1) Mercado imobiliário termina ano com resultados positivos, mas 2025 trará cenários mais desafiadores

O mercado imobiliário fecha o ano de 2024 com lançamentos e comercialização de imóveis registrando números muito positivos na capital paulista e em outros pontos do País, diz Rodrigo Luna, presidente do Secovi-SP. O ano que vem, no entanto, deve trazer inúmeros desafios. Entre os desafios apontados, a alta da Selic, atualmente em 11,25% ao ano, o financiamento imobiliário e o déficit habitacional foram destacados. “Nesse momento, estamos diante de dois enormes gargalos no setor. O primeiro é o financiamento. É urgente encontrar alternativas para os juros altos e para os escassos recursos da poupança. O outro é o déficit habitacional, que atinge todas as faixas de renda. Precisamos buscar saídas inteligentes que irão entregar lares melhores e, consequentemente, desenvolver cidades mais acolhedoras e funcionais”, afirma.

2) Financiamentos pelo SBPE: Reduzir compulsório é saída ‘mais rápida’ para captar recursos, diz executiva da Caixa

A diminuição do saldo da caderneta de poupança traz desafios para o funding (captação de recursos) do setor imobiliário, e uma das saídas mais rápidas para mitigar esse impacto seria a diminuição do compulsório, na avaliação de Inês Magalhães, vice-presidente de habitação da Caixa Econômica Federal. “Dentro do setor, há um consenso sobre as prioridades para enfrentar os desafios atuais. A medida que poderia ter o impacto mais rápido seria a redução do compulsório em pelo menos 5 pontos percentuais, o que liberaria cerca de R$ 40 bilhões para o mercado”, disse Inês. No entanto, ela destacou que ainda não há confirmação sobre a possibilidade dessa mudança, especialmente considerando a transição na presidência do Banco Central e as preocupações em torno de como a medida poderia impactar a inflação.

3) Pesquisa: Para potenciais compradores, preço do imóvel vai aumentar

A Pesquisa Raio-X FipeZAP, mostrou a expectativa de preços dos imóveis no país para os próximos 12 meses. O percentual de entrevistados que projetavam aumento nominal no valor dos imóveis passou de 38%, no terceiro trimestre de 2023, para 40% no mesmo período deste ano. Fazendo uma comparação, a fatia de respondentes que partilham de uma projeção de manutenção dos preços atuais cresceu de 23% para 27%, enquanto o grupo que apostava na queda perdeu, passando de 9% para 8% nas últimas duas amostras.Já em termos de variação, a alta projetada pelos compradores que adquiriram um imóvel recentemente (4,1%) superou as expectativas tanto por proprietários que compraram a sua unidade há mais tempo (3,8%) quanto por compradores potenciais (1,3%). Como resultado, a previsão dos entrevistados para os preços dos imóveis foi revisada para uma alta nominal de 2,5% nos próximos 12 meses.

4) ‘Há um grande espaço para imóveis multifamiliares no Brasil’, diz executivo da Brookfield

O modelo é absolutamente dominante no mercado imobiliário dos Estados Unidos. Na maior economia do mundo, 90% das locações seguem o chamado modelo multifamiliar - quando todas as unidades de um mesmo edifício são voltadas para o aluguel. Esses números contrastam bastante com o cenário nacional, onde, segundo o Censo de 2022 do IBGE, apenas 18 milhões, das mais de 90 milhões de unidades habitacionais residenciais no Brasil são voltadas para o aluguel. Sendo que, neste universo, 30 mil unidades, ou seja, menos de 1%, operam no segmento multifamiliar. “Os dados revelam uma grande oportunidade de crescimento no Brasil”, afirma André Lucarelli, vice-presidente sênior de investimentos da Brookfield.

5) Orçamento do FGTS para Minha Casa, Minha Vida é limitado pela alta dos preços, diz Petrucci

O orçamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) em 2025 deve limitar o crescimento do programa, afirmou o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci. Em outubro, o Conselho Curador do fundo aprovou para o ano que vem o orçamento de R$ 142,3 bilhões, que serão distribuídos entre investimentos em habitação, saneamento e infraestrutura. A maior parte dos recursos será empregada na habitação, que receberá R$ 126,8 bilhões. “O funding do FGTS para o MCMV é considerado satisfatório, especialmente porque o orçamento para o próximo ano será recorde, tanto em valor quanto em desembolso. No entanto ele limita o crescimento contínuo que o programa tem experimentado nos últimos anos”.

6) Locação é estratégica para o Brasil enfrentar déficit habitacional, dizem especialistas

A locação de imóveis, seja no modelo multifamily (empreendimentos residenciais destinados a locação), seja no modelo tradicional, é uma ferramenta essencial para enfrentar um dos principais desafios do Brasil: o déficit habitacional. “Atualmente, apenas 20% das necessidades habitacionais do país são atendidas por meio da locação, enquanto em países como a Suíça esse índice chega a 50%, demonstrando o potencial inexplorado desse mercado no Brasil”, disse Moira Regina Toledo, diretora de risco e governança da Lello Imóveis.

7) 84% pagariam mais para locar imóveis com recursos tecnológicos

O que os locatários brasileiros levam em conta na hora de escolher um imóvel? Conforme a pesquisa sobre Experiência dos Inquilinos 2024, desenvolvida pela Capterra, a resposta é tecnologia. O estudo considerou a opinião de 400 brasileiros vivendo de aluguel e concluiu que 84% pagariam um valor superior por locações com mais recursos tecnológicos. A analista sênior do Capterra, Marcela Gava, entende que o fato de os inquilinos brasileiros serem entusiastas do uso de tecnologia em imóveis alugados representa uma oportunidade e um desafio para o setor.

8) Distrito Federal: Justiça determina demolição de Condomínio RK por parcelamento ilegal do solo

A VMADUFDF do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios emitiu sentença contra o Condomínio Rural Residencial RK, em Sobradinho. Além de multa de mais de R$ 22 milhões que foi prevista em 2005 e deverá ser paga com juros e correções, a decisão ordena a demolição de todas as construções no local. Além disso, segundo o MPDFT, o estabelecimento está “situado em terras públicas, pertencentes à Companhia Imobiliária de Brasília – Terracap”, e, assim “não poderia jamais cumprir com uma das exigências fundamentais para o registro imobiliário: a apresentação do título de propriedade do imóvel”. Para o juiz, são responsáveis, "não apenas os parceladores criminosos originários", mas também "os que adquiriram lotes no local" ou que tenham enriquecido por meio dele. Cerca de 10 mil pessoas vivem no local.

9) Short Stay: É lançado seguro inédito para aluguel de curta duração

A EasyCover em parceria com a Now Seguros, acaba de lançar um produto inédito e que resolve uma dor frequente para as imobiliárias, administradoras e proprietários que trabalham com os aluguéis de curta duração. Com exceção do AirBnb, as plataformas de hospedagem como Expedia, Booking e Google VR não possuem cobertura ou seguro para os danos, furtos e roubos relacionados à estadia de seus hóspedes. Na prática, alguns anfitriões deixam de anunciar nesses portais, em função, justamente, do risco de um prejuízo elevado. Além dos itens de um seguro residencial tradicional, como incêndio e assistência 24 horas, a EasyCover oferece cobertura para elementos contidos no interior da propriedade, como móveis, TVs e eletrodomésticos.

10) Cyrela aposta alto: novo arranha-céu terá a vista mais elevada de São Paulo

“Nunca existiu nada em São Paulo construído nesta altura”. Assim, Efraim Horn, co-CEO da Cyrela, define o novo lançamento da incorporadora. Em parceria com o J. Safra Properties, a torre com 144 metros de altura será construída em um dos pontos mais altos da cidade, a três quadras da Avenida Paulista. Quando finalizado, em maio de 2029, On the Sky Bela Cintra estará a 956 metros do nível do mar, e será o edifício com vista mais alta da capital.


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Caio Lobo, o incorporador



Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um ENTUSIASTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO.