1) Procura por imóveis novos segue crescendo e é mais forte no MCMV

A procura por imóveis novos no país segue em tendência de alta, aponta o Indicador de Confiança do Setor Imobiliário Residencial, feito trimestralmente pela Deloitte e a Abrainc. A pesquisa avalia alguns itens com notas de 1 a 3, que indicam forte redução, redução, manutenção, aumento ou forte aumento nos indicadores. A procura por imóveis se manteve com a nota de aumento (2,28), ligeiramente acima do reportado no quarto trimestre de 2023 (2,22). As empresas que trabalham com imóveis do MCMV sentiram um aumento maior (2,54) do que a média, enquanto as companhias de médio e alto padrão registraram nota 2, que aponta para manutenção do nível de procura.

2) Caixa teme falta de recursos para atender crescimento do crédito imobiliário em 2025

Após mais um trimestre de crescimento forte da carteira de crédito imobiliário, que chegou a R$ 754 bilhões, a Caixa Econômica Federal fez um alerta para a necessidade de conquistar mais fontes de recursos para a linha, que enfrenta um dilema com o encolhimento da poupança e a maior participação de captações de mercado, mais caras. “Os recursos estão no limite da capacidade de financiamento da habitação”, disse o presidente da Caixa, Carlos Vieira, em coletiva de imprensa para comentar os resultados do banco, na semana passada. O executivo disse que é preciso criar mecanismos que reduzam o custo de capital para a linha, que tem forte efeito multiplicador na economia. “Em 2024, a questão da habitação está resolvida. Em 2025, não sabemos”, disse ele.

3) O que ocorre se o juro do financiamento imobiliário cair? Quantas famílias são impactadas?

A queda de juros não é boa somente para estimular a economia e deixar as dívidas mais baratas. Ela tem também o poder de inclusão, de ampliar o acesso ao crédito. No caso do financiamento imobiliário, a cada ponto de redução na taxa de juros, 300 mil famílias se tornam aptas a solicitar o crédito, afirma Luiz Antônio França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). "A cada ponto percentual de queda, você inclui 300 mil famílias. Por isso que o mercado de baixa renda funciona, porque ele tem custo inferior às taxas tradicionais", afirma o executivo, durante evento.

4) Boletim Focus: projeções para inflação e Selic em 2024 sobem e a do PIB cai

As projeções dos analistas para a inflação e para a taxa Selic em 2024 subiram, enquanto as estimativas para a evolução do PIB caíram nesta semana, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (20) pelo Relatório Focus do Banco Central. A projeção para a taxa básica de juros (Selic) avançou dos 9,75% da semana passada para 10%, enquanto a previsão para 2025 permaneceu em 9,0%. A projeção para 2026 também continuou em 9,0%. Mas a taxa esperada para 2027 avançou de 8,63% para 9,0%.

5) STJ julgará ação bilionária sobre cobertura de seguro habitacional

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a frequentar os corredores do Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas desta vez não é por conta de disputas tributárias. O tema da reunião desta semana com os ministros Humberto Martins e Isabel Gallotti está ligado ao setor habitacional: uma ação que deve ser julgada no dia 5 de junho e pode custar R$ 16,8 bilhões para a União. A Corte Especial do STJ vai decidir se as seguradoras devem indenizar beneficiários do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) por causa de vícios de construção descobertos depois do fim dos financiamentos. Seguradoras privadas também poderão ser afetadas.

6) Preços da construção variam 0,41% em abril e registram maior taxa desde setembro de 2022

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) apresentou variação de 0,41% em abril. A taxa é 0,34 ponto percentual maior do que o índice registrado em março (0,07%). Esta é a maior taxa observada desde setembro de 2022. Com isso, o acumulado do Sinapi nos últimos 12 meses é de 2,51%, acima dos 2,36% verificados nos 12 meses imediatamente anteriores. O índice de abril de 2023 foi de 0,27%. Os dados foram divulgados pelo IBGE. Os acumulados em 2024 ficaram em 0,55% na parcela dos materiais e 1,21% na parcela de mão de obra.

7) Living, da Cyrela, amplia área máxima de imóveis e retoma linha de compactos

A Living, braço da Cyrela para o mercado imobiliário de padrão médio-alto, passou por um ajuste no perfil de seus empreendimentos. O grupo decidiu retomar o lançamento de sua linha de apartamentos compactos, ao mesmo tempo em que aumentou a metragem máxima dos imóveis de outra linha, mais voltada para famílias. Esse “estica e puxa” é um movimento de atualização dos produtos e está relacionado às tendências de consumo, às oportunidades de negócios e atualizações regulatórias, afirmou o diretor de incorporação e inovação da Living.

8) Incorporadoras de menor porte tentam renegociar CRI para terminar obras

Incorporadoras de pequeno e médio portes têm procurado investidores de certificados de recebíveis imobiliários (CRI) para renegociar termos de dívidas. A movimentação ocorre em meio ao aumento dos custos de construção e em um cenário de crédito ainda restrito. Enquanto as grandes incorporadoras conseguem injetar os recursos necessários para finalizar as obras, as médias negociam aportes novos ou a possibilidade de atrasar o pagamento da remuneração ou deixar de cumprir cláusulas restritivas.

9) Coberturas mais caras de SP chegam a custar R$ 140 mi; veja como elas são

As coberturas mais caras de São Paulo são verdadeiras “mansões suspensas” que ficam no topo de edifícios localizados em bairros nobres. Com preços que chegam a R$ 140 milhões, essas propriedades oferecem não apenas status aos moradores, mas também vistas únicas da cidade, privacidade e qualidade de vida, aliando o melhor de uma casa e de um condomínio vertical. De acordo com levantamento exclusivo feito pela imobiliária de luxo Mbras para o Estadão, os preços das coberturas mais caras da capital paulista ficam entre R$ 50 milhões e R$ 140 milhões. Veja imagens

10) Governo chinês vai começar a comprar apartamentos para tentar conter crise imobiliária

Em uma crise imobiliária que não parece ter fim, o governo da China está entrando em cena como comprador de última instância. Na sexta-feira, as autoridades chinesas deram o passo mais ousado até o momento, revelando um plano nacional para comprar parte do vasto estoque de moradias que está definhando no mercado. Elas também afrouxaram as regras para hipotecas. O banco central disse que forneceria US$ 41,5 bilhões em empréstimos baratos para ajudar as empresas estatais a comprar moradias construídas, mas não vendidas. As medidas ocorreram poucas horas depois que novos dados econômicos revelaram uma dura verdade: ninguém quer comprar casas na China no momento.

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Caio Lobo, o incorporador


Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um ENTUSIASTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO.