1) Minha Casa, Minha Vida atrai incorporadoras pequenas e médias, e concorrência tende a crescer

Os lançamentos e as vendas de imóveis dentro do Minha Casa, Minha Vida estão ganhando tração depois que as novas regras do programa entraram em vigor em julho. Muitas incorporadoras de pequeno e médio porte que haviam pisado no freio nos anos anteriores agora estão aproveitando as condições mais vantajosas para voltar a crescer, com mais lançamentos e diversificação de localidades. O quadro indica uma competição maior nos próximos meses, podendo até mesmo gerar escassez de mão de obra qualificada, de acordo com empresários do setor. “A participação do Minha Casa Minha Vida nas vendas totais tende a crescer significativamente a partir do quarto trimestre de 2023 e do primeiro trimestre de 2024″.

2) Quem compra imóvel 100% à vista? Resultado de pesquisa pode surpreender

Uma pesquisa realizada pelo Grupo OLX, que engloba as marcas ZAP, Viva Real e OLX Imóveis, aponta que 47% daqueles que têm intenção de comprar um imóvel querem pagar o valor integral à vista. Desse público, 11% pagariam tudo só com o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Embora a maioria (51%) dos participantes indique que precisaria de um financiamento imobiliário, uma fatia de quase metade afirma que não busca crédito para selar a compra.

3) Pesquisa mostra que a compra do imóvel é o principal desejo dos brasileiros para 2024

A Pesquisa Radar, realizada pela Febraban, mostra que o maior desejo do brasileiro para 2024 é comprar imóvel (31%), seguido por aplicar em investimentos bancários (25%) e reformar a casa (21%). Outra percepção, a de que os preços aumentaram ou aumentaram muito, registrou queda de 25 pontos entre o levantamento de dezembro de 2022 (79%) e o atual (54%). A expectativa de melhoria do poder de compra da população subiu de 36% para 39% de dezembro de 2022 até o momento.

4) Poupança tem terceiro ano de resgates e desafia crédito imobiliário

A caderneta de poupança registrou em 2023 saque líquido pelo terceiro ano consecutivo, o que não acontecia há mais de duas décadas. O movimento também reforça o alerta, de acordo com economistas, sobre a necessidade de criação de novas fontes de financiamento para o setor imobiliário. Conforme divulgado pelo Banco Central (BC), as retiradas superaram os depósitos em R$ 87,8 bilhões no ano passado. Em 2021 e 2022, em parte como reversão do forte crescimento da poupança observado na pandemia, foram registrados saques líquidos de R$ 35,5 bilhões e R$ 103,2 bilhões, respectivamente. A última vez em que houve três anos seguidos de saques foi entre 1999 e 2001.

5) ‘Mercado de imóveis para a classe média está adormecido’, diz Jorge Cury, da Trisul

O presidente da construtora Trisul, Jorge Cury, avalia que o mercado imobiliário melhorou em 2023, em parte, pela procura por imóveis de interesse social e por apartamentos com preços acima de R$ 1,5 milhão. A classe média, carro-chefe do mercado imobiliário nacional, não está comprando moradias e só deve voltar a desembolsar valores de R$ 350 mil a 1,5 milhão a partir de 2025. “Nosso segmento de produtos para a classe média está adormecido”, diz Cury. A empresa diz não estar à procura de terrenos para empreendimentos voltados ao setor e que hoje está preparando os lançamentos para os segmentos médio-alto e econômico que foram adiados pela pandemia.

6) CBIC defende limitação no financiamento de imóveis usados pelo MCMV

Dados trazidos pela reportagem mostram que de um total de 438,3 mil unidades financiadas ao longo de 2023, 27,3% eram de imóveis usados, o equivalente a 119,7 mil. Sob o argumento de que usados não geram empregos e, portanto, não trazem novas contribuições ao FGTS, principal fonte de recursos do programa, as construtoras defendem limitar a verba para o segmento de usados a 8% do orçamento previsto para 2024. Para o vice-presidente da CBIC, se não houver algum tipo de limitação ao segmento de imóveis usados, pode faltar recurso.

7) Santa Catarina abriga 3 das 5 cidades mais caras para comprar imóvel no Brasil

Com o metro quadrado avaliado em R$ 12.624, Balneário Camboriú fechou 2023 como a cidade mais cara para comprar um imóvel no Brasil. O município simboliza o cenário de valorização de Santa Catarina, estado que abriga três das cinco cidades mais valorizadas do País, de acordo com o Índice FipeZAP de Venda Residencial, divulgado pelo DataZAP. Na segunda colocação do Índice aparece Itapema, com o metro quadrado avaliado em R$ 12.498. A cidade localizada nos arredores de Balneário Camboriú registrou uma alta de 19,52%, a segunda maior valorização do ano.

8) A força dos imóveis compactos: os planos da Vitacon para alcançar R$ 1,5 bilhão em vendas em 2024

Reconhecida pelos imóveis compactos, a incorporadora Vitacon superou pela primeira vez a marca de R$ 1 bilhão em vendas e lançamentos em 2023, o que deve representar um crescimento entre 30% e 40% (os números exatos não foram fechados ainda). A meta deste ano é alcançar R$ 1,5 bilhão, diz o CEO e um dos fundadores da empresa, Ariel Frankel, para isso, a empresa vai elevar um pouco o tamanho dos apartamentos.

9) Cyrela vende R$ 8,89 bilhões em 2023, mostra prévia; confira números do ano

As vendas líquidas contratadas da Cyrela (CYRE3) totalizaram R$ 8,89 bilhões em 2023, número 12% maior em relação a 2022, aponta a prévia operacional. No quarto trimestre, a companhia chegou a atingir R$ 2,59 bilhões em vendas. Segundo a Cyrela, das vendas líquidas realizadas no trimestre, R$ 167 milhões se referem à venda de estoque pronto (6%), R$ 1,15 bilhão à venda de estoque em construção (45%) e R$ 1,27 bilhão à venda de lançamentos (49%). “Dessa forma, a Cyrela atingiu uma VSO (velocidade de vendas) de lançamentos de 46% no trimestre”, mostra a prévia.

10) MRV perde R$ 1,6 bi em valor de mercado e deixa vice-liderança para Cury

As ações da MRV (MRVE3) ficaram na lanterna do Ibovespa na quinta-feira, 11, causando uma perda de R$ 629 milhões em valor de mercado para a construtora. As ações da MRV acumulam uma baixa de quase 28% na bolsa. Isso levou a perdas acumuladas de R$ 1,59 bilhão em valor de mercado neste ano, nos cálculos de Einar Rivero da Elos Ayta Consultoria. A derrocada fez a MRV perder a vice-liderança entre as incorporadoras com maior valor de mercado na B3. No fechamento de hoje, a MRV encerrou avaliada em R$ 4,71 bilhões, ficando atrás da Cury (CURY3), que atingiu R$ 5,09 bilhões. A maior empresa do setor é a Cyrela (CYRE3), com R$ 8,60 bilhões em valor de mercado.

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Caio Lobo, o incorporador


Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um ENTUSIASTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO.