1) Mercado imobiliário fala em disparada dos preços de imóveis, terreno e aluguel após reforma tributária

“O brasileiro já tem dificuldade de comprar imóvel hoje. Se nós aumentarmos o preço para atender a alíquota que foi proposta, será preciso reduzir a atividade. Espero que eles cheguem com o número correto, para que a gente não precise discutir no Senado”, disse Luiz França, presidente da Abrainc. Hoje, a tributação das atividades imobiliárias é reduzida. A incorporação, por exemplo, está sujeita ao RET, que tem uma alíquota fixa sobre as receitas e inclui o PIS/Cofins. Já a locação não está sujeita a ICMS nem a ISS. Com os novos tributos de bens e serviços que os bens imóveis passarão a estar sujeitos —CBS e IBS — um imóvel de R$ 200 mil pode pagar 23,2% a mais de imposto, e um de R$ 2 milhões, arcará com o dobro da alíquota atual.

2) Construção civil deve ampliar isenção para até 50% na reforma tributária após reclamações

O Grupo de Trabalho da Câmara responsável pela relatoria do projeto de lei 68/2024, que regulamenta a incidência dos futuros impostos sobre consumo CBS e IBS, bateu o martelo para ampliar a isenção do setor de construção civil de 20% para uma alíquota entre 40% e 50%, apurou a Folha. O setor começou a negociação na Câmara pedindo desconto de 80% na alíquota média estimada de 26,5% para os novos tributos incidentes sobre novos empreendimentos imobiliários. Nas últimas semanas, o pleito baixou para 60%. Como mostrou a Folha, o setor teme uma disparada dos preços de imóveis, terrenos e aluguéis com a reforma tributária.

3) Funding para o mercado imobiliário: Caixa quer fundo de pensão em habitação

A vice-presidente de habitação da Caixa Econômica Federal, Inês Magalhães, disse que o banco discute com o Ministério da Fazenda a necessidade de mudanças em normas da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) para permitir que fundos de previdência façam investimentos na habitação, servindo assim como alternativa para o “funding” (financiamento) do setor. “No mundo todo, os fundos [de previdência] normalmente são investidores nessa área, porque justamente é um investimento que é aderente a eles. Podem comprar papéis que façam sentido do ponto de vista da rentabilidade e prazos e que sejam lastro para o financiamento habitacional”, afirmou. A questão do funding no crédito imobiliário, avalia, é um “desafio estrutural” não só da Caixa.

4) FipeZap: preço médio dos imóveis sobe 3,6% no 1º semestre e supera inflação

O preço médio anunciado dos imóveis residenciais no Brasil avançou 0,61% em junho, representando uma desaceleração em comparação com maio, quando teve alta de 0,74%. Os dados são do Índice Fipezap, com base nos classificados de imóveis em 50 cidades. O valor médio dos imóveis terminou o primeiro semestre de 2024 com alta de 3,56%. Nos últimos 12 meses (julho de 2023 a junho de 2024), houve variação de 6,17%. Em outras palavras, os imóveis tiveram valorização acima da inflação nesses períodos. As estimadas de alta do IPCA para os períodos são de 2,67% e 4,41%, respectivamente.

5) Tendência: Venda de imóveis decorados vira aposta de incorporadoras

O mercado imobiliário está apostando na venda de imóveis totalmente decorados, prontos para entrar e morar já na entrega das chaves. A tendência, que tem crescido nos grandes centros urbanos brasileiros, já é comum em lugares como Estados Unidos, Canadá e Europa. Além do acabamento de piso e paredes, os apartamentos são entregues com todos os móveis, eletrodomésticos, luminárias, artigos de cama mesa e banho, louças, talhares, enxoval e outros objetos de decoração. Tudo entra no preço final do imóvel. A decoração acrescenta entre 20% e 30% ao preço final do apartamento. Assim, um imóvel R$ 500 mil, por exemplo, se vendido todo decorado, passará a custar entre R$ 600 mil e R$ 650 mil.

6) Mercado aquecido: proprietários aumentam preço dos anúncios além do que é efetivamente vendido

O preço dos imóveis anunciados para venda na cidade de São Paulo subiu acima do valor real pelo segundo mês consecutivo. A conclusão é da edição de julho do Índice Preço Real EXAME-Loft (IPR). O indicador avalia mensalmente a diferença média de preço pedido pelos proprietários por seus imóveis com os valores efetivamente transacionados.

7) Sonho da casa própria puxa crescimento de vendas de consórcios

Após superar os impactos causados pela pandemia, o sistema de consórcios no Brasil tem demonstrado manutenção na tendência de expansão. E em 2023 não foi diferente: o total de cotas comercializadas atingiu 4,14 milhões, alta de 7% em relação ao observado no ano anterior. Esse crescimento foi puxado principalmente pelo segmento de bens imóveis, que aumentou sua participação de 16% para 18,6% no total de cotas comercializadas no período de doze meses. Os dados fazem parte do Panorama do Sistema de Consórcios (PSC), publicado anualmente pelo Banco Central.

8) Realidade virtual permite que clientes visualizem futuros imóveis no interior de SP

Imagine estar dentro da casa dos sonhos em um piscar de olhos. Uma empresa de Botucatu (SP) vem utilizando as tecnologias de Realidade Virtual (RV) e Realidade Aumentada (RA) para que os clientes conheçam as edificações antes mesmo das obras começarem. Através da tecnologia imersiva, é possível explorar cômodos, testar diferentes decorações, conhecer a fachada e a área externa do empreendimento em um universo 3D, tendo uma sensação real de como é estar nas dependências do imóvel.

9) Plano&Plano lança pela primeira vez na faixa inicial do Minha Casa, Minha Vida

A incorporadora Plano&Plano lançou neste mês seu primeiro empreendimento para a faixa 1 do MCMV, para atender famílias que ganham até R$ 2.640 por mês. É a faixa de renda mais baixa com a qual a incorporadora já trabalhou. Cerca de 45 unidades em um empreendimento na Vila Andrade, Zona Sul de São Paulo, foram vendidas por R$ 189 mil. Renée Silveira, diretora de incorporação da Plano&Plano, afirma que a venda dessas unidades ocorreu em uma hora. “A demanda está aí, a pessoa precisa [comprar], não é questão de investimento, mas de necessidade”. Os apartamentos possuem dois quartos e 32 metros quadrados. No total, o empreendimento tem 900 unidades, com valores variados.

10) Crise grande à vista nos EUA? Veja por que bancos em Wall Street estão abandonando empréstimos imobiliários comerciais

Preocupados que os proprietários de edifícios de escritórios vazios e em dificuldades não conseguirão pagar suas hipotecas, alguns bancos de Wall Street começaram a se desfazer de seus portfólios de empréstimos imobiliários comerciais na esperança de cortar suas perdas. É um sinal precoce, mas revelador, do estresse mais amplo que está se formando no mercado imobiliário comercial, que está sofrendo com os golpes duplos de altas taxas de juros nos EUA. Há dificuldades para refinanciar empréstimos e baixas taxas de ocupação para edifícios de escritórios — um resultado da pandemia.

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Caio Lobo, o incorporador


Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um ENTUSIASTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO.