1) Conselhão vai propor a Lula uma tabela Fipe para setor imobiliário
O grupo de trabalho que discute crédito no Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, vai propor ao presidente Lula a criação de uma tabela Fipe para o mercado imobiliário. A ideia do grupo é tornar públicas as informações sobre transações imobiliárias no país, que passariam a ser divulgadas de forma sistemática. Atualmente, o Brasil não possui uma base unificada de informações do tipo. Dados do setor imobiliário apontam que nos EUA, onde os dados são tabulados de forma recorrente, a venda de um imóvel leva em média 75 dias para ser concretizada. No Brasil, são 480 dias. Com a divulgação dessas informações, o mercado imobiliário teria uma espécie de tabela Fipe própria e utilizaria os dados para guiar o setor, como acontece no mercado automobilístico.
2) Construção gera 18 mil novos empregos em maio e alcança melhor salário de admissão entre setores da economia
A Construção Civil gerou 18.149 novos empregos com carteira assinada em maio de 2024. Deste total, 43,75% foram de trabalhadores com até 24 anos de idade. Ampliando um pouco mais a faixa etária, observou-se que 54,54% das novas vagas foram de pessoas com até 29 anos de idade. “Este resultado demonstra que os jovens estão buscando o mercado de trabalho do setor”, destacou a economista Ieda Vasconcelos. Para Ieda Vasconcelos, é importante observar que, de acordo com os dados do Novo Caged, o salário médio de admissão da Construção, em maio (R$2.290,41) foi o maior dentre outros grandes segmentos e também foi superior ao salário de admissão médio geral da economia (R$2.132,64).
3) Crédito imobiliário do SBPE surpreende com R$ 16,5 bilhões contratados em maio
Em maio de 2024, os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) somaram R$ 16,5 bilhões, crescendo 5% em relação a abril deste ano e 34,7% comparado a maio do ano passado. O resultado satisfatório mensal também se confirmou com relação aos primeiros cinco meses de 2024, período em que o volume financiado atingiu R$ 65,2 bilhões, aumento de 2,6% em relação aos mesmos meses de 2023. Mas, nos 12 meses encerrados em maio de 2024, o volume financiado de R$ 154,3 bilhões ainda foi inferior em 10,8% relativamente ao período anterior.
4) Crescimento do número de famílias unipessoais e casais sem filhos impacta numa maior procura por imóveis compactos
Segundo Censo de 2022 do IBGE, nos 74,1 milhões de domicílios do país, em 15,9% (ou 11,8 milhões) viviam apenas um morador. Ainda conforme o instituto, o percentual de casais brasileiros que não querem ter filhos é de quase 20%. Mudanças demográficas afetam setor imobiliário, que vê a demanda por imóveis de metragens menores crescer. De acordo com o Anuário DataZAP, em 2023, a tipologia de imóveis com maior procura em Goiânia foi de 2 quartos com suíte, variando de 60 a 90 m².
5) Taxa Selic: Desancoragem adicional de expectativas de inflação coloca BC em situação complexa, diz Galípolo
O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, reconheceu que a divisão do Copom na reunião de maio, embora técnica, adicionou ruído na economia. E disse que, agora, a desancoragem adicional da inflação coloca a diretoria do banco em situação “complexa”. “A piora na inflação implícita traz preocupação adicional na política monetária e, o câmbio, também”, disse Galípolo, em evento organizado por alunos da Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro. Sobre o consenso recente acerca da manutenção da taxa de juros na reunião de junho, ele disse ver “muito valor” nessa concordância em qualquer ambiente ou ciclo.
6) Cipriani quer criar complexo de luxo no Brasil e sonda incorporadoras
O grupo italiano Cipriani, que opera hotéis e restaurantes na Europa e Estados Unidos, quer trazer para o Brasil seu conceito de luxo. No país, a companhia opera o restaurante que leva o mesmo nome no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. Representantes do grupo de luxo estão em conversas com potenciais incorporadoras para viabilizar a parceria, segundo uma fonte a par do assunto. A ideia é montar uma estrutura de residenciais de luxo, sob o selo Cipriani, a exemplo do que o grupo Fasano tem feito. A região dos Jardins, bairro de luxo de São Paulo, tem sido prospectada para o futuro negócio.
7) Mercado imobiliário aquecido em Goiânia movimenta setor de materiais de construção
Dados recentes da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO) mostram que, no primeiro trimestre de 2024, as vendas de imóveis em Goiânia e Aparecida de Goiânia foram 15,8% maiores do que na comparação a igual período em 2023. No início de 2024, o volume de vendas atingiu R$ 1,3 bilhões, um indicativo de que o mercado imobiliário goianiense segue aquecido. Já no ano passado, Goiânia registrou um recorde histórico na valorização do preço médio do m² na cidade, sendo a segunda maior entre as 50 pesquisadas pelo índice FipeZap.
8) Gestora Engeform investe em prédios corporativos de madeira em São Paulo
A gestora de recursos da Engerform, realizoua listagem de um fundo de investimento imobiliário (FII) criado para desenvolver três edifícios corporativos de madeira, em São Paulo. Os prédios serão feitos pela Noah, empresa especializada na construção com o material, que utiliza a técnica de CLT (cross laminated timber, ou madeira laminada cruzada), e devem somar 10 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL). São escritórios “boutique”, menores do que os prédios corporativos espelhados, mas também de alto padrão.
9) CEO da Seazone explica como ap cresce 100% ao ano e adianta planos de expansão no Brasil
A Seazone tem se destacado no mercado de aluguel por temporada, registrando um crescimento impressionante de 100% ao ano desde 2020. A empresa é especializada na gestão de imóveis para estadias de curta duração, reformando apartamentos e tornando-os atrativos para anúncios online em plataformas como o Airbnb. Para manter o crescimento acelerado e inovar no mercado de aluguel por temporada, Pereira destacou: "Temos três pilares principais para a expansão: marketing digital, parcerias com corretores de imóveis e parcerias diretas com construtoras. Estamos buscando maior captação de investimentos para acelerar esse crescimento.”
10) Super salários atraem corretores de imóveis, mas quase metade ainda divide tempo com outras funções
De acordo com uma pesquisa do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (COFECI), em parceria com o Cimi360, são mais de 554 mil profissionais do setor espalhados pelo País. Um crescimento de 8% em relação ao mesmo período do ano anterior. “Mas muita gente age como se a profissão representasse uma fase na carreira, uma espécie de fracasso”, sintetiza. Atualmente, 61% dos corretores se dedicam totalmente à profissão. No entanto, 39% ainda conciliam a corretagem com outras funções, como advocacia, funcionalismo público e negócios próprios. E, apesar da tarefa não demandar uma graduação, 62% são graduados em alguma especialidade.
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Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um ENTUSIASTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO.