1) Tragédia no RS: municípios calculam 100 mil casas destruídas ou danificadas pela chuva
Os municípios do Rio Grande do Sul calculam que ao menos 99,8 mil casas (como residências, prédios e condomínios) foram destruídas ou danificadas pelas tempestades e enchentes que atingiram o estado nos últimos dias. Os dados parciais da tragédia são válidos do dia 29 de abril até a tarde desta terça-feira (7). As informações foram repassadas pelas prefeituras à Defesa Civil do estado, segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
2) Reconstrução de casas no Rio Grande do Sul será feita pelo MCMV Calamidades, diz ministro
Segundo a gestão petista, a reconstrução das casas deve ser feita pelo programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) Calamidades, versão do programa destinada a atender municípios atingidos por catástrofes naturais. "O ministro [das Cidades] Jader Filho vai abrir a inscrição para a gente ter uma previa daqueles que vão precisar de construção de casas para as casas destruídas. Ele [Jader] vai fazer uma reunião com todos os prefeitos do Rio Grande do Sul, reunião virtual, onde ele já anunciará que os prefeitos poderão entrar no sistema do ministério e já registrar a quantidade de casas que precisarão ser construídas para repor as residências levadas pela água", disse Rui Costa.
3) Preço de imóveis em grandes cidades sobe acima da inflação em 2024
O preço de compra de imóveis em grandes cidades apresentou um aumento de 2,17% ao longo dos primeiros quatro meses de 2024. O número é superior aos resultados do IGP-M e do IPCA para o período — considerando o IPCA de janeiro a março e a “prévia” da inflação (IPCA-15) de abril, dado mais recente. No caso, os dois índices variaram -0,6% e 1,63%, respectivamente. Entre as áreas analisadas, as que têm apresentado as maiores altas de preços de imóveis em 2024 são Curitiba (6,54% de alta em quatro meses), João Pessoa (5,08%) e Recife (4,19%). No acumulado dos últimos 12 meses, não foi diferente, o aumento do preço de compra dos imóveis subiu 5,76% contra uma variação de -3% e 3,51% do IGP-M e da inflação geral no período.
4) Copom reduz ritmo e corta a Selic em 0,25 p.p., para 10,50%, em decisão dividida
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil optou por reduzir o ritmo a flexibilização e decidiu nesta quarta-feira (8) cortar em 0,25 ponto percentual a Selic, a taxa de juros básica da economia. A taxa passou de 10,75% para 10,50% ao ano. A decisão entre os membros do Comitê não foi unânime, pois quatro diretores votaram pelo corte de 0,50 p.p. Essa foi a sétima redução seguida na taxa Selic, que agora está no menor patamar desde fevereiro de 2022, quando o BC elevou a taxa de 9,25% para 10,75%.
5) Vendas de imóveis crescem 47,2% em março e lançamentos, 19,3%, em SP; estoque diminui
As vendas e os lançamentos de imóveis cresceram de modo significativo na cidade de São Paulo no mês de março, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 6, pelo Secovi-SP. Ao todo, as vendas de imóveis novos na cidade subiram 47,2% em março deste ano na comparação com o mesmo mês do ano passado, chegando a 10.482 unidades. As vendas acumuladas nos últimos 12 meses até março tiveram alta de 16% na comparação com os 12 meses anteriores, totalizando 82.648 unidades comercializadas.
6) Crédito imobiliário do SBPE cresce novamente e atinge R$ 12,9 bilhões em março
Em março de 2024, os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) somaram R$ 12,9 bilhões, crescimento de 23,3% em relação a fevereiro. Na comparação com março do ano passado, houve queda de 26,1%. No primeiro trimestre de 2024, o volume financiado foi de R$ 33 bilhões, com retração de 17,3% em relação a igual período de 2023. Nos 12 meses encerrados em março de 2024, o volume financiado somou R$ 145,8 bilhões, recuo de 18% comparativamente ao período imediatamente anterior.
7) Governo de SP pode inviabilizar carregadores de elétricos em garagens
Há 19 carregadores públicos para cada veículo elétrico em circulação no Brasil, não é uma média confortável. Agora, uma medida do Corpo de Bombeiros de São Paulo pode simplesmente inviabilizar, pelo custo, a implantação de novos carregadores públicos em prédios e garagens de estabelecimentos como shoppings e supermercados. Um parecer técnico enviado para consulta pública quer endurecer as regras para instalação de carregadores, independente da potência. Em áreas externas, as estações de recarga seriam obrigadas a ter um distanciamento de 5 m, para cada lado, em relação a outras vagas ou estarem divididas por paredes corta-fogo com pelo menos 1,60 m de altura e 5 m de largura.
8) Baixa oferta de imóveis novos impulsiona mercado de usados no Rio de Janeiro
O mercado de imóveis usados de alto padrão no Rio de Janeiro está em plena ebulição, alavancado pela busca crescente de propriedades em bairros nobres da Zona Sul por investidores locais e estrangeiros. A boa fase da economia — com tendência de redução da taxa de juros e controle da inflação — e a valorização dos imóveis na região impulsionam a demanda, fortalecida ainda pela redução da oferta no setor primário. Com perspectivas de ganhos consideráveis, o segmento de reforma para revenda atingiu nos últimos dois anos um volume de negócios excepcional. Os dois maiores players desse mercado no Rio, a Bossa Nova Sotheby’s International Realty (BNSIR) e a Where in Rio confirmam esse movimento, com aumento de 35% e 20% das vendas, respectivamente.
9) Tenda registra primeiro lucro trimestral consolidado em quase 3 anos: R$ 4,4 milhões no 1T24
A Tenda (TEND3) reportou lucro líquido consolidado de R$ 4,4 milhões no primeiro trimestre (1T24). Pode parecer pouco, afinal, um único apartamento num bairro nobre de São Paulo pode ser vendido por valores semelhantes ou maiores. Mas, para a construtora e incorporadora, trata-se de uma vitória. Afinal, este é o primeiro lucro líquido trimestral consolidado desde o terceiro trimestre de 2021 (3T21), quando apresentou ganhos consolidados de R$ 6,4 milhões. Isso significou um calvário de dez trimestres, ou 30 meses corridos, até que a Tenda pudesse ver o azul voltar à última linha do balanço.
10) Com ‘melhor Minha Casa, Minha Vida da história’, MRV tem recuperação no resultado do 1º tri
A MRV, maior construtora da América Latina, teve um prejuízo líquido atribuído aos acionistas de R$ 104,29 milhões no primeiro trimestre deste ano. O resultado ajustado, no entanto, mostra um lucro de R$ 53,96 milhões no período – o primeiro no positivo desde o primeiro trimestre de 2022. A companhia somou R$ R$ 2,13 bilhões em vendas líquidas no 1º trimestre de 2024, alta de 18,4% em comparação com igual período de 2023. A velocidade de vendas (VSO), por sua vez, foi de 33,1% no período, crescimento de 11,1 p.p. em base anual. A MRV&Co anunciou neste ano que a missão das subsidiárias Urba, Luggo e Resia é não consumir caixa. O foco principal da empresa voltou para a divisão de incorporação da MRV.
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Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um ENTUSIASTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO.