1) Brasil precisa de quase R$ 2 tri até 2033 para acabar com déficit habitacional, diz estudo

Entre recursos públicos e privados, o Brasil precisaria investir R$ 1,97 trilhão em moradias até 2033 para acabar com o déficit habitacional. O dado foi apresentado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) nesta quarta-feira (3) e corresponde a um aporte anual de R$ 197,5 bilhões. A estimativa leva em conta o investimento necessário para dar conta do déficit atual, de 6,26 milhões de moradias, somada à projeção de demanda por habitações nos próximos 10 anos, de 6,59 milhões.

2) Governo federal propõe que FGTS seja corrigido, no mínimo, pela inflação

A Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou ao STF a sugestão de que as contas do FGTS sejam remuneradas, no mínimo, pela inflação medida pelo IPCA. Uma possível mudança na taxa de correção do fundo é discutida em uma ação que vem sendo analisada pelo STF. Atualmente, valores depositados no FGTS são corrigidos mensalmente pela Taxa Referencial (TR), mais juros de 3% ao ano. A TR hoje é próxima de zero. A AGU sugere que, nas situações em que esse modelo não atingir o IPCA, deve haver uma compensação para se chegar a essa diferença. O julgamento foi interrompido em novembro por um pedido de vista de Cristiano Zanin. O caso já foi devolvido para julgamento, e chegou a entrar na pauta de julgamento desta quinta-feira, mas não chegou a ser analisado.

3) Governo Lula prepara subsídio extra para região Norte no Minha Casa, Minha Vida

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai ampliar os subsídios para financiamentos do Minha Casa, Minha Vida na região Norte, onde historicamente as realizações do programa ficam abaixo das metas traçadas. Uma instrução normativa deve ser editada nas próximas semanas pelo Ministério das Cidades para aumentar o valor destinado aos beneficiários na região que desejam adquirir a casa própria. Os detalhes da norma ainda estão em discussão, mas o governo tem o diagnóstico de que os moradores do Norte enfrentam maiores obstáculos para acessar os financiamentos

4) Veja como a falta de mão de obra qualificada virou desafio para construção civil

Embora as previsões para o desempenho da construção civil no Brasil sejam otimistas para 2024, os empresários do setor estão demonstrando preocupações com um possível apagão gerado pela falta de mão de obra qualificada. Em termos de mercado de trabalho, o setor atualmente emprega, formalmente, 2,8 milhões de trabalhadores e se aproxima do nível de 2010, quando tinha 3,2 milhões de pessoas empregadas. O problema, segundo construtoras e empreiteiras, é que a falta de qualificação já está voltando a ficar aparente e será um obstáculo em meio ao novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a demanda de prefeituras que tentam terminar obras em ano de eleições municipais.

5) Mercadinho de condomínio vira a bola da vez e pode valorizar imóvel em até R$ 50 mil

Os minimercados dentro dos condomínios residenciais viraram a bola da vez das grandes redes de varejo e das construtoras de apartamentos. Além de vender produtos que salvam a vida dos condôminos em momentos de aperto, a estratégia também ajuda a valorizar os imóveis, cujos preços podem subir até R$ 50 mil. Atrás apenas de espaços para delivery e para animais de estimação, os mercadinhos se mostraram mais desejados do que itens como quadras de areia ou de tênis, sauna, piscina coberta aquecida, espaço para trabalho remoto, rooftop ou lavanderia compartilhada.

6) Governo vai propor mercado secundário de títulos imobiliários para alavancar crédito

"Há um descasamento no Brasil em relação aos índices de reajuste das prestações e o que o mercado de longo prazo exige do ponto de vista de recebível. Pessoal lida melhor com IPCA do que outra coisa, e a questão da TR, que indexa as prestações do mercado imobiliário", falou o ministro. Segundo o ministro, a intenção do governo é criar um mecanismo de "equalização" entre os indexadores. "A Caixa Econômica Federal tem uma carteira de crédito que está no balanço dela, limitando a capacidade de empréstimo", exemplificou o ministro, sem dar muitos detalhes.

7) Construção e mercado imobiliário reclamam atenção na reforma tributária

A reforma tributária aprovada após décadas de debates, se pode trazer ao menos a simplificação e reduzir custos contábeis, está longe de gerar contentamento a vários segmentos, especialmente ao mercado imobiliário e à construção civil. Para o setor, tributaristas da esfera pública e o Congresso Nacional, que trata agora da regulamentação da PEC aprovada, não se atentaram para suas especificidades. Os empresários desconfiam de que o argumento político de não majorar a carga tributária acabe penalizando a classe em busca do aumento de arrecadação.

8) Crise imobiliária da China não deve impactar mercado brasileiro, indica Roberto Padovani

O Brasil não deve sofrer tanto com o declínio observado no mercado imobiliário chinês. É isso que afirma Roberto Padovani, Economista-chefe do banco BV. “Hoje somos menos dependentes do ciclo econômico da China, o que suaviza o impacto dessa desaceleração”, argumenta. “Pelo contrário, nos tornamos um grande exportador global de commodities para outros mercados”, acrescenta. O economista observa que a diminuição do ritmo de crescimento da China está ligada à queda do poder de consumo da população e a necessidade das empresas locais de renegociarem suas dívidas. Este cenário faz com que o País demande menos matérias-primas do mercado brasileiro. Por outro lado, a diminuição da demanda chinesa contribui com o barateamento da matéria-prima global.

9) 67% dos imóveis novos em São Paulo têm menos de 45 m²

São Paulo tem uma oferta de quase 60 mil imóveis novos disponíveis para venda, de acordo com Pesquisa Secovi-SP do Mercado Imobiliário (PMI). Deles, 67% possuem menos de 45m², sendo 48% com metragem de 30 a 45 m² e 19% têm menos de 30 m². Apenas 1% (1080 imóveis) possui mais de 180 m². O estudo considera unidades novas todas aqueles imóveis lançados nos últimos 36 meses.

10) Após morar de graça em hotel de NY por 5 anos, brasileiro coloca prédio todo em seu nome e caso vai parar na Justiça

Um brasileiro está no meio de uma polêmica envolvendo a legislação habitacional de Nova York. Após ficar hospedado por 5 anos em um quarto de hotel, Mickey Barreto acredita ser dono de todo o prédio. A confusão foi parar na Justiça. Ele chegou a ser preso por acusações de fraude. Barreto morou de graça, por 5 anos, no hotel New Yorker. E tem mais: conseguiu colocar o prédio todo no nome dele. Uma negociação feita a partir da lei de aluguel da cidade de Nova York. O hotel diz que houve fraude.

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Caio Lobo, o incorporador


Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um ENTUSIASTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO.