O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros da economia em 0,5 ponto percentual, de 12,75% para 12,25% ao ano. É a terceira queda consecutiva.

Com os juros menores, o crédito fica mais barato. O que favorece o consumo. Cortes na Selic têm reflexo nas taxas cobradas por bancos e lojas, o que impulsiona o consumo das famílias.

Para quem deseja financiar um imóvel, este pode ser o momento ideal. O economista João Gondim explica que "a taxa SELIC é a "mãe" de todas as taxas. Sempre que há redução (ou aumento) da taxa SELIC isso impacta na mesma direção, todas as demais taxas de juros do mercado em diferentes proporções, inclusive as taxas de financiamento imobiliário", enfatiza.

O economista João Gondim explica a redução da taxa Selic


O Copom prevê uma nova queda de 0,5 ponto percentual na próxima reunião, que acontece em dezembro, caso o cenário continue dentro do esperado pelo Banco Central. 


Neste momento, o consumidor não deve ver muita diferença. Mas a boa notícia é que a taxa Selic deve cair ainda mais e, consequentemente, teremos taxas de juros mais baixas. "O consumidor não deve perceber uma grande mudança nos próximos meses, mas como essa expectativa já perdura há algum tempo, essa redução vem sendo gradativa", explica João Gondim.

A taxa de juros é usada para controlar a inflação do país. Ela manteve em 13,75% por um ano. O Banco Central começou a cortar a taxa de juros na reunião de agosto, reduziu de 13,75% para 13,25%. Foi o primeiro corte em três anos, desde agosto de 2020.

O governo definiu meta de inflação de 3,25% para 2023. O índice tem intervalo de tolerância de 1,5 ponto porcentual para cima ou para baixo, podendo variar de 1,75% a 4,75%. Nos últimos 12 meses, o IPCA, índice que mede a inflação oficial do país, está em 5,19%. Para 2024, 2025 e 2026, a meta é de 3%.