 2021 são os serviços de streaming. Logo, imóveis com salas de cinema estão em alta, bem como os que valorizam uma sala e até mesmo salões de jogos. 

Cozinhas mais equipadas

Durante a pandemia, outro hobby passou a ganhar as casas de todo o Brasil: o de cozinhar. Os empreendimentos que valorizam os espaços de cozinha e copa ganham a atenção dos compradores, que procuram as que têm maiores espaços e que são mais equipadas.



Inovações no mercado imobiliário

Com o surgimento do novo coronavírus em 2020, as visitas e negociações aos imóveis tiveram que se adaptar à nova realidade em que o mundo vive. Diante disso, o mercado se viu obrigado a inovar as formas de vender para manter a economia ativa, e ele encontrou. A internet é o principal aliado neste momento e se tornou o principal motivador de interesse de compra através de uma boa comunicação, e claro, da publicidade.

Dessa forma, experiências virtuais se tornaram o carro-chefe de uma negociação. Investir em um marketing atrativo e sucinto gera interesse, o que leva uma pessoa a decidir uma compra antes mesmo de visitar o local do imóvel. Obviamente não são estes todos os casos, mas as inovações virtuais garantem uma melhor experiência durante uma negociação.