A sequência de tarifas aplicadas pelo presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, nos últimos dias, que se popularizou na imprensa internacional como tarifaço, tem provocado uma volatilidade no valor do dólar e inseguranças no cenário econômico mundial. Mas, para além dos impactos negativos que a oscilação da moeda americana traz para os investidores, o que pode resvalar no mercado imobiliário, o setor também é atingido positivamente por outros motivos.

À Autimob, o diretor comercial da Aevo Imobiliária, Rodrigo Branco, apontou aspectos positivos da oscilação do dólar. De acordo com ele, diante de períodos de incertezas, os investimentos em produtos mais seguros e rentáveis, como imóveis, se tornam mais atrativos. “Dólar alto pode atrair estrangeiros buscando imóveis como reserva de valor”, destacou Branco, ao explicar que o mercado imobiliário brasileiro pode se tornar uma alternativa estável para quem deseja diversificar investimentos fora dos EUA.

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Apesar dos impactos negativos em vários setores, como a elevação dos custos da construção civil, com os materiais e a elevação das taxas de juros, que influenciam as opções de financiamentos, o mercado ainda se torna uma forma segura de lidar com os investimentos em tempos de volatilidade, e acaba valorizando os empreendimentos.

“A alta das tarifas elevam preços de materiais importados (aço, alumínio, acabamentos), encarecendo a construção e repassando o valor ao comprador, com isso valorizando os imóveis”, apontou Rodrigo.

As incertezas econômicas que tanto preocupam outros setores, como o automobilístico, por exemplo, cuja demanda necessita de importações, acabam por favorecer investimentos mais seguros, com menor chance de perda e maior valorização a longo prazo, como os imóveis. Mesmo com o aumento dos custos, o mercado imobiliário tende a ser menos impactado negativamente que outros setores mais dependentes de importações diretas ou insumos dolarizados.