1) Vendas de imóveis novos registram crescimento de 45,3%, revela indicador ABRAINC-Fipe 

As vendas de novos imóveis registraram uma alta de 45,3% no acumulado de 12 meses, encerrados em maio de 2024, aponta o indicador ABRAINC-FIPE. No período, o segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) registrou um aumento de 13% no volume de unidades comercializadas e de 32,6% no valor de vendas. O valor total lançado teve uma alta significativa de 14,4%, reforçando a retomada nos lançamentos para o segmento. Atualmente, a duração dos estoques está em 13 meses, comparado aos 24 meses registrados no início de 2023, indicando que os estoques voltaram a níveis saudáveis, permitindo o retorno de novos projetos. O MCMV apresentou um aumento significativo tanto na quantidade de unidades vendidas (59,7%) quanto no valor total de vendas ao longo dos últimos doze meses (65,6%). Além disso, houve um acréscimo expressivo de 30,7% no valor de venda dos lançamentos. 

2) Ministério das Cidades afirma que Minha Casa Minha Vida já busca ‘melhor inserção de empreendimentos’

O Ministério das Cidades afirmou que o Minha Casa Minha Vida “já tem buscado a melhor inserção dos empreendimentos”, ao citar a possibilidade de realização de empreendimentos habitacionais em imóveis disponibilizados pela Secretaria de Patrimônio da União (SPU) em áreas centrais das cidades. Reportagem publicada pelo Valor mostra que os beneficiados pelo MCMV com mais retorno em termos de empregabilidade formal e redução de dependência financeira foram aqueles que moravam no bairro com melhor acesso ao mercado de trabalho formal. O trabalho se baseia em informações de conjuntos habitacionais do programa em três bairros da zona oeste da cidade do Rio de Janeiro.

3) Falta de trabalhador especializado afeta construção civil

Em meio ao aquecimento da construção civil e um mercado de trabalho dinâmico, empresas do setor já se queixam da dificuldade de encontrar mão de obra em geral e principalmente trabalhadores qualificados. Segundo os dados recentes da Sondagem da Construção do FGV Ibre, a escassez de mão de obra é apontada por quase 30% das empresas como uma das principais dificuldades enfrentadas no momento. Segundo executivos do setor, o cenário tende a gerar gargalos, principalmente com o andamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, e a solução mais viável é acelerar o processo de industrialização da construção civil.

4) Gestores aumentam apostas de que BC terá que elevar Selic neste ano

Cresceu entre gestores a visão de que o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, poderá ter que elevar a Selic até o fim do ano. A avaliação ganhou impulso depois de falas consideradas mais duras feitas por mais de um diretor da autoridade monetária nos últimos dias. Ao longo da última semana, Gabriel Galípolo afirmou que a “alta da Selic está na mesa” e que o custo de perseguir a meta pode ser maior ou menor, mas que o BC não irá desviar de seu objetivo.

5) Incorporadoras estão com maior apetite para comprar terrenos e lançar, apontam Abrainc e Deloitte

O Indicador de Confiança do Setor Imobiliário Residencial, elaborado pela Abrainc e pela Deloitte, aponta que os executivos de incorporadoras estão com apetite maior para compra de terrenos nos próximos meses. A expectativa para aquisição em um intervalo de três a 12 meses passou de 80%, no primeiro trimestre, para 86%, no segundo. Entre as empresas do MCMV, é de 94%. No MAP, ficou em 76%. Esperando ter mais terrenos disponíveis, as companhias também elevaram a projeção de lançamentos. Dentre as 50 empresas ouvidas pelo indicador, 93% esperam lançar projetos nos próximos três a 12 meses, ante 90% no primeiro trimestre deste ano. Entre as empresas do MCMV, favorecidas pelas boas condições do programa, o índice chega a 97%. No médio e alto padrão (MAP) é de 88%.

6) Startup vai levantar R$ 300 milhões em 2024 ao conectar a Faria Lima a construtoras em busca de crédito

Para atender aos pedidos de gente do mercado imobiliário também interessada em desbravar a Faria Lima, no ano passado Marchesini abriu a Finamob, umap dedicada a fazer a ponte entre construtoras interessadas em recursos para seus projetos e as gestoras com conhecimento sobre onde captar tais quantias. “Ainda há muito desconhecimento por parte dos dois lados”, diz Marchesini. Por trás do descolamento estão dois fatores. O primeiro é a maneira como operam as construtoras brasileiras. Grande parte delas são negócios de família, com atuação regional e patamares variados de sofisticação. 

7) MRV espera acelerar projetos da Luggo após resolver gargalo de financiamento

O grupo MRV&Co espera acelerar os projetos da Luggo, subsidiária que faz apartamentos para locação. O negócio é intensivo em capital e vinha em um ritmo mais lento diante da necessidade do grupo preservar o caixa. Nos últimos meses, a companhia colocou de pé um novo modelo de financiamento que contribuirá para eliminar este gargalo. O grupo lançou dois projetos piloto em que o contrato é estruturado por meio de uma triangulação entre as partes. Vale lembrar que os empreendimentos da Luggo têm a Brookfield como compradora.  Neste novo modelo, o empréstimo é assumido pela Brookfield com o banco, enquanto o grupo MRV&Co fica responsável apenas pelos encargos do contrato até o término da obra, incluindo os juros. Paixão diz que o modelo é semelhante à venda no sistema de crédito associativo, em que os apartamentos do Minha Casa Minha Vida são vendidos ainda na planta, e os compradores são repassados imediatamente para os bancos, antes mesmo da entrega das chaves.

“Assim, conseguimos receber ao longo da construção”, destacou. “Com isso, nós queremos fazer o máximo de unidades que for possível, sem aportar capital.”

8) EliseAI arrecada US$ 75 milhões para chatbots que ajudam administradores de propriedades a lidar com inquilinos

A EliseAI, uma empresa que desenvolve um conjunto de ferramentas de gerenciamento de propriedades com tecnologia de IA para proprietários, levantou US$ 75 milhões em uma rodada Série D que avalia ap em US$ 1 bilhão. A EliseAI emprega um exército de chatbots para enviar mensagens de texto, e-mails e responder a chamadas de locatários sobre coisas como passeios por apartamentos, solicitações de manutenção, renovações de aluguel e inadimplências. Track diz que os chatbots são treinados para perguntas e conversas de locatários — tanto pessoas que procuram alugar apartamentos quanto moradores atuais — e projetados para repassar solicitações a humanos automaticamente quando necessário.

9) Força-tarefa faz operação no Rio para derrubar 'condomínio do tráfico' no Parque União, na Maré

As polícias Civil e Militar, a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) e o Ministério Público do estado (MPRJ) iniciaram nesta terça-feira (13) uma operação para derrubar 40 imóveis erguidos pelo tráfico de drogas no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio. O “condomínio”, no Parque União, foi mostrado em outubro do ano passado pelo RJ2. Na ocasião, a reportagem mostrou que o Comando Vermelho (CV) adotou uma prática da milícia e passou a usar a especulação imobiliária para lavar dinheiro das atividades criminosas. A venda das casas, à época recém-construídas, é uma forma de circular esse capital.

10) O maior bairro de casas impressas do mundo está quase concluído no Texas

O maior bairro de casas impressas em 3D do mundo está quase concluído em Georgetown, Texas. A empresa ICON está finalizando as últimas unidades (de um total de 100) que estão sendo impressas por meio da impressora Vulcan, que assim como qualquer impressora 3D de mesa, constrói objetos camada por camada – exceto pelo fato de que ela tem mais de 13,7 metros de largura, pesa 4,75 toneladas e imprime casas residenciais. A construção, que começou em novembro de 2022, utiliza impressão 3D para criar paredes resistentes à água, mofo, cupins e condições climáticas extremas. As casas têm de três a quatro quartos e custam entre US$ 450 e US$ 600 mil.

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Caio Lobo, o incorporador


Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um ENTUSIASTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO.