1) Vendas de imóveis residenciais batem recorde em 2023, puxadas pelo Minha Casa, Minha Vida

O mercado imobiliário teve alta nas vendas e queda nos lançamentos no ano passado, mostra levantamento divulgado pela Abrainc em parceria com a Fipe. Os dados são de algumas das 20 maiores construtoras e incorporadoras do País. As vendas de imóveis residenciais novos por essas empresas cresceram 32,6% em 2023 na comparação com 2022, totalizando 163,1 mil unidades. O resultado foi o maior da série histórica, iniciada em 2014. Em valores, as vendas tiveram alta de 34,7%, para R$ 47,9 bilhões. Já os lançamentos no mesmo período recuaram 2%, para 118 mil unidades. Em valores, porém, cresceram 10,1%, para R$ 38 bilhões

2) Minha Casa, Minha Vida está no momento mais favorável, diz Rafael Menin, da MRV

Criado em 2009, o Minha Casa Minha Vida vai completar 15 anos em 2024, chegando ao seu melhor momento em termos de atratividade para o desenvolvimento de novos projetos pelas construtoras. Esse ápice veio após uma série de medidas implementadas pelo governo desde julho do ano passado e outras que estão entrando em vigor agora. O resultado foi o aumento no poder de compra pela população e mais rentabilidade para as empresas, que têm aproveitado o momento positivo para subir o preço das casas e apartamentos. A avaliação é do empresário Rafael Menin, copresidente da MRV, construtora com mais empreendimentos feitos sob o guarda-chuva do MCMV desde o seu início. “Não me lembro de ter um programa tão favorável para o segmento econômico quanto o atual”, afirmou Menin.

3) Setor da construção pressiona governo a reduzir empréstimos com recursos do FGTS para imóveis usados

Segundo dados da CBIC, cerca de 50% das unidades financiadas pelo programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) são hoje imóveis usados. Já na linha Pró-cotista, voltada à classe média, 70% das unidades são usadas. O setor defende que o porcentual do MCMV seja reduzido para 10%, com o argumento de que os números atuais estão acima do padrão histórico e afetam o critério da “retroalimentação” do FGTS – ou seja, que os empregos gerados na construção levem a novas contribuições ao fundo, repondo os recursos disponíveis para novos empréstimos.

4) Mudanças no Minha Casa, Minha Vida e juros mais baixos: vai ficar mais fácil comprar um imóvel em 2024?

Especialistas e executivos do setor esperam que lançamentos cresçam e que população de baixa renda tenha acesso mais facilitado ao crédito neste ano. Preços dos imóveis, no entanto, não devem baixar. As mudanças nas regras do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), anunciadas no meio do ano passado, e o início do ciclo de quedas da taxa básica de juros já se refletiram em um aumento no número de lançamentos em 2023, e trazem uma perspectiva positiva para o mercado imobiliário também neste ano.

5) Rooftop em alta: A área de lazer que valoriza em até 20% um prédio residencial

Uma das tendências do mercado imobiliário é subir a área de lazer para o topo dos edifícios. Cada vez mais comum, esse tipo de solução faz muito mais sentido do que o estilo tradicional, sob os mais diversos ângulos. Instalar uma piscina nas alturas não vale apenas pelo visual. É também garantia de menos interferência para o sol e muito mais privacidade. Como é que se demorou tanto tempo para descobrirem o óbvio? Essa é a pergunta que muitos devem estar se fazendo diante da nova onda.

6) ‘Distratos’ aumentam e voltam à mira de gestoras de ativos estressados

O mercado imobiliário está voltando a ser um dos alvos preferenciais de gestoras especializadas em ativos estressados — também conhecidos como “distressed” ou de “special situations”, ou seja, de empresas que passam por problemas de liquidez. Uma conjunção de fatores vem gerando oportunidades no setor, que, desde setembro, registra aumento no volume de “distratos”, quando o comprador desiste do imóvel que comprou na planta. O volume de distratos subiu de 12,7% no trimestre móvel encerrado em agosto para 15,2% entre setembro e novembro, segundo a Abrainc/Fipe. Entre os imóveis de médio e alto padrão, o índice saltou de 9,7% para 13,7%.

7) Allos vai emitir até R$ 1,2 bilhão em certificados de recebíveis imobiliários

O conselho de administração da Allos, operadora de shoppings surgida da união entre Aliansce Sonae e BR Malls, aprovou uma emissão de até R$ 1,2 bilhão em debêntures que servirão de lastro para uma oferta de certificados de recebíveis imobiliários (CRI). O dinheiro deve ser usado para pagar custos relacionado ao financiamento imobiliário ou reforma, manutenção, construção e expansão de imóveis da companhia.

8) Plano&Plano tem o maior lucro da história em 2023 com programas de governo

A construtora Plano&Plano (PLPL3) registrou lucro líquido de R$ 268,6 milhões em 2023, o dobro do apurado no ano anterior. Segundo a companhia, foi o maior lucro de sua história. No recorte trimestral, o indicador avançou 43,8% na comparação com outubro a dezembro de 2022, para R$ 83,1 milhões. Diretamente beneficiada pelas mudanças no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) e com a entrada no “Pode Entrar”, programa habitacional da prefeitura de São Paulo, a Plano&Plano lançou 28 empreendimentos em 2023, sendo 12 entre outubro e dezembro.

9) Tenda chega a 9 trimestres de prejuízo, que cai 87% no 4T23

A construtora Tenda (TEND3) fechou o quarto trimestre de 2023 com prejuízo líquido de R$ 19,6 milhões, redução de 87,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Com isso, a Tenda engata nove trimestres seguidos de prejuízo. Os números consideram os resultados da construtora e de sua subsidiária Alea. Entre outubro e dezembro, Tenda e sua subsidiária lançaram 13 e 8 empreendimentos, respectivamente, com VGV de R$ 1,15 bilhão, salto de 52,4% na base anual. Além de ser diretamente impactada pelas novas medidas do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), adotadas em julho do ano passado, a Tenda firmou contrato para a venda de unidades habitacionais no programa “Pode Entrar”, da prefeitura de São Paulo.

10) EUA: investidores mantêm apostas de corte de juros em junho após novos dados

Os preços ao produtor mais fortes do que o esperado e gastos do consumidor mais fracos, divulgados nesta quinta-feira (14), pouco fizeram para alterar as apostas do mercado financeiro sobre o início dos cortes na taxa de juros pelo Fed em junho, com base nos contratos futuros. As autoridades do Fed, que se reunirão na próxima semana, estão buscando dados que lhes deem mais confiança de que a inflação está a caminho de sua meta de 2%, o que lhes permitirá começar a reduzir os juros. A expectativa geral é de que eles mantenham a taxa na faixa de 5,25% a 5,5% até a reunião de meados de junho, com mais dois cortes até o final do ano.

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Caio Lobo, o incorporador


Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um ENTUSIASTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO.