1) Governo federal deve reajustar faixas de renda mais baixas do programa Minha Casa, Minha Vida

O governo deve mudar as regras e permitir que mais pessoas se enquadrem nas Faixas 1 e 2 do Minha Casa, Minha Vida. Hoje, se encaixam na Faixa 1 as famílias com renda bruta mensal de até R$ 2.640,00. Esse limite deve subir para R$ 2.850,00. Para a Faixa 2, esse teto deve passar para R$ 4.700,00. Atualmente é de R$ 4.400,00. O governo não prevê mudanças para a Faixa 3, cujo valor máximo de renda deve continuar em R$ 8.000,00.

2) Reforma tributária: ‘Em nenhum momento reivindicamos redução de impostos’, diz presidente do Secovi

Uma das principais discussões envolvendo a regulamentação da reforma tributária que agora segue para apreciação no Senado são as alíquotas que incidirão sobre a venda e aluguel de imóveis. Representantes do setor travam uma verdadeira “guerra de números” com o governo, divergindo sobre o impacto que as mudanças terão na carga cobrada nestas operações. Segundo ele, os dados utilizados pelo governo não foram apresentados para apreciação. “Isso é uma opinião, não é um estudo”, diz ele sobre o argumento de que o acumulo de créditos ao longo da cadeia colaboraria para um aumento de produtividade do setor.

3) Mercado imobiliário aponta custos de produção como principal desafio do setor

A maior dificuldade enfrentada pelo mercado imobiliário é o custo de produção. Pelo menos é isso que mostra um estudo realizado pela Brain, em parceria com o GRI Club, que ouviu líderes do setor. Em custo de produção encaixam-se, por exemplo, os gastos com mão de obra, materiais de construção, depreciação e outras despesas indiretas. O segundo maior desafio do setor, na visão dos executivos, são os processos de aprovação em órgãos reguladores. “A execução de um projeto imobiliário depende da anuência dos órgãos de fiscalização e controle, que vão desde secretarias municipais, nas prefeituras, até autarquias estaduais”, contextualiza Gustavo Favaron, CEO do GRI Club. 

4) Sem clareza sobre o ajuste fiscal, alta de juros em 2024 entra no radar dos diretores do Banco Central

Com as incertezas fiscais que ainda pairam sobre o Brasil, os diretores do Banco Central têm a missão de sinalizar para a sociedade e para o mercado se será ou não necessário subir os juros para reancorar as expectativas de inflação. O comunicado da última reunião do Copom, que ocorreu na última quarta-feira, 31, indica que os membros do colegiado estão dispostos a subir a Selic se as estimativas para o IPCA continuarem em alta. De maneira objetiva, o mercado não acredita que o governo economizará ou cortará despesas. Com isso, o prêmio de risco cobrado pelos investidores para financiar a dívida pública brasileira aumenta. Além disso, o preço dos ativos, como o dólar, sobe.

5) Uso de estatal para turbinar compra de casa própria trava em impasse jurídico

O uso da estatal Emgea (Empresa Gestora de Ativos) para comprar parte da carteira de crédito imobiliário dos bancos e liberar dinheiro para novos financiamentos à casa própria ainda não saiu do papel e travou em um impasse jurídico. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não encontrou uma fórmula para viabilizar a operação sem que ela gere prejuízo para a companhia. Adotar medidas que sabidamente são prejudiciais às finanças da empresa pode gerar punição aos gestores. Representantes da empresa já alertaram o Ministério da Fazenda sobre a situação e transmitiram o recado de que, para seguir com a ideia da compra da carteira nessas condições, a Emgea precisará de uma blindagem jurídica robusta.

6) CBIC eleva projeção de crescimento da construção em 2024 de 2,3% para 3%

Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) elevou de 2,3% para 3% a sua projeção de crescimento do PIB da construção civil para este ano. É o segundo aumento de expectativa desde o começo de 2024. Em março, a entidade já havia elevado a projeção de 1,3% para 2,3%. Segundo a Cbic, contribuíram para a revisão positiva a expectativa de crescimento maior para a economia brasileira como um todo, um mercado de trabalho mais resiliente, a projeção de aumento nos lançamentos imobiliários e o crescimento dos financiamentos de imóveis com recursos do FGTS.

7) Novo Caged: Construção cria 21,4 mil empregos formais em junho

O Brasil registrou saldo positivo de 201.705 empregos com carteira assinada em junho. O setor da Construção Civil abriu 21.449 empregos em junho (10,6% do total do país), o que representa um crescimento de 0,74% em relação ao número de empregos abertos em maio.

No ano, o setor já criou mais de 180 mil postos de trabalho, o equivalente a 14% do total das vagas do país em 2024. O estoque de empregos da Construção ao final de junho foi de mais de 2,9 milhões de trabalhadores com carteira assinada.

8) Incorporadora investe R$ 1,5 bi para erguer World Trade Center do agronegócio em Mato Grosso

Motor da economia brasileira, o agronegócio terá um World Trade Center (WTC) para chamar de seu. O prédio comercial de 25 andares será construído ao norte de Mato Grosso, em Sinop, um dos municípios mais relevantes para a economia do Estado. Previsto para ser concluído em 2029, o empreendimento é liderado pela incorporadora Haacke, de Balneário Camboriú, e faz parte de um megaprojeto de prédios na cidade, que terá investimentos de R$ 1,5 bilhão.

9) Pátria Investimentos compra totalidade da VBI Real Estate e se torna a maior gestora independente de real estate

Em franca expansão, Pátria Investimentos anunciou a compra 100% da VBI Real Estate, gestora de fundos imobiliários com R$ 10 bilhões sob gestão, e se torna a maior gestora independente em real estate do Brasil. A informação foi divulgada em fato relevante divulgado ao mercado nesta quinta-feira (01). A aquisição não é uma surpresa já que o Pátria está exercendo seu direito após comprar 50% da gestora e firmar acordo em 2022 para a compra total em até três anos.

10) ‘Efeito Balneário’ agita os mercados vizinhos

Acostumada a crescer pra cima, com arranha-céus cada vez mais altos, Balneário Camboriú (SC) começa agora a expandir seus domínios para os lados. Municípios vizinhos como Itapema e Itajaí têm vivido nos últimos meses o chamado “efeito Balneário”: reflexo do boom no mercado imobiliário local, com lançamentos luxuosos, novos players e supervalorização dos imóveis ultrapassando as fronteiras intermunicipais. Itapema e Itajaí estão entre os locais com o maior preço de metro quadrado do Brasil: qualidade de vida e terrenos na orla atraem os incorporadores.

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Caio Lobo, o incorporador


Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um ENTUSIASTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO.