1) Caixa quer liberação de compulsório para injetar mais R$ 20 bi em crédito imobiliário

A liberação de uma parcela de 5% dos recursos da poupança, hoje parada em depósitos compulsórios no Banco Central, poderia injetar cerca de R$ 20 bilhões na capacidade da Caixa de financiar a compra da casa própria, afirma a vice-presidente de Habitação do banco, Inês Magalhães. A medida é uma reivindicação das instituições financeiras para atender a uma demanda aquecida por crédito imobiliário, mas também iria ao encontro do desejo do governo federal de implementar medidas de sustentação ao crescimento no curto prazo, para evitar uma desaceleração do PIB. Segundo ela, eventual decisão de liberar a parcela do compulsório teria um impacto total no setor bancário de R$ 28 bilhões. Porém, a Caixa, como principal operadora do crédito com recursos do SBPE, seria a principal beneficiada.

2) Lançamento de imóveis no Brasil recua 11,4% em 2023, diz CBIC

O lançamento de imóveis no Brasil caiu 11,4% em 2023. No ano passado, 293.013 novas unidades residenciais entraram no mercado. Em 2022, foram 331.010. Apesar da queda no número de lançamentos, o valor total das novas moradias ficou no mesmo patamar do ano anterior, R$ 174 bilhões. Os dados são da CBIC. Segundo a entidade, a queda no número de lançamentos e a manutenção do valor alcançado por esses imóveis indica uma valorização do mercado imobiliário. Já as vendas se mantiveram estáveis em comparação a 2022. A CBIC registrou um total de 322.851 de imóveis vendidos em 2023, número que representa 1,4% a menos do que no ano anterior.

3) Caixa vê problemas a partir de 2025 no crédito imobiliário com queda na poupança

O presidente da Caixa, Carlos Vieira, disse que há discussão importante a ser feita sobre o financiamento imobiliário com recursos da poupança (SBPE). “Vamos ter problemas a partir de 2025”, disse durante a divulgação dos resultados do quarto trimestre. “Vamos para cima com essa discussão.” A vice-presidente de Habitação da Caixa, Inês Magalhães, disse que, mesmo com a queda nos depósitos na poupança, a instituição manteve seus investimentos no crédito imobiliário via SBPE. “Mantivemos um valor de investimentos de R$ 75 bilhões no SPBE”, disse.

4) Renda média do brasileiro sobe 16,4% e chega a R$ 1.893 por pessoa, mostra IBGE

O rendimento domiciliar médio, por pessoa, do Brasil ficou em R$ 1.893 em 2023, segundo cálculos feitos com base nas informações da Pnad Contínua, divulgados pelo IBGE na quarta-feira (28). O valor é 16,4% maior que o rendimento médio nacional nominal registrado em 2022, de R$ 1.625. Portanto, na média, cada brasileiro que vive numa residência do país incrementou o rendimento em R$ 268 em um ano. A maior renda per capita do país segue sendo a de moradores do Distrito Federal, que acumulam R$ 3.357 mensais. O pior resultado é do Maranhão, com R$ 945 per capita ao mês.

5) Abecip: preços dos imóveis residenciais sobem 1,17% em janeiro

Os preços dos imóveis residenciais em dez capitais aumentaram 1,17% em janeiro, mantendo praticamente o mesmo ritmo de crescimento registrado em dezembro, de 1,15%. Com isso, a variação acumulada em 12 meses passou de 7,97% em dezembro para 8,30% em janeiro. Os dados são do Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R) da Abecip.

6) Governo vai enviar ao Congresso proposta para extinguir saque-aniversário do FGTS, diz ministro do trabalho

O texto, que poderá ser uma medida provisória (MP) — com efeito imediato. Segundo o ministro, o saque-aniversário, que foi criado e instituído no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acabava “enxugando” o Fundo em cerca de R$ 100 bilhões ao ano. Isso também afetaria, segundo ele, os investimentos em habitação, já que grande parte dos trabalhadores utilizam os valores do FGTS para financiar imóveis. O saque-aniversário é uma modalidade opcional oferecida pelo FGTS em que o trabalhador pode sacar o valor que possui de forma parcial, uma vez ao ano, no mês de seu aniversário.

7) Incorporadoras preparam-se para retomar oferta de ações e podem levantar R$ 4,5 bi

Incorporadoras que haviam anunciado em 2020 e 2021 o interesse em fazer uma oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) aguardam abertura de janela para retomar o movimento. Construtoras voltadas ao programa MCMV e para o alto padrão devem recorrer ao mercado de capitais para financiar sua expansão. No mercado financeiro, a estimativa é de que cerca de 10 empresas tenham potencial para fazer uma oferta inicial de ações. Em 2023, as incorporadoras do segmento econômico, como Metrocamp e BRZ, pediram o registro de companhia aberta, e a Emccamp pediu troca de categoria B para A na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). As empresas You, Inc., Yuny e Kallas também possuem registro de companhia A desde 2020. Pacaembu e Tegra também anunciaram planos de ir para bolsa.

8) Goiânia (GO) e Recife (PE) lideram valorização do m² entre as capitais brasileiras em 2023

No último ano, a capital do Estado de Goiás registrou um aumento de 13,9% no valor médio do metro quadrado dos novos imóveis vendidos, saltando de R$ 7.022 (2022) para R$ 7.997 (2023). O crescimento ocorreu em todos os segmentos pesquisados, com destaque para os imóveis mais acessíveis, que tiveram a maior valorização (18%). Já Recife sofreu uma valorização média de 10,3%, saindo de R$ 8.760 (2022) para R$ 9.658 (2023). Nesse caso, o maior crescimento deu-se nos imóveis de alto padrão (19%), que ajudaram a elevar o preço do m² vendido.

9) MRV (MRV3) recua forte após resultado trimestral com prejuízo

O mercado reagiu mal ao balanço da MRV, que reportou um prejuízo líquido de R$10 milhões entre outubro e dezembro do ano passado, afetado por equity swaps e marcação a mercado de swaps de dívida. “Resia, Luggo e Urba continuaram pressionadas, registrando prejuízo líquido de R$42 milhões”, destaca a XP Investimentos, que afirmou que os resultados mistos foram prejudicados por um lucro líquido abaixo das estimativas de mercado, ainda que com queima de caixa mais branda da Resia. De acordo com os analistas Ygor Altero e Ruan Argenton, os dados também foram afetados pela pressão na margem bruta, ainda que em recuperação gradual.

10) O futuro chegou: Robô pedreiro autônomo constrói fachada de prédio na Europa com IA

Os robôs estão cada vez mais presentes em obras de engenharia. Contudo, ap holandesa Monumental foi além e configurou um robô totalmente autônomo com inteligência artificial para trabalhar em construções civis. Em 2023, a máquina concluiu sua primeira fachada de grande escala na Holanda, sem ser operado por um ser humano. A ideia da empresa é diminuir os custos do setor de construção civil, já que as máquinas contam com hardware de baixo custo e um modelo de IA próprio. No site oficial, ap explica que todos os robôs são “equipados com sensores avançados, visão computacional de ponta e pequenos guindastes”. As máquinas conseguem, por exemplo, “colocar tijolos e argamassa em paredes industriais e residenciais com cuidado, precisão e eficiência de nível humano”.

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Caio Lobo, o incorporador



Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um ENTUSIASTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO.