1) Construção cresce 3,5% no 2º trimestre de 2024, superando expectativas econômicas

Segundo dados divulgados pelo IBGE, o setor de construção no Brasil cresceu 3,5% no segundo trimestre de 2024. Esse crescimento se destaca em comparação com o avanço geral de 1,4% da economia brasileira no mesmo período, que superou as expectativas dos analistas, que projetavam um aumento de 0,9%. Após uma performance estagnada nos primeiros meses do ano, o setor da construção se destacou entre os setores econômicos, impulsionada pela resiliência do mercado de trabalho, as novas condições do Programa Minha Casa, Minha Vida e uma leve redução na taxa de juros. Esses fatores, aliados a um mercado imobiliário dinâmico e ao crescimento do número de empregos no setor, são cruciais para entender o bom desempenho observado. 

2) Mercado imobiliário: governo estuda incentivos para fundos de pensão investirem em habitação

A Caixa Econômica Federal e o Ministério da Fazenda estão analisando alternativas para incentivar os fundos de pensão a investirem mais no setor de habitação. O objetivo dessa movimentação é angariar novas fontes de recursos para a compra e a construção de moradias no País. Os fundos de pensão públicos e privados têm um poder gigante de investimentos, mas seus aportes em habitação representam uma fatia muito pequena do bolo. Os investimentos imobiliários das entidades de previdência somam R$ 37,6 bilhões atualmente, o que representa, na média, só 3% da carteira de ativos sob gestão delas, segundo a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar.

3) Alta do PIB: mercado passa a projetar crescimento maior para a economia, mas também espera subida dos juros

O mercado financeiro começou a revisar para cima as projeções de crescimento da economia brasileira em 2024, depois da surpresa com os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) no 2° trimestre. Nesta terça-feira (3), o IBGE informou que o PIB do Brasil cresceu 1,4% entre abril e junho de 2024, bem acima das expectativas de especialistas, que previam uma alta de 0,9% em média. Se por um lado o crescimento mostra, principalmente, uma demanda interna forte, por outro permanece a preocupação com as pressões inflacionárias.

4) Selic: Inteligência Artificial indica 41% de chance de aumento na próxima reunião do Copom

Há 41,8% de probabilidade de o Copom) elevar a taxa Selic na sua próxima reunião, segundo o Índice Equus de Precificação da Selic (IEPS), que utiliza Inteligência Artificial para coletar e analisar dados. Segundo a inteligência artificial da casa, o aumento deve ser de 0,25% – o que deixaria a taxa Selic em 10,75%. As discussões acerca de um aumento da Selic foram reacendidas recentemente, por conta de indicadores econômicos recentes e também de falas de membros do Copom. Gabriel Galípolo, que foi nomeado para ser o próximo presidente do BC, declarou reiteradas vezes que a autoridade monetária irá elevar os juros se for necessário.

5) Aquecimento da economia e juros elevados devem manter aluguéis em alta, diz FGV

O aquecimento do mercado de trabalho e da economia como um todo e os juros ainda elevados devem manter os preços dos aluguéis com tendência de alta até o fim do ano. A afirmação é do economista André Braz, superintendente adjunto para inflação do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), que divulgou nesta quinta-feira (5) que o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (Ivar) de agosto subiu 1,93%, marcando uma aceleração em comparação com a taxa de -0,18% registrada em julho. 

6) Escassez da mão de obra é tema central no Construsummit 2024

O Construsummit 2024, evento de gestão e tecnologia voltado para a Indústria da Construção, que aconteceu em Florianópolis, abordou intensamente a escassez da mão de obra. Os diversos palestrantes no evento citaram o problema, indicando também possíveis soluções e oportunidades no cenário atual. Outro destaque foi a palestra do Superintendente da Caixa, Raul Gomes, que falou sobre o futuro do Minha Casa, Minha Vida e a possível criação de uma Faixa 4 para o programa.

7) Capitais do Nordeste impulsionam valorização de imóveis no Brasil

Salvador (2,07%), João Pessoa (1,82%), São Luís (1,73%), Fortaleza (1,64%) e Aracaju (1,43%) foram as capitais que mais valorizaram no Brasil em agosto. O Índice FipeZAP de Venda Residencial, divulgado pelo DataZAP, indica que as capitais nordestinas foram responsáveis por impulsionar a valorização de 0,76% no último mês. E o movimento de alta na região não é recente. 

8) Reforma tributária e desafios de funding podem impactar o desenvolvimento do setor de Multifamily no país

A Reforma Tributária em processo de regulamentação no Brasil trouxe à tona grandes preocupações entre players do mercado imobiliário, especialmente no segmento de multifamily, a respeito da incidência do IBS e da CBS em aluguéis de imóveis. Durante uma reunião exclusiva do GRI Club, líderes destacaram que as novas diretrizes fiscais podem comprometer a viabilidade desse modelo de negócios, ainda emergente no país, devido às desigualdades tributárias previstas entre investidores institucionais e pessoas físicas. “Nós precisamos pensar em alguma maneira de nos posicionar para tentar diminuir esse impacto, pois a minha leitura inicial é que se a lei seguir do jeito que está, é melhor devolver o dinheiro que tomamos, vender os apartamentos e procurar outro investimento. Não haveria mais indústria de multifamily no Brasil”, alerta um player presente. Além disso, o segmento enfrenta dificuldades para financiamento, pois as instituições financeiras ainda demonstram cautela excessiva na liberação de crédito para apoiar o desenvolvimento desses empreendimentos.

9) Dubai é lar do arranha-céu mais alto do mundo — agora, também terá o 2º mais alto

Desde 2010, Dubai abriga o arranha-céu mais alto do mundo, o Burj Khalifa, com 828 metros de altura. Agora, o emirado também receberá o segundo mais alto, a pouco mais de 3 km de distância do “irmão maior.”

A incorporadora Azizi Developments anunciou nesta semana que o Burj Azizi, prédio que está construindo desde janeiro, terá impressionantes 725 metros de altura.

Sua altura exata não havia sido divulgada anteriormente, pois a construtora ainda aguardava aprovação das autoridades locais, como a agência de aviação civil (sim, esses prédios são tão altos que interferem na rota de aviões). Com esse tamanho, ele vai superar o atual segundo arranha-céu mais alto do mundo, o Merdeka 118, na Malásia, que tem 678 metros de altura.

10) “Estamos em um ponto de inflexão”, alerta executivo da construção civil

Os caminhos da Reforma Tributária, a busca pela sustentabilidade e a crise de mão de obra são alguns dos principais desafios da construção civil no momento. E a solução para resolver estes problemas está na tecnologia segundo Ionan Fernandes, Diretor da Softplan. Em palestra no Construsummit, Fernandes aponta que o segmento vive um momento inédito. “São diversas as forças que tornam este cenário único e desafiador, mas elas também criam uma oportunidade para aumentar a produtividade”, comenta Fernandes. “Estamos em um ponto de inflexão”, alerta o executivo. De fato, a reforma tributária, em debate no Congresso Nacional, prevê uma alíquota progressiva de tributação para a transação de imóveis. Atores do setor argumentam que o aumento da carga pode gerar um aumento de custos às incorporadoras que será repassado ao consumidor final.

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Caio Lobo, o incorporador


Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um ENTUSIASTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO.