Donos de imóveis financiados no Rio Grande do Sul podem recorrer ao seguro DFI


Segundo levantamento da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, entre 29 de abril e 7 de maio, cerca de 100 mil residências, prédios e condomínios foram destruídos ou danificados pelas tempestades e enchentes que atingiram o estado nas últimas semanas.

A situação vai exigir um grande investimento público e privado para reforma e reconstrução de tudo que a água das chuvas levou, como adiantou Caio Lobo na coluna IncorporaNews, divulgada nesta segunda-feira, 13. Para quem tem imóveis financiados, uma saída para ajudar a custear as obras é o seguro DFI (Seguro Obrigatório de Danos Físicos ao Imóvel).

De acordo com a Lei nº 4.380/1984 e o Decreto nº 73/1966, o DFI é um dos seguros obrigatórios para a liberação do crédito imobiliário e requisitado por todos os bancos ao iniciar o financiamento de um imóvel.

As coberturas previstas incluem alagamento ou inundação, como é o caso do que está acontecendo em grande parte dos municípios do Rio Grande do Sul, além de incêndio, raio ou explosão, vendaval, destelhamento, desmoronamento total ou parcial, risco de desmoronamento comprovado ou qualquer outra situação que comprometa a moradia no imóvel em questão.

Vale ressaltar que o seguro já entra em vigor a partir da contratação do financiamento e permanece válido até a sua quitação. Sendo o sinistro parcial ou total, o morador receberá o valor do imóvel financiado como indenização caso a reivindicação seja aprovada.

Como acionar o seguro DFI?

Para acionar o seguro DFI, o morador deve entrar em contato com o banco em que fez o financiamento imobiliário para iniciar o processo de reivindicação. Após receber a notificação, a empresa seguradora enviará um perito para avaliar os danos ao imóvel e determinar o valor do prejuízo coberto pela apólice, que pode incluir os custos de reparo ou reconstrução do imóvel, bem como eventuais despesas adicionais previstas.

Se a reivindicação for aprovada, a seguradora deve realizar o pagamento da indenização de acordo com os termos estabelecidos na apólice. Esse pagamento pode ser feito em forma de reparo direto, reembolso das despesas ou por meio de outras formas previstas no contrato.

É importante que o morador leia atentamente sua apólice de seguro DFI para entender quais são as coberturas e os procedimentos específicos para fazer uma reivindicação. Além disso, estar com as parcelas em dia é um pré-requisito para que a apólice esteja válida no momento do sinistro.