1) Comprar imóveis ficará mais caro em 2024? Bons preços estão (quase) no fim

Os preços de imóveis tendem a subir, neste ano, segundo a expectativa de participantes do setor imobiliário. O aumento dos valores das unidades, segundo Ely Wertheim, presidente executivo do Secovi-SP, resulta de lançamentos em volume inferior à demanda da cidade de São Paulo e da pressão de custos de produção, como de mão de obra, além dos valores dos terrenos. Em 2024, a variação deve ficar “um pouco acima da inflação”, segundo Wertheim. Para o presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Sandro Gamba, o volume baixo de estoques de imóveis, no mercado paulistano, possibilita a retomada da discussão de preços.

2) Distorção em títulos isentos de Imposto de Renda prejudicava o mercado, diz secretário da Fazenda

O secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto, afirmou que uma “parcela significativa” dos títulos isentos de Imposto de Renda não estava sendo dirigida aos setores imobiliário e do agronegócio, aos quais são vinculados. E que o objetivo da norma editada pelo CMN, restringindo essas emissões, é corrigir as distorções e melhorar o funcionamento do mercado, bem como reduzir o custo de captação desses segmentos. Em reunião extraordinária em 1º de fevereiro, o CMN – colegiado composto por Fazenda, Planejamento e Banco Central – decidiu restringir as opções de lastro (ou seja, de garantias) desses investimentos de renda fixa isentos de IR, bem como ampliar os prazos mínimos de vencimento de parte delas.

3) Financiamento imobiliário: O que os bancos reservam para quem quer comprar uma casa em 2024

Depois de dois anos em queda, os empréstimos com recursos da caderneta de poupança para compra e produção de imóveis residenciais devem ficar estáveis neste ano. É o que espera a Abecip, entidade que reúne os bancos que concedem financiamento habitacional. Em 2023, pelo terceiro ano consecutivo, os saques da poupança superaram os depósitos no país. A chamada captação líquida negativa chegou a R$ 87,8 bilhões, de acordo com o Banco Central. Compre agora; renegocie o financiamento imobiliário depois. Mesmo que os juros ainda estejam elevados, avalia o presidente da Abrainc, Luiz Antonio França, vale a pena comprar uma moradia, em 2024, e migrar para um financiamento mais em conta, quando as taxas estiverem menores.

4) Retirada de dinheiro na poupança pode afetar o custo do crédito imobiliário

AA retirada de recursos da caderneta de poupança tem pressionado o mercado imobiliário, que precisa buscar outras fontes de recursos para financiamentos. Especialistas apontam que o crédito pode ficar um pouco mais caro, e que a classe média deve ser a principal afetada. Tradicionalmente a poupança respondia por 70% dos recursos do SBPE - hoje, essa fatia é de 34%. "Há cinco, sete anos, o mercado fala que a poupança não vai mais dar conta e tem que achar alternativas. Estamos vivenciando o que se falava no passado", diz Ajzental. As instituições financeiras precisaram buscar outras fontes para "complementar" o crédito. As principais são a LCI (Letra de Crédito Imobiliário), CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários), LIG (Letra Imobiliária Garantida) e FIIs (Fundos Imobiliários).

5) Ascensão dos strip malls: uma nova era do mercado comercial brasileiro

Os strip malls, também conhecidos como centros comerciais ou centros de lojas, têm surgido nos últimos anos como uma alternativa atrativa que está se popularizando e revitalizando o ambiente de varejo no Brasil. Tratam-se de empreendimentos comerciais que consistem em uma linha ou faixa de lojas dispostas lado a lado, acessíveis a partir de um estacionamento compartilhado. Seu layout horizontal facilita o acesso às lojas, oferecendo uma experiência de compra direta para os consumidores sem a necessidade de percorrer grandes distâncias ou utilizar escadas ou elevadores. Além disso, eles são frequentemente desenvolvidos para atender às necessidades específicas das comunidades locais, oferecendo uma combinação diversificada de lojas de varejo, serviços profissionais, restaurantes e até mesmo espaços para pequenos escritórios.

6) Mercado de capitais: Na Virgo, uma aposta no setor imobiliário para chegar a R$ 15 bilhões

A Virgo, um “banco de investimento” para médias empresas, espera originar R$ 8 bilhões em crédito para o setor imobiliário, mais de 50% de todas as operações previstas para 2024. Em 2023, a empresa participou de 54 operações, das quais 25 foram no segmento imobiliário, totalizando em torno de R$ 10,2 bilhões. E, a meta, é chegar a R$ 15 bilhões neste ano. E um setor vai ajudar a Virgo a dar esse salto: o imobiliário. Desde 2019, a Virgo, que tem a XP Investimentos como sócia minoritária, estruturou um total de R$ 4,8 bilhões para o mercado imobiliário, em 216 operações.

7) Fundos imobiliários avançam sobre imóveis residenciais; veja qual é o perfil procurado

Com quase 3 milhões de investidores e focados em imóveis corporativos, como escritórios, depósitos e shopping centers, os fundos de investimentos imobiliários começam a diversificar sua atuação no Brasil. Agora gestoras, como Vectis, Inter Asset, Alianza, Paladin e RBR Asset, estão de olho no mercado de residencial, chegando a comprar grandes quantidades de apartamentos de um empreendimento ou mesmo criando um prédio residencial do zero para obter lucro com a locação. Os fundos imobiliários que gerenciam ativos residenciais chegaram a oferecer mais de 20% de rentabilidade anual em 2023, como foi o caso do LUGG11, do APTO11 e do JFLL11, considerando o pagamento de dividendos e o reinvestimento dos valores recebidos nesses mesmos ativos.

8) Cidade de São Paulo baterá recorde imobiliário histórico ao entregar mais de 800 condomínios em 2024

A cidade de São Paulo deve bater um recorde imobiliário histórico em 2024: o setor projeta entregar 818 novos condomínios neste ano, quase o dobro do ano passado (424). Serão cerca de 150 mil novos apartamentos na capital; Sendo 98% residenciais e 2% comerciais; Os prédios de médio padrão lideram o ranking, representando 36% das novas implantações, com 295 empreendimentos avaliados em R$ 15,2 mil o m² e R$ 710 mil a unidade, em média.

9) Plano&Plano muda marca para ampliar negócios e quer vender imóveis para a classe média

Com 26 anos de história e foco em projetos imobiliários voltados à população de baixa renda, a incorporadora e construtora Plano&Plano agora muda sua marca para refletir a nova fase da empresa nos negócios: a ampliação da atuação em empreendimentos para a classe média e a expansão para além da capital paulista. Diferentemente do que faz a Cyrela, que tem três marcas, cada uma focada em um público, a Plano&Plano decidiu ampliar o escopo de atuação nos negócios sob uma marca única.

10) BC da China decide cortar taxa de juros do financiamento

Na primeira reunião do ano do Banco do Povo da China, a taxa de juros de referência mais curta foi mantida, enquanto a taxa mais longa foi reduzida em 0,25 ponto percentual. A medida foi interpretada como uma tentativa de estimular o mercado imobiliário do país, que estava enfrentando dificuldades. A taxa preferencial de empréstimo (LPR) de um ano, utilizada para empréstimos a famílias e empresas, permaneceu em 3,45%, enquanto a LPR de cinco anos, que afeta a maioria dos contratos de hipotecas e financiamentos imobiliários, foi reduzida de 4,20% para 3,95%.

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Caio Lobo, o incorporador



Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um ENTUSIASTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO.