1) STF decide que FGTS deve ser corrigido pela inflação

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a correção do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) não pode ser inferior à inflação. A decisão, por maioria de votos, altera a forma de cálculo feita hoje e segue um acordo firmado entre União e centrais sindicais. Os efeitos do novo entendimento devem começar a valer a partir da publicação da ata de julgamento. A Advocacia Geral da União (AGU) não disponibilizou o impacto econômico da mudança, mas o Supremo afasta um risco que chegou a ser estimado em R$ 295,9 bilhões na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025.

2) Mudança no cálculo do FGTS tira o "elefante da sala" para as incorporadoras de baixa renda

Poucas horas depois do julgamento cujo voto médio seguiu a proposta intermediária apresentada pelo ministro Flávio Dino, o BTG Pactual deu seu “parecer” sobre a decisão. Entre outras questões, o banco destacou que o STF tirou o “elefante da sala” em relatório publicado na manhã desta quinta-feira. “Vemos isso como uma notícia positiva para as construtoras de baixa renda”, escreveram os analistas Gustavo Cambauva e Elvis Credendio. “Após a decisão de ontem, o cenário é muito mais positivo e o MCMV não corre mais riscos.”

3) Prêmio Top Imobiliário consagra maiores empresas do setor no último ano

Em sua 31ª edição, o prêmio Top Imobiliário destacou as maiores empresas do mercado imobiliário brasileiro nas categorias Incorporadora, Vendedora e Construtora. Os vencedores são definidos a partir de cinco critérios: número total de lançamentos, número de blocos lançados, número de unidades lançadas, área total construída lançada e valor geral de vendas (VGV) lançado. Confira a lista completa com as empresas vencedoras.

4) Cidade de São Paulo tem 25% dos apartamentos lançados no Brasil

Para cada lote de 4 novos apartamentos que surgem no território nacional, 1 fica na cidade de São Paulo. Foram lançadas 73,2 mil unidades residenciais na cidade, fatia de 25% dos 293 mil apartamentos que chegaram ao mercado brasileiro no ano passado, segundo o Anuário do Secovi-SP. Em relação ao valor total dos lançamentos, a proporção é de R$ 44 bilhões em solo paulistano, ante R$ 173 bilhões no País inteiro. Um novo patamar para o mercado paulistano é o pico de entregas neste ano, em consequência do lançamento de 82 mil apartamentos três anos atrás.

5) Falta de trabalhadores qualificados afeta a construção civil e abre caminho para novas tecnologias

O setor de construção civil vive um problema para conseguir entregar, no prazo, o grande volume de imóveis lançados nos últimos anos no Brasil. A exemplo do que ocorreu há pouco mais de uma década, a escassez de mão de obra qualificada voltou a assombrar as construtoras, que enfrentam dificuldade para atrair jovens para os canteiros de obras. Hoje a chamada geração Z, daqueles nascidos a partir de 1995, tem pouco interesse nesse tipo de trabalho. A escassez atinge todas as funções, do servente de pedreiro ao engenheiro; dissídio dos trabalhadores do Estado de São Paulo teve maior ganho real em 20 anos.

6) Reforma tributária: setor da construção leva preocupações à Câmara e ao governo

Ely Wertheim, do Secovi-SP, disse aos deputados que um eventual aumento de carga tributária sobre a construção civil pode comprometer a oferta de moradias e de empregos no setor. Segundo ele, um apartamento vendido por R$ 200 mil passaria a acumular 7,9% em tributos, contra os 6,41% de hoje. No caso de um imóvel de R$ 1 milhão, acrescentou, a carga tributária subiria de 8% para 15,8%. “A reforma é boa, mas a dose do remédio é mortal”, disse Wertheim. Luiz Antonio de França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias, sugeriu que o fator de redução do IBS e da CBS para o setor seja de 80% e não de 20% como está na proposta do governo.

7) Com aprovações de novos empreendimentos imobiliários de alto padrão paradas, SP pode ficar sem lançamentos

Incorporadores de São Paulo aguardam a publicação de um decreto pela prefeitura da cidade para que projetos que seguem as regras estabelecidas após a revisão do Plano Diretor e da Lei de Zoneamento, que foram atualizados em julho de 2023 e janeiro deste ano, possam chegar às ruas. O setor destaca que não estão sendo aprovados novos empreendimentos de médio e alto padrão na cidade desde meados do ano passado, o que pode atrasar o ciclo de lançamentos na capital. O decreto trata dos valores cobrados pela outorga onerosa, taxa para se construir acima de um determinado limite em uma área.

8) São Paulo: maioria dos projetos traz 2 dormitórios e no máximo 45 metros quadrados

O desenho básico de todos os 73.249 apartamentos lançados em São Paulo no ano passado está concentrado em três pontos: 75% (ou 55 mil unidades) com no máximo 45 m² de área útil, 64% (ou 47,1 mil moradias) são dois dormitórios e 60% (ou 43,8 mil habitações) custam até R$ 350 mil, o teto de preço do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), de acordo com os dados publicados no Anuário do Sindicato da Habitação (Secovi-SP).

9) Fundo da TG Core paga R$ 486,5 milhões por 30 centros comerciais da São Carlos

Um novo fundo da TG Core, gestora com foco no mercado imobiliário, comprou 30 imóveis de varejo. A aquisição abrangeu cinco lojas de rua e 25 centros de conveniências da Best Center, braço de negócios da São Carlos. A aquisição aconteceu por meio do fundo de investimento imobiliário TG Renda Urbana, registrado esta semana na CVM e que fará em breve a sua oferta de cotas para captação de recursos. O objetivo do fundo da TG Core é gerar renda aos cotistas por meio da locação dos empreendimentos comerciais.

10) A aposta do Carrefour em complexos multiuso e o projeto com a torre mais alta de SP

O Carrefour (CRFB3), maior grupo varejista do mercado brasileiro, tem transformado seu "berço" no país, um terreno ocupado por 50 anos na zonal sul de São Paulo, em um complexo multiuso voltado ao consumo, com shopping e três torres, o que deve contribuir para seus ganhos com gestão imobiliária e ampliar o fluxo de clientes para seu hipermercado na local, perto da Marginal Pinheiros, em São Paullo. O projeto do grupo francês atraiu as incorporadoras WTorre (torre corporativa) e EZTEC (torre residencial), entre outros, como parceiros para o complexo Paseo Alto das Nações.

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Caio Lobo, o incorporador


Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um ENTUSIASTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO.