1) Governo vai apresentar proposta para destravar mercado imobiliário, diz Haddad

O governo vai apresentar ainda nessa semana uma proposta para criar um mercado secundário de títulos imobiliários. Em entrevista, Haddad disse que a ideia é semelhante ao que já acontece no exterior e busca abrir espaço nos balanços dos bancos para que possam financiar mais imóveis. “No Brasil, não tem um mercado de crédito tão robusto quanto no mundo desenvolvido. No mundo desenvolvido, um recebível com garantia de imóvel é vendido no mercado com muita naturalidade. Vamos supor que o banco vendeu uma casa parcelada com garantia do imóvel para quem quer que seja. Esse ativo do banco, esse recebíveis do banco, tem um mercado secundário muito robusto no mundo desenvolvido, ele não fica na carteira do banco, o banco logo revende e abre espaço para financiar outro imóvel. Nós vamos tomar medidas na semana que vem que vão destravar esse mercado imobiliário”, disse.

2) Financiamento de imóvel com FGTS Futuro na Caixa começa em abril

A Caixa informou que as contratações de financiamentos habitacionais com utilização do FGTS Futuro poderão ser feitas a partir de meados de abril. Em nota, a instituição financeira afirma que "a novidade estará disponível em até 15 dias aos trabalhadores com renda de até R$ 2.640, para aquisição de imóveis novos e usados pelo programa Minha Casa, Minha Vida". "O FGTS Futuro poderá ser utilizado pelo titular da conta vinculada do FGTS, que deverá autorizar, no ato da contratação do crédito habitacional, a realização da caução dos créditos disponíveis nas contas do FGTS, por um prazo de 120 meses", explica o banco. A autorização poderá ser feita diretamente pelo aplicativo FGTS Digital.

3) Incorporadoras de médio e alto padrão melhoram resultados, mas mostram cautela com 2024

A temporada de balanços das incorporadoras de médio e alto padrão mostrou expansão dos lançamentos e das vendas, o que levou ao ganho de receita e lucro no fim do ano passado. Houve casos de empresas com perda de margem devido aos custos mais altos das obras e/ou ofertas de descontos para agilizar as vendas. Mas isso não foi uma regra. De modo geral, os números foram considerados saudáveis por analistas, que elogiaram a resiliência das companhias diante do mercado mais difícil. Já para 2024, as empresas estão cautelosas nos lançamentos diante do cenário persistente de juros altos e dos estoques mais altos.

4) Busca por ativos reais deve aumentar com limites para CRI e CRA, diz HMC Capital

Em março deste ano, o Conselho Monetário Nacional (CMN) alterou em reunião extraordinária a Resolução 5.118, editada um mês antes, referente aos lastros elegíveis para as emissões títulos agrícolas e imobiliários, como CRI, CRA, LCI, LCA e LIG. Um dos efeitos, na visão de Agnaldo Andrade, sócio e head de distribuição da HMC Capital, empresa de capital advisory, deve ser o aumento do interesse de investidores e alocadores por ativos reais, principalmente aqueles atrelados ao agronegócio e ao setor imobiliário, necessários para lastrear as operações.

5) Financiamento imobiliário com recursos da poupança avança no mês, mas cai no acumulado

Os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do SBPE somaram R$ 10,5 bilhões em fevereiro, o que representa uma alta de 8,9% em relação a janeiro, segundo a Abecip. Na comparação com fevereiro de 2023, houve queda de 0,4%. No acumulado de 12 meses encerrados em fevereiro de 2024, o volume financiado ficou em R$ 150,3 bilhões, recuo de 14,2% sobre o período anterior. No primeiro bimestre de 2024, o volume financiado ficou em R$ 20,1 bilhões, uma retração de 10,4% em relação a igual intervalo do ano passado. A captação líquida das cadernetas de poupança também apresentou queda em fevereiro. Segundo a Abecip, o efeito ocorre devido à forte concentração de gastos no início do ano, o que compromete em parte o orçamento doméstico das famílias.

6) Número de corretores de imóveis aumenta 44% em cinco anos

O número de corretores de imóveis no Brasil aumentou 44% nos últimos cinco anos. Em 2018, eram 383 mil profissionais ativos no Brasil. No fim de 2023, esse número saltou para 554 mil, conforme dados do Cofeci. Em relação ao ano passado, o crescimento foi de 8%. Ainda segundo o conselho, houve também uma expansão significativa no número de imobiliárias em operação no país. Em 2018, eram 47 mil dessas empresas ativas. Já no fim do ano passado, foram registradas quase 26 mil imobiliárias a mais, para 73 mil em operação, o que representa um crescimento de 53% em relação a cinco anos atrás.

7) Cofeci planeja exame de proficiência obrigatório para corretor de imóveis

Com objetivo de qualificar os profissionais responsáveis por intermediar transações imobiliárias, o Cofeci (Conselho Federal de Corretores de Imóveis) quer implantar um exame de proficiência obrigatório para quem deseja ingressar na carreira. A ideia é assegurar que o profissional realmente esteja preparado e detenha as competências necessárias antes de exercer o ofício. Testes semelhantes são adotados em carreiras como o Direito (com o famoso exame da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB) e Contabilidade.

8) Um a cada três brasileiros gostaria de morar em outro estado

Um a cada três brasileiros gostaria de morar em outro estado, segundo estudo realizado pela Loft em parceria com a Offerwise. O levantamento “Tendências de moradia no Brasil”, foi realizado entre os dias 9 e 13 de março. A pesquisa apontou que 32,6% da população tem interesse em sair do estado em que vive atualmente. Outros 22,1% estariam dispostos a considerar uma mudança. O destino mais desejado pelos brasileiros é Santa Catarina, no Sul do país.

9) Cofeci normatiza contrato padrão de intermediação para transações imobiliárias

O Conselho Federal de Corretores de Imóveis (COFECI), introduziu uma mudança no mercado imobiliário brasileiro através da Resolução nº 1.504/2023. Esta resolução estabelece um modelo de contrato-padrão para a intermediação de negociações imobiliárias, prometendo segurança jurídica, rapidez e eficiência em todo o país. Essa medida histórica visa padronizar os procedimentos e diretrizes para os corretores de imóveis, assegurando a observância rigorosa dos requisitos ético-profissionais e legais.

10) Even (EVEN3): O que está por trás da venda de mais de 16% das ações da Melnick (MELK3)?

A construtora e incorporadora Even (EVEN3) assinou um contrato de compra e venda para alienação de 19,7 milhões de ações ordinárias da sua subsidiária Melnick (MELK3), o equivalente a uma fatia de 9,55% do capital social da empresa. A Even encerrou 2023 detendo uma fatia de 37,56% em MELK3, somando quase 77,5 milhões de papéis. Em comunicado publicado no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Even explica que vendeu tais ações para a Melpar Invest, fundo de investimento no qual o diretor-presidente da incorporadora gaúcha, Leandro Melnick, é sócio.

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Caio Lobo, o incorporador


Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um ENTUSIASTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO.