1) Novo Minha Casa, Minha Vida tem boom de lançamentos e ultrapassa restante do setor pela primeira vez

Após ser repaginado em julho do ano passado, o MCMV elevou em 65,9% os lançamentos de residências no Brasil no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2023. No mesmo período, os lançamentos totais do mercado imobiliário cresceram apenas 5,7%, segundo dados de empreendimentos verticais levantados pela CBIC. Com isso, o programa social aumentou em 70% sua participação nos lançamentos do mercado imobiliário em um ano. No segundo trimestre deste ano, as unidades lançadas pelo Minha Casa, Minha Vida corresponderam a 53% do total do mercado imobiliário, ultrapassando pela primeira vez, desde que o programa social foi relançado, o montante do restante do mercado, que lançou 47% no período. No segundo trimestre de 2023, a proporção era de 31% e 69%, respectivamente.

2) Lançamentos e vendas de imóveis crescem no 2º trimestre de 2024

As vendas e os lançamentos de imóveis residenciais no Brasil subiram no 2° trimestre deste ano, tanto na comparação com o mesmo período do ano passado quanto em relação ao trimestre anterior. O crescimento também foi registrado na comparação entre os semestres. Os dados divulgados em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (19/08) pela CBIC foram destaque na mídia brasileira. Segundo o levantamento de Indicadores Imobiliários Nacionais de 2024, referente ao 2° trimestre do ano, as vendas alcançaram um patamar recorde na série histórica do indicador, elevando o acumulado dos últimos 12 meses para 353,95 mil unidades.

3) Projeto de lei prevê que dono atualize valor de imóvel e pague menos Imposto de Renda

O Senado aprovou nesta terça-feira (20) o projeto que mantém a desoneração da folha de pagamentos, além de estabelecer medidas para compensar a perda de arrecadação neste e nos próximos anos. Entre as propostas para incrementar a arrecadação, consta uma medida que autoriza pessoas físicas e jurídicas a atualizar o valor de bens imóveis na declaração do Imposto de Renda. O tema ainda vai passar pela Câmara dos Deputados. Atualmente, a atualização do valor do imóvel é feita somente na venda. Quando há diferença entre os valores de compra e venda, o chamado "ganho de capital", o Imposto de Renda cobrado, no caso de pessoas físicas, é de 15%. Com isso, se aprovado o projeto como está, as pessoas físicas poderão pagar menos de um terço do valor em IR sobre ganho de capitais em imóveis que está vigente pela legislação atual — cuja alíquota é de 15%. A alíquota proposta é de 4%.

4) Percepção de que imóveis estão caros é a maior em uma década; intenção de compra cai

Segundo o Raio-X Fipezap, divulgado nesta terça-feira, 20, apenas 35% das pessoas que participaram do levantamento no segundo trimestre disseram ter intenção de comprar um imóvel nos 12 meses seguintes. Esse patamar ficou abaixo do registrado no primeiro trimestre, quando marcou 40%. O resultado também foi o menor desde os 36% vistos no primeiro trimestre de 2020, quando a pandemia chegou ao País e abalou a economia. Paralelamente, a pesquisa também mostrou que, entre as pessoas que têm intenção de comprar imóvel, aumentou a percepção de que os preços estão “altos ou muito altos”. No segundo trimestre, 79% disseram ter essa visão, ante 68% no primeiro trimestre. O patamar também é o mais alto em quase uma década, segundo o Raio-X Fipezap.

5) Desapegada? Nem tanto. Geração Z também sonha com a casa própria

A fama de ser livre e desapegada da Geração Z cai por terra quando o assunto é casa própria. Nesse aspecto, os jovens brasileiros, nascidos entre 1997 e 2010, compartilham do mesmo sonho de seus pais. Um estudo realizado pela empresa de pesquisa e consultoria Brain Inteligência Estratégica, aponta que 68% das pessoas de 21 a 34 anos afirmam preferir comprar um imóvel a morar de aluguel.

6) Itaú lança home equity para quem tem imóvel financiado

O Itaú anunciou a ampliação das condições de concessão de empréstimo dentro do crédito com garantia de imóvel (home equity). Os clientes que possuem um financiamento imobiliário ou mesmo um home equity em andamento podem tomar um novo crédito com taxas de juros a partir de 1,35% ao mês e prazo de pagamento de até 20 anos. A nova modalidade está disponível para clientes adimplentes e que possuem contrato com o banco há mais de um ano. O valor de empréstimo é partir de R$ 30 mil até o montante já amortizado do financiamento imobiliário original ou do home equity em andamento.

7) Investimentos em imóveis ajudam os super-ricos a ficarem mais ricos; entenda como

Para a parcela mais rica da população, o investimento em imóveis ajuda a obter renda, proteger o patrimônio e lucrar com a participação em novos empreendimentos residenciais de luxo. Gestoras de fortunas já têm áreas dedicadas à gestão desses ativos há algum tempo. Mas, se antes o foco era apenas na gestão das propriedades e dos aluguéis, agora elas também auxiliam os super-ricos a investir em novos projetos de incorporadoras, conquistando rentabilidade anual de até 25%, mais do que o dobro da taxa Selic atual (hoje em 10,5% ao ano). Ou seja, ao investir R$ 1 milhão, em 12 meses, o investidor recebe R$ 250 mil de lucro. Com essa estratégia, em cinco anos, o patrimônio chega a triplicar.

8) Novas regras para LCI encarecem funding imobiliário, diz Bradesco

O diretor de crédito imobiliário do Bradesco, Romero Gomes de Albuquerque, disse nesta quinta-feira que um dos impactos das mudanças nas regras das Letras de Crédito Imobiliário (LCI) foi o encarecimento do funding imobiliário. Para ele, as regras impostas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) visavam corrigir alguns “exageros”, como a emissão de certificados de recebíveis imobiliários (CRI) por empresas fora do setor, mas acabaram afetando as LCIs, ampliando o prazo de vencimento dos títulos de três meses para 12 meses. “O banco precisa pagar um pouco mais de prêmio porque está alongando o papel”, explicou, lembrando que bancos financiam o setor imobiliário com a poupança, mas que também dependem de outros instrumentos, como as LCIs, para compor “um funding misto”.

9) Brookfield compra cinco prédios residenciais para aluguel no Centro de São Paulo

A Brookfield acaba de comprar cinco prédios residenciais no centro de São Paulo, como parte da estratégia para crescer no setor de imóveis residenciais para aluguel, foco de seus investimentos imobiliários no Brasil. Além disso, a transação joga luz sobre as novas oportunidades de negócios na região central da cidade. O local passou por um êxodo nas últimas décadas, mas tem voltado a brilhar graças a restaurantes, lojas, casas noturnas e outros comércios que se instalaram ali e atraíram novos visitantes e moradores. Os prédios adquiridos pela Brookfield faziam parte do Fundo de Investimento Planta Retrofit, que tem a gestora Valora como maior cotista e a incorporadora Planta Inc à frente das obras. Originalmente, os prédios eram comerciais, mas com várias salas e andares inteiros desocupados.

10) Herdeiro da família Rossi envereda pela locação de imóveis

Membro da segunda geração de uma das famílias que fizeram história no mercado imobiliário paulistano com a Rossi Residencial, o empresário Rafael Rossi vem buscando crescer com a sua empresa própria, a Conviva. O negócio, fundado em 2016, é voltado ao segmento de imóveis residenciais para locação de curta e média temporadas. No ano passado, teve faturamento de R$ 13 milhões, e a perspectiva é mais do que dobrar em 2024, chegando a R$ 30 milhões.

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Caio Lobo, o incorporador


Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um ENTUSIASTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO.