1) Mercado imobiliário deve manter ritmo em 2024, segundo o Secovi-SP

O Secovi-SP projeta um desempenho positivo para o setor imobiliário em 2024, prevendo um comportamento igual ou ligeiramente superior ao registrado em 2023, com uma melhoria de 5% a 10%. Essa perspectiva otimista é sustentada por fatores como estabilidade econômica e política, aprovação do orçamento para o MCMV, queda na taxa Selic, estabilidade nos preços de materiais e uma crescente necessidade de novas moradias. No entanto, o setor enfrenta desafios, incluindo pressões de custos, especialmente em relação aos terrenos, escassez de mão de obra qualificada e ameaças ao FGTS. Além disso, a capacidade de pagamento para a compra de imóveis pelas classes média e média alta é uma preocupação, destacando a necessidade contínua do mercado em buscar soluções para atender à demanda habitacional da população.

2) Financiamentos imobiliários devem bater recorde este ano, diz Abecip

O crédito imobiliário encerrou o ano de 2023 com R$ 251 bilhões em concessões no País, de acordo com a Abecip. O número é 4% maior que o de 2022, e faz com que 2023 seja o segundo melhor ano da série histórica, atrás apenas de 2021, quando chegou a R$ 255 bilhões. Para este ano, a Abecip estima que o crédito imobiliário deve crescer 3% em relação a 2023, chegando a R$ 259 bilhões em concessões. Se confirmado, será o melhor ano para o financiamento imobiliário no País em toda a série histórica. O resultado de 2023 foi puxado pelos financiamentos com recursos do FGTS, que cresceram 59%, para R$ 98 bilhões, o melhor patamar da história. Os financiamentos com recursos da poupança caíram 15%, para R$ 153 bilhões, em um cenário de menor disponibilidade de recursos nas cadernetas e de juros mais elevados.

3) Com Minha Casa, Minha Vida, financiamento imobiliário pelo FGTS cresce 59%

A retomada do programa Minha Casa, Minha Vida em 2023, turbinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu primeiro ano de mandato, fez com que os financiamentos imobiliários feitos com recursos do FGTS, base do programa habitacional, crescessem 59% em 2023 e bateram recorde. Os empréstimos para a compra de imóveis pelo FGTS somaram 98 bilhões de reais no ano passado, maior valor desde pelo menos 2006, ano em que começa a série da Abecip. Em 2022, haviam sido 62 bilhões de reais. Foi o que ajudou a manter a compra e os financiamentos de imóveis em alta em 2023, já que os financiamentos feitos com recursos da poupança, ainda a principal fonte de fundos dos bancos para emprestar dinheiro para a compra da casa própria, caíram.

4) Mercado de capitais aumenta fatia no crédito imobiliário

A poupança terminou 2023 com a menor participação da história na estrutura de fontes de recursos usados no crédito imobiliário no país. Em termos absolutos, o saldo das captações por meio de instrumentos de mercado de capitais ultrapassou, pela primeira vez, a tradicional caderneta na composição do “funding" no primeiro semestre de 2023 e aumentou a distância no fim do ano passado. O conjunto dos instrumentos de captação privada alcançou fatia de 40% frente a 34% da poupança em dezembro. No entanto, é preciso ponderar que nem todos os recursos obtidos por estruturas como Letra de Crédito Imobiliário (LCI), Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI), Letra Imobiliária Garantida (LIG) e fundos imobiliários (FII) destinam-se ao crédito habitacional e, desse modo, a caderneta mantém papel preponderante dentro da estrutura de funding. O FGTS também teve importância na expansão do saldo total, com crescimento de 13% no estoque, para R$ 569 bilhões. De acordo com a Abecip, o volume total de recursos disponíveis para o crédito imobiliário registrou alta de 13% em 2023 na comparação com 2022, com saldo de R$ 2,17 trilhões.

5) Valor de mercado de empresas do setor imobiliário cresce 64% em 2023

Em um ano marcado pela retomada das vendas de imóveis e pelo início da trajetória de queda da taxa de juros, o valor de mercado das empresas do setor imobiliário cresceu 64,6% em 2023 na Bolsa, chegando ao total de R$ 45,7 bilhões. O salto do setor representa quase três vezes mais do que o registrado pelo índice Ibovespa, que subiu 22,3% no ano. Um dos motivos que levaram a isso foi o aumento, promovido pelo governo federal, do teto do financiamento de projetos do MCMV, que passou de R$ 264 mil para R$ 350 mil. Para Luis Novaes, analista da Terra Investimentos, o desempenho positivo das construtoras reflete o melhor momento vivido pelas empresas do setor nos últimos anos e perspectivas também favoráveis para os próximos anos.

6) Itaú (ITUB4) paga R$ 1,5 bilhão em prédio mais caro do Brasil

O Itaú Unibanco pagou a cifra de R$ 1,45 bilhão pelo edifício Faria Lima 3500, que já ocupava a sede do Itáu BBA – braço de atacado do banco. Ao pagar esse valor, o Itaú tornou o edifício o mais caro do Brasil. A ponta vendedora foi um fundo imobiliário (FII) da Brookfield. A negociação foi intermediada pela Primaz Corporate, boutique de consultoria imobiliária. Segundo executivos da Primaz por meio de nota enviada ao Suno Notícias, o Itaú exerceu seu direito de compra, por meio da proposta feita através da Catuaí Asset. O prédio do Itaú fora inaugurado em meados de 2012, ostentando uma classificação triple A e com uma área total de aproximadamente 25.000 m² distribuídos em cinco pavimentos. São seis andares com lajes a partir de 2.571 m², ar-condicionado central, certificação green building e 597 vagas de estacionamento.

7) Queda de juros não terá efeito imediato em financiamento imobiliário, diz Abecip

As quedas na taxa básica de juros, a Selic, esperada para este ano não deve afetar as taxas de financiamento imobiliário no curto prazo. O diagnóstico é de Sandro Gamba, da Abecip. “No curto prazo não vemos um cenário para redução da taxa de financiamento. Já no médio e longo prazo é preciso acompanhar outros indicadores além da Selic”, disse o presidente em coletiva sobre os números do financiamento imobiliário em 2023. Gamba destaca outras duas variáveis importantes que estão na mesa: a curva de juros longa e a participação da poupança no mix do financiamento. A curva de juros longa tem apresentado queda nos principais vértices – o que conta de forma positiva para uma redução das taxas. A poupança, no entanto, tem perdido participação na carteira total de financiamento.

8) Aluguel: Preço do metro quadrado no Rio de Janeiro bate recorde

APreço do metro quadrado no Rio de Janeiro atingiu um recorde, encerrando o ano com um valor médio de R$39,09 por metro quadrado, de acordo com dados do Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb. Em dezembro, a alta acumulada em 12 meses foi de 14,11%, marcando o segundo mês consecutivo de aumento. Após uma queda em outubro, os preços voltaram a subir, sendo influenciados positivamente em todas as três tipologias de imóveis. o mês de dezembro, o bairro do Leblon, localizado na Zona Sul, permaneceu como o mais caro do Rio de Janeiro, com um valor médio de R$106,4 por metro quadrado.

9) Empresa brasileira vai construir (mais um) prédio de luxo em Miami

O fundador e controlador da Multiplan, José Isaac Peres, comprou um terreno de 3,6 mil m² na praia de Surfside, em Miami, para erguer um residencial de alto luxo com VGV de US$ 300 milhões. A aquisição foi realizada pelo family office de Peres, o Multiplan Real Estate Asset Management (REAM), que pagou US$ 64 milhões pelo terreno. terreno atualmente é ocupado por um antigo condomínio da década de 1950 com dois andares e 34 unidades. A empresária Vivian Dimond, com décadas de atuação no real estate, comprou todos os apartamentos e vendeu todos para a REAM. “A praia de Surfside é hoje a área mais valorizada de Miami. Nosso projeto em desenvolvimento será uma referência de luxo e qualidade para o mercado americano,” Peres disse ao repórter Rennan Setti.

10) BIncorporadoras de Portugal estão de olho em investidores brasileiros

Os brasileiros, desde 2020, se tornaram os principais compradores internacionais de residências em Portugal, segundo a plataforma portuguesa Idealista. Além dos cerca de 400 mil brasileiros que vivem em terras lusitanas, os empreendimentos chamam atenção de investidores que não têm a intenção de viver por lá, mas sim aproveitar as oportunidades de aluguel dos imóveis. Os dados chamaram a atenção da maior construtora do país, a Mota-Engil, que está lançando um empreendimento imobiliário que tem como foco o público brasileiro. O imóvel, no qual o Valor Geral de Vendas (VGV) total chega a € 80 milhões de euros, espera vender 20% de suas unidades para brasileiros, que custam € 1,7 milhão cada.

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Caio Lobo, o incorporador


Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um ENTUSIASTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO.