1) Venda de imóveis para classe média perde espaço com avanço do luxo e do Minha Casa, Minha Vida

As vendas de imóveis para a classe média perderam participação no mercado imobiliário em 2024. No primeiro semestre, a fatia desse segmento caiu de 62% para 58% quando comparada a igual período no ano passado, segundo dados da consultoria Brain. A queda é resultado de um crescimento mais modesto nas vendas para a classe média em relação ao aumento expressivo no mercado de luxo e nos empreendimentos enquadrados no Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

2) Bancos alertam que taxa de financiamento imobiliário deve aumentar

O aumento da taxa Selic, o mercado imobiliário com vendas aquecidas e uma poupança com saldo estável, que não acompanha a demanda por financiamento, devem resultar em aumento das taxas de juros do crédito imobiliário. Esse cenário foi apontado por representantes de bancos e de incorporadoras que participaram do Incorpora, fórum da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), que aconteceu na última terça-feira (24), em São Paulo. 

3) Caixa descarta aumento da taxa de financiamento, mesmo com alta na Selic

A vice-presidente de habitação da Caixa, Inês Magalhães, afirmou, nessa terça-feira (24), que, apesar do recente aumento na taxa Selic, o banco não prevê aumentar a sua taxa do financiamento imobiliário para pessoas físicas. A instituição pratica taxa inferior a 10% ao ano, disse a executiva, que pode chegar a 9,3% se o cliente já tiver relacionamento com o banco. Segundo Magalhães, o orçamento deste ano para crédito imobiliário, que pode chegar a R$ 70 bilhões, não requer ajuste na taxa por já estar com funding precificado – um mix de 70% de recursos da poupança e 30% vindo de LCI (Letras de Crédito Imobiliário). A Caixa tem priorizado direcionar esse orçamento para a pessoa física.

4) Proprietários já podem atualizar valor de imóvel e pagar imposto menor na venda; prazo vai até 16/12

A Receita Federal publicou nesta terça-feira, 24, uma instrução normativa que regulamenta a atualização do valor dos imóveis por pessoas físicas e jurídicas. O governo abriu a possibilidade de atualizar o valor de seus imóveis e, assim, pagar um imposto menor sobre a venda desses bens no futuro. Para aproveitar essa opção, porém, os contribuintes terão de pagar o tributo até o dia 16 de dezembro. “Os interessados deverão apresentar a Declaração de Opção pela Atualização de Bens Imóveis (Dabim), disponível a partir de 24 de setembro de 2024 no Centro Virtual de Atendimento (e-CAC) no site da Receita Federal”, diz o Fisco em nota.

5) Governo já prevê ultrapassar meta do MCMV, mas pede medidas para reforçar FGTS

O ministro das Cidades, Jader Filho, prevê que a meta de contratar dois milhões de novas moradias no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), durante o governo Lula, deve ser ultrapassada. Segundo ele, o primeiro milhão de novas moradias, que somam unidades que serão construídas com recursos da União e também financiadas com recursos do FGTS, deve ser atingido ainda neste mês. Há uma campanha, visando reforçar o funding do FGTS, para encerrar o saque aniversário do FGTS. Alega-se que os saques colocam em risco a saúde financeira do fundo, ao retirar para consumo rápido recursos que seriam investidos em habitação e infraestrutura.

6) Preços dos imóveis residenciais seguem em alta em agosto

Os preços dos imóveis residenciais pesquisados em dez capitais do país tiveram alta de 0,83% em agosto, desacelerando em relação à alta de 1,06% observada em julho. No acumulado de 12 meses houve ligeira aceleração, com os preços passando de 12,13% em julho para 12,27% em agosto. Os dados são do Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R), pesquisado mensalmente pela Abecip.

7) Imóveis em São Paulo têm “preços justos”, mas custam 8 anos de salários “mais altos”

A cidade de São Paulo está longe de uma bolha imobiliária e, comparada a 25 metrópoles de diferentes países do mundo, apresenta o preço mais justo para a compra de uma casa ou apartamento, considerando as condições da cidade e dos imóveis. Entretanto, isso não significa que esse “preço justo” esteja adequado à renda da população local. Quando equiparado aos salários da população brasileira, o valor dos imóveis paulistas se mostra distante da realidade. Essa é a avaliação da nova edição do Índice Global de Bolha Imobiliária do banco de investimentos UBS Wealth Management.

8) Novo prédio mais alto de São Paulo ficará na zona sul e terá 219 metros de altura

Um novo edifício deve se tornar o mais alto da cidade de São Paulo. Caso a previsão da construtora responsável pela obra se cumpra, isso ocorrerá até o final do ano que vem. Será o Paseo Alto das Nações, um complexo imobiliário em construção em Santo Amaro, às bordas da marginal do Pinheiros, na zona sul. Uma das três torres do empreendimento terá 219 metros de altura, superando os 172 metros do edifício Platina 220, atual prédio mais alto da capital, no Tatuapé. No topo do arranha-céu, a incorporadora prevê construir uma caixa de vidro suspensa, que servirá de mirante --semelhante à que existe sobre o Vale do Anhangabaú. A caixa de vidro do Alto das Nações será maior, com aproximadamente 16 m², e capacidade para suportar 300 kg/m².

9) Banco Central endurece tom em ata com fiscal e inflação em foco 

A divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta terça-feira, 24, reforçou uma visão mais sombria para a inflação no Brasil, acompanhada de uma crescente preocupação com a credibilidade das contas públicas. A recente decisão do Banco Central (BC) de aumentar a taxa Selic e os comentários de seu presidente, Roberto Campos Neto, trouxeram à tona a percepção de que o cenário fiscal está exercendo uma pressão significativa sobre a política monetária. 

10) Condomínio de luxo da Armani será lançado na Barra da Tijuca com 190 apartamentos de alto padrão

O Rio de Janeiro será a primeira cidade do Brasil a contar com um condomínio de alto luxo assinado pela Armani/Casa, marcando a entrada da famosa grife italiana no mercado imobiliário brasileiro. Localizado na Barra da Tijuca, o projeto contará com 190 apartamentos, distribuídos em quatro torres à beira da Praia da Reserva. Os apartamentos seguirão o estilo sofisticado da marca, com mais de 240 metros quadrados e design italiano. As negociações para trazer o empreendimento ao Brasil duraram mais de um ano entre a Patrimar  e a Armani/Casa. O VGV do projeto está estimado em torno de R$ 1,4 bilhão, e o início das obras está previsto para 2025.

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Caio Lobo, o incorporador


Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um ENTUSIASTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO.