A experiência de passar mais tempo em casa durante a pandemia do coronavírus deixou as famílias com o desejo de um imóvel em condomínio horizontal ainda mais aflorado. Com as pessoas confinadas dentro de suas casas por um longo período, elas passaram a perceber o valor do conforto e comodidade em seus lares.

Conforme isso foi acontecendo, os condomínios horizontais que já eram objetos de desejo, se tornaram o suprassumo dos investimentos do ramo, fortalecendo ainda mais esta modalidade do mercado imobiliário que já vem crescendo há alguns anos.

Dados divulgados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) apontaram que apesar da crise econômica de 2020, que forçou uma diminuição em quase 30% dos lançamentos de novos condomínios horizontais ou verticais, o interesse do consumidor não foi prejudicado. Pelo contrário: foi registrado um aumento de 8,4% por cento no primeiro trimestre de 2020, comparado com o mesmo período de 2019.




Condomínios horizontais — nova percepção de moradia

Os apartamentos ficaram pequenos com a pandemia. A percepção de espaço e casa teve a visão prejudicada, pelo menos para uma boa parcela da população que agora exprime o desejo de mais conforto, área de lazer e liberdade.

As famílias, principalmente as que possuem mais de dois componentes, valorizam o bem-estar e a qualidade de vida que o lar de uma casa pode proporcionar. Urge a necessidade agora de lazer privativo e espaços de home-office, este último, uma modalidade de trabalho que veio para ficar, mas que não era muito valorizada dentro do lar.

A união clara entre segurança e liberdade de espaço que casas de condomínios horizontais possuem é um dos principais atrativos. Além disso, o acesso às grandes áreas verdes que muitos condomínios residenciais têm a oferecer, é um grande prato cheio para quem está querendo deixar a vida cosmopolita para viver de forma mais prazerosa e confortável. Os mais luxuosos possuem ainda maiores privilégios, como represas, clubes privativos, reservas naturais e os mais diversos atrativos que se pode imaginar.




Em Goiás, casa é a preferência dos goianienses

Em Goiás, esse desejo é expressado pelos números desde 2018. Segundo uma pesquisa realizada pela Brain para a Associação dos Desenvolvedores Urbanos do Estado de Goiás (ADU-GO), constatou que 82% dos goianos têm preferência por morar em casa. Já em Goiânia, o percentual é ainda maior: 99,5%.

Estes dados impulsionaram construtoras a investirem no ramo imobiliário de casas horizontais, o que resultou em um crescimento forte na busca por condomínios.

De acordo com a Associação de Desenvolvedores Urbanos (ADU), Goiânia é uma das cinco cidades brasileiras com o maior número de empreendimentos de condomínios horizontais. Inclusive, somos a maior do Centro-Oeste no mercado. De todos os condomínios no Estado, 70% estão na capital.




Mercado imobiliário de condomínios horizontais cresce no interior

Inegavelmente, os costumes goianos podem estar ligados aos números citados acima, já que a população de Goiás tem um instinto interiorano, que preza pelo contato com a natureza e uma maior liberdade de espaço que não é suprida pelos compactos apartamentos.

Contudo, a capital é também uma cidade com altos índices de violência urbana, que tem chamado atenção até de quem vive em cidades com ares mais tranquilos. Como resultado, acaba fazendo com que as famílias procurem mais segurança para viver, uma regalia que os condomínios horizontais oferecem. Sendo assim, cidades do interior estão recebendo cada vez mais este tipo de empreendimento.

Esta não é uma novidade de agora. Desde 2014, a procura por condomínios fechados no interior cresceu significativamente. Nesta época em Anápolis, por exemplo, dois novos empreendimentos do Alphaville chegaram na cidade. Porém, o que mais surpreendeu foi a venda dos lotes. Cerca de mais de 500 unidades foram vendidas em apenas quatro horas.

Uma grande vantagem é o custo versus benefício, em virtude de ser possível comprar um grande espaço por um preço abaixo do valor custeado na Grande Goiânia. Ademais, há grande procura de classes C e D pelos residenciais fechados, ainda mais com a facilidade do programa Minha Casa Minha Vida, as construtoras não deixam de investir em condomínios que não sejam alto padrão, visando a grande demanda que vem sendo notada.


Fontes de imagens: ​Segs​, ​Evo Imóveis​, ​Empreender em Goiás​, ​Planta Pronta​.