1) Ministro das Cidades afirma que orçamento do MCMV será ampliado

Em evento da Abrainc, o ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou que haverá um incremento de R$ 20 bilhões a R$ 25 bilhões no orçamento anual do FGTS para habitação, que abastece o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). O setor imobiliário demanda esse incremento, já que, até abril, foram consumidos R$ R$ 41,8 bilhões dos R$ 106 bilhões disponibilizados para o ano. Jader Filho afirmou que “não haverá falta de recursos para a política pública do MCMV”. Segundo ele, a Caixa Econômica Federal está estudando o valor exato do incremento, para não prejudicar a sustentabilidade do fundo. A próxima reunião do Conselho Curador do FGTS, que pode deliberar sobre o incremento, acontece em julho.

2) BC avalia reduzir compulsório para aumentar oferta de crédito imobiliário, diz diretor

O diretor de Fiscalização do Banco Central (BC), Ailton de Aquino Santos, afirmou nesta quinta-feira, 6, que a diretoria colegiada avalia o pleito do mercado para reduzir os depósitos compulsórios das instituições financeiras para aumentar a oferta de crédito imobiliário. Entretanto, ele disse que não há um prazo para que uma eventual decisão seja tomada. "O pleito [para redução do compulsório] está no Banco Central. As análises seguem os prazos normais. E o BC não se furta a conversar com o mercado", disse.

3) Reforma tributária antecipa cobrança de imposto na compra e venda de imóvel; Procuradoria vê risco

A pedido dos prefeitos, o Ministério da Fazenda antecipou o momento da cobrança do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), um tributo municipal que é pago pelo comprador do bem. A alteração consta no segundo projeto de lei complementar da reforma tributária, que agora será analisado pelo Congresso Nacional. Atualmente, essa taxação ocorre no momento da transferência da propriedade do imóvel – sendo que, pelo Código Civil, os direitos só são considerados transferidos por meio do registro no cartório de imóveis. O novo projeto, no entanto, abre a possibilidade de a prefeitura realizar a cobrança logo após a assinatura do contrato de compra e venda, que ocorre antes da transferência.

4) Sistema de financiamento imobiliário passa por esgotamento, diz vice-presidente da Caixa

Para a vice-presidente de habitação da Caixa Econômica Federal, Inês Magalhães, o sistema atual de financiamento imobiliário passa por “um certo esgotamento”. A executiva participou de painel sobre recursos para o crédito para habitação em evento Abrainc nesta terça-feira (4), em Sâo Paulo. Segundo ela, há duas medidas principais sendo discutidas no curto prazo: a liberação de 5% dos depósitos compulsório dos bancos, para ser usada no crédito imobiliário, e uma mudança no prazo de carência das Letras de Crédito Imobiliário (LCI). O setor imobiliário pede a liberação do compulsório para que os bancos tenham mais recursos disponíveis para concessão de crédito.

5) Aluguel residencial tem maior inflação anual em 16 meses, segundo indicador da FGV

A inflação acumulada em 12 meses do aluguel residencial acelerou de 9,16%, em abril, para 9,45% em maio, registrando o maior patamar desde janeiro de 2023, quando acumulou 10,74%. Os percentuais são dados pelo Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), calculado pelo FGV Ibre. “Podemos dizer que, no momento, a tendência na variação do aluguel é de alta”, disse o coordenador dos índices de preços do FGV Ibre, André Braz.

6) Decisão do CNJ pode impactar o mercado imobiliário e o sonho da casa própria

No último dia 5 de junho, o Corregedor Nacional de Justiça, Min. Luis Felipe Salomão, decidiu que a celebração de contratos de alienação fiduciária de bens imóveis por meio de instrumento particular, com efeitos de escritura pública, restringe-se às entidades integrantes do Sistema de Financiamento Imobiliário, constantes do artigo 2º da lei 9.514/1997. E, por fim, foi determinado que “as Corregedorias-Gerais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal devem adequar seus normativos à presente decisão no prazo de 30 (trinta) dias”. Ora, seja por uma análise jurídica, seja por uma análise econômica, a decisão gera perplexidade.

7) Pesquisa mostra que localização e segurança são principais fatores para valorização imobiliária

Localização privilegiada e segurança são os maiores estímulos para compradores pagarem mais por um imóvel no Brasil. De acordo com uma pesquisa realizada pelaABRAINC, em parceria com a Brain, mais de 60% das pessoas considerariam pagar valores acima da média do mercado se eles tiverem estes dois diferenciais. O terceiro fator apontado pelo levantamento é o acesso às principais rodovias e transporte público (27%). O item é seguido por opções de lazer diferenciadas (22%), a expectativa de valorização no longo prazo (21%) e a sensação de exclusividade (12%).

8) Minimercados abertos 24 horas por dia estão cada vez mais presentes em condomínios residenciais

Redes como Carrefour, Hirota e ainda várias empresas especializadas são as grandes responsáveis pelo sucesso dos mercadinhos em condomínios residenciais. Além da comodidade de ter um pequeno comércio de conveniência praticamente dentro de casa, essas lojinhas podem levar a uma valorização do imóvel em até R$ 50 mil. Ocupando pequenos espaços que vão de 5 metros quadrados a 30 metros quadrados, eles ficam abertos 24 horas por dia e alguns chegam a ter até 500 tipos diferentes de produtos.

9) EUA: Payroll robusto joga balde de água fria no Fed e ameaça corte de juros em setembro

O resultado mais forte do que o esperado do payroll dos Estados Unidos (EUA) jogou um balde de água fria no Federal Reserve (Fed). Os números mostram que a economia segue aquecida e a inflação corre o risco de alta, o que ameaça o início do ciclo de flexibilização de juros já em setembro. Após a divulgação do payroll, operadores aumentaram as apostas para o início do corte de juros somente em novembro.

10) Conheça o maior empreendimento imobiliário da América Latina, que sai do papel após 21 anos

A cidade de São Paulo deve ganhar um novo “bairro” de luxo às margens do Pinheiros: considerado o maior empreendimento imobiliário da América Latina, o Parque Global terá cinco torres residenciais, shopping, unidade para tratamento de câncer do Hospital Israelita Albert Einstein, universidade e a maior torre da cidade, com 52 andares, que abrigará um hotel e apartamentos menores. O projeto ocupa um terreno de 218 mil m², avaliado em R$ 2 bilhões, e é desenvolvido pela Benx. O preço médio do metro quadrado é avaliado em R$ 25 mil e os apartamentos poderão chegar a R$ 5 milhões - só a maquete do projeto teve um custo de R$ 4 milhões.

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Caio Lobo, o incorporador


Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um ENTUSIASTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO.