1) O peso do aluguel: Brasil tem mais de 6 milhões de domicílios em déficit habitacional

O Brasil tem 6,2 milhões de domicílios em déficit habitacional, de acordo com um estudo da FJP, em parceria com a Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades. O número representa 8,3% do total de habitações ocupadas no país e simboliza um aumento de 4,2% em comparação a 2019. As residências rotuladas no déficit habitacional são aquelas com um certo nível de precariedade, lares em que há coabitação ou casas em que os moradores recebem até 3 salários e despendem mais de 30% da renda com aluguel. Este último item é, aliás, o principal responsável pelo déficit no Brasil. Segundo o levantamento, 52,2% dos imóveis (3,2 milhões) classificados em déficit habitacional são por conta do ônus excessivo com o aluguel. Enquanto isso, a habitação precária é responsável por 27,1% (1,6 mi) e a coabitação possui os outros 20,8% (1,2 mi).

2) Haddad diz que Emgea usará ativos próprios para oferecer securitização ao mercado imobiliário e nega subsídio

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira que a Empresa Gestora de Ativos (Emgea) vai utilizar os ativos da própria instituição para atuar como securitizadora no mercado imobiliário e, portanto, não haverá aporte da União. Haddad reconheceu, por outro lado, que os R$ 10 bilhões de ativos da Emgea são provenientes de um cronograma já estabelecido pelo governo. "A Emgea vai receber R$ 10 bilhões referentes a ativos dela, de acordo com cronograma estabelecido. Hoje temos um empecilho que é o descasamento de índices que dificultam a vida dos bancos, então ter uma entidade para fazer isso é um ganho enorme", acrescentou.

3) FGTS pode render mais do que a inflação, diz secretário-executivo do Ministério do Trabalho

A proposta de correção do saldo das contas do FGTS feita pelo governo federal, em tramitação no STF, poderá trazer remuneração maior do que a inflação ao trabalhador, segundo o secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Emprego, Chico Macena. Isso ocorreria porque o Planalto propõe manter a correção atual de 3% ao ano mais TR (Taxa Referencial), incluindo distribuição dos lucros, mas sempre corrigir o saldo, no mínimo, pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Se o cálculo tradicional for menor do que o IPCA, pagaria-se esse índice. Caso contrário, paga-se o que for mais vantajoso.

4) STJ decide que ITBI deve ser calculado com base no valor de compra dos imóveis

O STJ decidiu que o ITBI deve ser calculado com base no valor da compra do imóvel, não no valor do IPTU como geralmente é feito pelas prefeituras. Sendo assim, a Corte Superior estabeleceu a seguinte entendimento sobre o tema: A base de cálculo correto para o recolhimento do tributo consiste no valor da transação do imóvel adquirido, e não o valor do IPTU como corriqueiramente utilizado pelo município. Se você adquiriu uma residência, um estabelecimento comercial ou uma propriedade rural nos últimos cinco anos, pode ter direito a recuperar o dinheiro adicional que desembolsou no ITBI.

5) Financiamento imobiliário cai 17% no primeiro trimestre

Os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiram R$ 12,9 bilhões em março de 2023, uma queda de 23,3% na comparação com fevereiro. Na comparação com março do ano passado, houve queda de 26,1%. No primeiro trimestre de 2024, o volume financiado foi de R$ 33 bilhões, com retração de 17,3% em relação a igual período de 2023. Os dados foram divulgados pela Abecip nesta quinta-feira, 25.

6) Meu CRI, Minha Vida: em operação inédita, Opea capta R$ 125 milhões para financiar imóvel popular de clientes da MRV

A Opea Securitizadora e a fintech EmCash anunciaram a emissão do primeiro CRI voltado ao financiamento de unidades lançadas pela MRV (MRVE3) dentro do programa habitacional do governo federal. O título, cuja remuneração é de IPCA + 11,5% ao ano, financiará R$ 125 milhões do chamado pro soluto — um percentual do valor do imóvel, geralmente correspondente à entrada, que não é financiado pela Caixa Econômica Federal e deve ser pago diretamente às construtoras.

7) Medida para casa própria: ‘Apetite dos bancos dependerá do preço’, diz presidente da Febraban

O presidente da Federação Brasileira de Bancos, Isaac Sidney, avalia que o apetite das instituições financeiras para a venda das carteiras de crédito imobiliário no chamado mercado secundário (aquele em que bancos e fundos negociam dívidas entre si) dependerá do preço oferecido pelos potenciais investidores. Essas negociações, que serão “intermediadas” pela estatal Emgea (Empresa Gestora de Ativos), a qual passará a atuar como securitizadora, empacotando e revendendo as dívidas, compõem um dos quatro eixos do programa Acredita. O pacote foi lançado nesta segunda-feira, 22, com o objetivo de turbinar a concessão de diversos tipos de empréstimos no País: da aquisição da casa própria até o microcrédito a beneficiários de programas sociais.

8) Nexpe, ex-BR Brokers: Justiça homologa plano de recuperação judicial da empresa

A Nexpe (ex-Brasil Brokers) comunicou em fato relevante que foi homologado o plano de recuperação judicial da companhia. O plano também abrange as subsidiárias Abyara Brokers Intermediação Imobiliária Ltda., Basimóvel Consultoria Imobiliária Ltda., Bamberg Imóveis Ltda., Global Consultoria Imobiliária Ltda., MF Consultoria Imobiliária Ltda., Tropical Corretora e Consultoria Imobiliária Ltda. e Niterói Administradora de Imóveis Ltda.

9) Meu público vai cada vez menos comprar imóvel no futuro, diz CEO da MRV

Para o diretor-presidente da MRV&Co, Eduardo Fischer, o grande impulso para inovações no mercado imobiliário não virá da tecnologia da construção, mas da mudança de comportamento da população. O executivo nota que a dinâmica da vida está começando a mudar entre o público-alvo da MRV: jovens entre 28 e 30 anos. "Imagina uma pessoa com a idade do meu filho. Ela não quer nem falar em casar agora, está pensando em morar em outro lugar, mas também não sabe se é definitivo. Pode ser que não seja. Essa pessoa vai fazer um financiamento bancário longo? Não vejo isso acontecendo", pondera. Fischer aposta que essa tendência não acontece só na classe média e alta. Voltada quase que unicamente para o segmento de baixa renda e de olho nas mudanças geracionais, a MRV importou dos Estados Unidos um modelo de locação de moradia que ocupa um espaço exíguo no Brasil.

10) Focado na Geração Z, Passarelli Incorporadora vai lançar R$ 200 milhões de VGV este ano

“Os mais jovens não ligam para ter carro ou uma casa grande. Eles priorizam morar em regiões melhores, em um lugar mais perto do trabalho e com mais possibilidade de lazer”, justifica a executiva. Fundamentada nesta perspectiva, a Passarelli está focada em apartamentos pequenos com um dormitório em edifícios sem vagas de garagem e construídos em áreas centrais da cidade. É em Pinheiros e na Vila Olímpia que os dois primeiros empreendimentos da incorporadora estão sendo erguidos. O primeiro, batizado de Pinheiros by Passarelli, foi lançado em agosto de 2022 e disponibilizou 263 unidades de 24 a 43 m². O segundo recebeu o nome de Olimpia by Passarelli e teve seu lançamento em agosto de 2023, com 286 unidades de 26 a 45 m² e salas comerciais de 13 a 26 m².

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Caio Lobo, o incorporador


Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um ENTUSIASTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO.