1) Bancos e construtoras pedem ao governo para reduzir de 9 para 3 meses prazo de carência de LCI

Sem perspectivas de que o Banco Central (BC) reduza, no curto prazo, as alíquotas dos depósitos compulsórios das cadernetas de poupança das instituições financeiras para aumentar os recursos disponíveis para o financiamento da casa própria, banqueiros e donos de construtoras pediram ao governo que o Conselho Monetário Nacional (CMN) diminua de 9 meses (275 dias) para 3 meses (90 dias) o prazo mínimo para resgate de investimentos em Letras de Crédito Imobiliárias (LCI). 

2) Ministério das Cidades divulga novo remanejamento do orçamento do FGTS entre regiões

O Ministério das Cidades publicou nesta quinta-feira (17/10) a Instrução Normativa n° 22, com novo remanejamento do Orçamento Operacional do FGTS 2024, para atender regiões que tinham previsão para esgotar seus recursos antes do final do ano. O total de recursos remanejados foi de R$ 6,9 bilhões, oriundos da região Norte, onde a produção prevista não consumiria todos os recursos alocados inicialmente. Regiões Beneficiadas: Sudeste (+R$ 3,3 bi), Centro Oeste (+R$ 1,5 bi), Nordeste (+R$ 1,2 bi) e Sul (+R$ 0,9 bi).

3) Com falta de verba da poupança, Banrisul suspende novos financiamentos de imóveis

Por falta de recurso da poupança para bancar financiamentos, o Banrisul suspendeu temporariamente novas operações de crédito imobiliário. Ficam fora do corte só obras financiadas pelo banco e leilão de imóveis vendidos por ele. Seguem normalmente as operações que já tinham sido aprovadas e os desembolsos programados para construção, reforma ou ampliação de imóveis. Pelo mesmo motivo, a Caixa está com contratos parados e reduzirá as cotas de crédito imobiliário em novembro.

4) Caixa estuda criação de FIDC para captar recursos para habitação em 2025

A Caixa Econômica Federal estuda criar um Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC) para captar recursos em 2025 e contornar a escassez de recursos da caderneta de poupança para financiamento da casa própria. Além disso, o banco está fazendo uma captação de “alguns bilhões” em Letra de Crédito Imobiliário (LCI). Essas medidas fazem parte de um pacote de iniciativas para manter o ritmo de crescimento das operações de crédito imobiliário ano que vem. No momento, o banco público está “selecionando os contratos com maiores taxas” que farão parte do FIDC. “Estamos vendo a questão do mercado secundário”, explicou um interlocutor do banco.

5) Alto padrão prioriza financiamento junto a fundos imobiliários

As incorporadoras de alto padrão em São Paulo têm preferido acessar o mercado de capitais na hora de financiar seus empreendimentos. De acordo com as companhias, a relação mais longa e com perfil de sociedade, que pode começar desde o momento da aquisição do terreno, a agilidade na análise das propostas e uma participação mais ativa no 

desenvolvimento dos produtos são os motivos que justificam a opção por essas alternativas de financiamento — fundos de investimento imobiliário (FIIs), letras de crédito imobiliário (LCI) e certificados de recebíveis imobiliários (CRI) — em detrimento das instituições bancárias tradicionais.

6) Os planos da Caixa para diminuir a dependência da poupança e do FGTS no crédito imobiliário

Líder no crédito imobiliário, a Caixa Econômica Federal quer se preparar para um cenário de restrição das principais fontes de recursos para os financiamentos — a caderneta de poupança e o FGTS. Para isso, o banco pretende preencher uma lacuna desse setor com a ajuda do mercado de capitais. A ideia é aproveitar e complementar os produtos tradicionais de financiamento à habitação já existentes e, desse modo, cobrir todas as fases de um empreendimento imobiliário. “Com isso, a Caixa pode proporcionar, com o apoio de investidores, o financiamento desde a formação do land bank até eventos pós-obra (como antecipação de dividendos e refinanciamento de estoques)”, informou o banco, responsável por 68% do mercado de crédito imobiliário.

7) A nova tecnologia capaz de erguer casas mais baratas e em menor tempo 

Ao longo das últimas décadas, pesquisas em diferentes lugares do mundo tentam encontrar formas mais fáceis e baratas de construir imóveis, com o uso de diferentes técnicas e materiais. Quem parece ter mais chances de ganhar essa corrida pela inovação é a tecnologia de impressão 3D. Sim, o negócio envolve literalmente a impressão de uma casa, em escala real. Alguns países, como a Alemanha, já obtiveram sucesso em testes usando esse tipo de equipamento para erguer residências. A máquina atua produzindo linhas de concreto, que são empilhadas durante o processo de montagem. As perspectivas são extremamente animadoras devido aos ganhos de agilidade e de economia de mão de obra. 

8) Com metro quadrado mais caro do Nordeste, Maceió desbrava ‘oceano azul’ imobiliário

Conhecida pelas praias de águas cristalinas, Maceió (AL) tem o metro quadrado mais caro entre as capitais do Nordeste – mesmo sendo apenas a quinta maior economia da região. Comprar um imóvel na capital alagoana custa, em média, R$ 8.803/m² de acordo com o último Índice FipeZap de venda residencial, divulgado em setembro deste ano. O valor é 28,8% maior que a média nordestina, e fica quase 10% acima da segunda colocada, Recife (PE), cuja economia é duas vezes maior que a de Maceió. Parte da resposta para o sucesso está à beira-mar. Maceió tem algumas das praias urbanas mais bonitas do Brasil, e o mercado imobiliário tem surfado a onda do turismo na cidade – e no estado de Alagoas. 

9) Para deslanchar consignado, ministro quer parcela maior do FGTS usada como garantia aos bancos

O Ministério do Trabalho estuda oferecer ao bancos um novo modelo de empréstimos consignado para o setor privado que incluam garantias adicionais aos bancos. Segundo técnicos a par das discussões está em análise elevar o percentual do saldo da conta do FGTS que poderá ser repassado aos credores, hoje em 10%, no caso de demissão sem justa causa. Outra garantia adicional em estudo é a possibilidade de desconto automático do salário na nova empresa, na hipótese de um trabalhador demitido ser contratado por outra companhia e esteja inadimplente. 

10) Empresária alega ser dona de 80% das terras de Jericoacoara, no Ceará; entenda o caso

A empresária Iracema Correia São Tiago apresentou um documento que alega a posse de 80% das terras da vila, o que gerou preocupação entre os moradores e frequentadores da região. A Procuradoria Geral do Estado do Ceará (PGE-CE) reconheceu a reivindicação e está negociando um acordo para evitar a desapropriação dos moradores e estabelecimentos. O acordo proposto visa permitir que Iracema renuncie às áreas ocupadas por moradores e estabelecimentos, preservando as vias e acessos locais. Em troca, ela receberia terrenos não ocupados que ainda estão em nome do estado.

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Caio Lobo, o incorporador


Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um ENTUSIASTA DO MERCADO IMOBILIÁRIO.