1) Conselho curador do FGTS aprova mais R$ 22 bi no orçamento para o Minha Casa, Minha Vida

O Conselho Curador do FGTS destinou mais R$ 22 bilhões do orçamento anual do fundo para abastecer os financiamentos ao MCMV. Com o recurso adicional, a verba destinada para habitação chegará a R$ 127,6 bilhões neste ano. O conselho atendeu a proposta do Ministério das Cidades para a mudança no orçamento, tendo em vista o crescimento acelerado nos lançamentos de projetos imobiliários enquadrados no MCMV. A suplementação era também um pleito das construtoras, para garantir acesso ao crédito e evitar gargalos na abertura de novos empreendimentos.

2) Preço dos imóveis residenciais tem maior alta mensal desde 2014; confira as cidades com m² mais caro

Em julho, o preço de venda de imóveis residenciais avançou 0,76%, segundo o Índice FipeZAP. Com isso, o valor acelerou em relação aos 0,61% registrados no mês anterior. Trata-se da maior variação mensal desde janeiro de 2014. Na época, o indicador identificou uma alta de 0,77% no preço dos imóveis no país. Balneário Camboriú, em Santa Catarina, lidera com R$ 13.379/m², seguido por outras duas cidades catarinenses: Itapema (R$ 13.166/m²) e Itajaí (R$ 1.438/m²). Veja lista completa.

3) Minha Casa, Minha Vida: ministério pede desbloqueio de gastos à equipe econômica para preservar programa habitacional

O Ministério das Cidades, segundo órgão mais afetado pelo congelamento orçamentário do governo federal, pediu ao Ministério do Planejamento a revisão do valor bloqueado. A pasta foi atingida com R$ 2,1 bilhões do bloqueio total de R$ 15 bilhões em cima de toda a máquina pública. O Ministério das Cidades alega ainda que se nada for feito terá que suspender o processo seletivo para a construção de 30 mil unidades habitacionais nos munícipios com menos de 50 mil habitantes. A previsão é de um gasto de R$ 627,6 milhões com esses conjuntos habitacionais. Aberto antes do anúncio do contingenciamento, o processo seletivo teve enorme demanda. Foram recebidas 7.121 propostas, totalizando mais de 200 mil unidades habitacionais, "o que demonstra a demanda represada em todo o país", diz o documento das Cidades.

4) Geração Z mantém sonho da casa própria e investe mais no mercado imobiliário

Nascidos a partir de 1995 e considerados “nativos digitais”, a Geração Z valoriza o consumo sustentável e é extremamente exigente na compra de produtos e serviços. Esse grupo, que envolve jovens de 18 a 30 anos, está comprando mais  imóveis e representou quase 47% dos compradores de imóveis da MRV em 2023, demonstrando uma tendência crescente de investimento em propriedades por parte dessa geração.

5) STJ começa a julgar tese bilionária sobre seguro habitacional

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) começou a julgar uma questão com impacto bilionário para a União, que saiu na frente no placar. Os ministros discutem se as seguradoras devem indenizar beneficiários do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) por causa de vícios de construção descobertos depois do fim dos financiamentos. Por enquanto, há dois votos contra o pagamento de indenização e um a favor. A sessão foi interrompida por pedido de vista. No julgamento, os ministros analisam se a indenização pode ser pedida até um ano depois do fim do financiamento ou até um ano a partir da descoberta do vício, independentemente de quando ocorrer. Essa segunda hipótese, segundo a União e seguradoras, torna quase infinito o prazo para pagamentos.

6) Incorporadoras dobram fatia em CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) após restrições do CMN

A participação de incorporadoras nas emissões de CRIs dobrou nos últimos meses, após mudanças regulatórias que fecharam as portas para companhias fora do setor. Em meio à redução da participação da poupança no crédito imobiliário, a expectativa do mercado é que esses títulos ganhem ainda mais espaço no financiamento das empresas que atuam na construção e na venda de imóveis. A parcela de incorporadoras no total de emissões de CRI era equivalente a 7%, em junho essa participação chegou a 14%. A mudança reflete uma resolução publicada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), em fevereiro, que restringiu os tipos de lastro elegíveis para as emissões dos CRI e de outros títulos incentivados, que oferecem o benefício da isenção fiscal para os investidores. A partir daí, algumas operações foram barradas, como as que eram feitas por bancos, redes de farmácia e de restaurantes, e lastreadas em contratos de aluguel.

7) Trisul vai emitir CRI de R$ 200 milhões

A incorporadora Trisul vai emitir um certificado de recebíveis imobiliários (CRI) de R$ 200 milhões. Os papéis serão lastreados em debêntures da companhia. A Virgo será a responsável pela securitização. O dinheiro poderá ser usado em gastos futuros de natureza imobiliária, especificamente ao pagamento de custos e despesas referentes à construção, reforma, compra de terreno e pagamento de outorga.

8) Menos de 5% das obras de construção civil no país estão mais de 50% prontas

Levantamento dap Swiss Capital, que monitora de construções de imóveis comerciais e residenciais em todo o país, mostra que atualmente, 95,21% das obras estão abaixo de 50% concluídas enquanto que, somente 4,79% estão mais da metade prontas. O índice é usado como um termômetro para medir o quão aquecido está o mercado imobiliário e também para avaliar o potencial de rentabilidade para investidores. A Swiss Capital monitora 604 empreendimentos no país, de 145 empresas distintas, com mais de R$ 24 bilhões em VGV.

9) Vendas de imóvel de luxo batem recorde no país

De acordo com o estudo publicado, imóveis a partir de R$ 1,5 milhão bateram recorde de vendas no país no primeiro semestre deste ano, com 5,7 mil unidades comercializadas — 10,6% acima do volume de igual período em 2023. Os dados fazem parte do estudo “Mercado imobiliário nacional — 1º semestre 2024”, da consultoria Brain. O VGV acumulado nos seis primeiros meses do ano nessa faixa de preço foi de R$ 17,2 bilhões: alta de 10,8%.

10) Ex-atleta olímpica quer usar blockchain para democratizar o acesso à casa própria

Batizado de Firmeza Token, o projeto da ex-atleta olímpica Aline Silva chega ao mercado imobiliário com a promessa de tornar a compra do primeiro imóvel mais acessível, flexível e justa. O Firmeza Token quer possibilitar que famílias consigam comprar uma casa em frações. Na prática, ap vai adquirir imóveis em leilões e realizar a tokenização destas propriedades. Ou seja, criará uma representação digital dele. O comprador interessado vai morar neste imóvel pagando um aluguel mensal e, enquanto isso, poderá comprar pequenas frações daquele bem. À medida que ele adquire mais frações, o valor do aluguel diminui progressivamente. Ao comprar todas as frações, o imóvel se torna totalmente do inquilino.

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Caio Lobo, o incorporador


Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um ENTUSIASTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO.