1) Reforma tributária gera disputa de números entre setor imobiliário e governo e leva embate ao Senado

A proposta de regulamentação da reforma tributária, aprovada na Câmara, instaurou uma queda de braço entre a equipe econômica e o setor imobiliário – disputa essa que extrapolou os corredores do Congresso, ganhou as redes sociais e deve se intensificar durante a tramitação no Senado. Isso porque o diagnóstico e os números a respeito dos efeitos do novo modelo de Imposto de Valor Agregado (IVA) sobre o segmento e sobre o preço dos imóveis são muito divergentes. Enquanto o governo garante que não haverá aumento de carga tributária para o mercado imobiliário, entidades rebatem que há estudos independentes demonstrando.

2) Prévia de inflação pior que a esperada reforça projeção de Selic alta por mais tempo

O IPCA-15 de julho acima do esperado pelo mercado, embora motivado por itens considerados voláteis, reforça as projeções de que o Banco Central deverá manter a taxa Selic no atual patamar restritivo de 10,5% por um período prolongado, dizem economistas. Mas ao menos por enquanto os especialistas não acreditam em risco real de o BC ser obrigado a discutir uma alta dos juros.

3) Financiamento imobiliário deve subir 8% em 2024, diz Abecip

Os financiamentos imobiliários devem subir 7,8% este ano, sendo 40% deles realizados com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), informou nesta quarta-feira a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Segundo dados da entidade, os financiamentos imobiliários com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e do FGTS devem encerrar 2024 com concessões da ordem de R$ 270 bilhões versus R$ 250 bilhões em 2023.

4) Mansão mais cara do Brasil, de R$ 220 milhões, é vendida, e terreno vai abrigar lotes de casas de altíssimo padrão

A mansão mais cara do Brasil foi vendida para uma construtora. Ela foi anunciada por R$ 220 milhões desde 2019. O terreno onde fica o imóvel, de 11.200 metros quadrados, no Rio de Janeiro, será dividido e dará origem a pelo menos outras 10 casas de altíssimo padrão. A residência, no entanto, deve ser preservada e pode ser revendida caso alguém se interesse por ela. A expectativa é a de que o negócio gere cerca de R$ 500 milhões.

5) Segurança da vizinhança é o que os brasileiros mais valorizam ao escolher moradia

Segurança é a característica mais buscada pelos brasileiros na hora de escolher onde morar. Viver em um local seguro e com uma vizinhança tranquila é sonho em todo o território nacional, mas para alguns estados, essas qualidades são ainda mais importantes. Um levantamento inédito realizado pela Loft, confirma que nada é tão importante no imóvel ideal quanto aquilo que está do lado de fora dele. Quando questionada sobre o imóvel ideal para moradia, os respondentes poderiam escolher entre 12 alternativas. No entanto, as mais citadas foram “vizinhança segura” (65% das respostas), “vizinhança tranquila” (61%) e “infraestrutura do bairro” (57%). “Esses fatores são cruciais para os brasileiros”, analisa o gerente de dados da Loft, Fábio Takahashi.

6) Bancos priorizam poupança no financiamento imobiliário de pessoa física

Bancos que atuam no crédito imobiliários esperam que as concessões de recursos se mantenham, em 2024, próximas dos patamares recordes dos três anos anteriores. Apesar disso, as instituições financeiras enfrentam o desafio de se tornar menos dependentes da poupança, que é a principal fonte de recursos do setor e vem sofrendo saques, para conseguir sustentar o crescimento do segmento à frente. Uma estratégia que tem sido adotada é direcionar a captação de recursos por meio de instrumentos de mercado de capitais para o financiamento a obras de incorporadoras, no chamado plano empresário, e priorizar o “funding” da poupança para as operações de pessoa física.

7) A mudança necessária nas LCIs para alavancar o financiamento habitacional, segundo a Abecip

Com a evolução do mercado de capitais e os saques contínuos da poupança pelo investidor, o funding do mercado imobiliário tem passado por mudanças. A poupança, apesar de ainda ser a maior financiadora do crédito imobiliário do país, com representação de um terço do total, tem reduzido a participação e perdido espaço para outras fontes de recursos. Entre as alternativas disponíveis, a Abecip acredita que as Letras de Crédito Imobiliário, LCIs, são as que mais poderiam ajudar a alavancar o financiamento imobiliário no país. Entretanto, o segmento, que estava em plena ascensão, teve o ritmo reduzido depois da Resolução nº 5.119/24 emitida pelo Conselho Monetário Nacional em fevereiro.

8) Decisão do STJ: Ação de reintegração de posse de imóvel com alienação fiduciária não exige prévia realização de leilões

A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por unanimidade, decidiu que, após a constituição do devedor em mora, o credor fiduciário pode ajuizar a ação de reintegração de posse mesmo sem a prévia realização dos leilões públicos previstos no artigo 27 da Lei 9.514/1997. Segundo o colegiado, o único requisito para a ação de reintegração de posse é a consolidação da propriedade em nome do credor, conforme o artigo 30 da mesma lei.

9) Após crise de R$ 5,7 bi, incorporadora PDG trabalha para restaurar confiança do cliente e do mercado

Três anos depois de sair de uma recuperação judicial com uma dívida de mais de 5 bilhões de reais, a incorporadora carioca PDG, agora sob novo nome, iX, trabalha para se reerguer no mercado imobiliário. O foco da companhia, que já chegou a ser a maior do Brasil com um faturamento de 10 bilhões de reais, agora é lançar empreendimentos mirando a classe média paulistana, onde a incorporadora já tinha terrenos comprados antes da crise. Mesmo assim, se reerguer depois de um tombo bilionário é uma missão difícil, principalmente num setor que depende muito de crédito para tocar e erguer os empreendimentos. “Para construir, você precisa de dinheiro”, diz Augusto Alves dos Reis Neto, CEO da companhia. “Mas para uma empresa que saiu de uma recuperação judicial, é tão difícil conseguir crédito como para aquelas que estão no processo. Você sai da recuperação judicial, mas a recuperação judicial não sai de você”.

10) FG quer vender apartamentos em Balneário Camboriú para público do exterior, diz presidente

Jean Graciola afirma que o objetivo da empresa em 2024 é mostrar ao mundo os diferenciais da cidade catarinense; escritório em Miami está nos planos deste ano. “Fora do País, eu tenho três públicos. Primeiro, é um brasileiro que mora fora e tem o dinheiro dolarizado. Ele quer investir aqui no Brasil de alguma forma que tenha um resultado bom no investimento. Depois, o americano e o europeu que têm algum vínculo com o Brasil. Nós temos muito mercado no exterior, mas temos de mostrar para esse pessoal o que é a cidade de Balneário Camboriú. Esse é o trabalho que a gente está fazendo a partir deste ano, com a família Aveiro. Nós fizemos uma parceria com o Cristiano Ronaldo, com a dona Dolores, que é a mãe dele e da Katia”, afirma.

Caso queira receber a IncorporaNews direto no seu e-mail, cadastre-se em:
https://oincorporador.com.br/incorporanews

Caio Lobo, o incorporador


Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um ENTUSIASTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO.