1) Caixa atualiza taxas de juros para financiamentos de imóveis e novos valores estão em vigor

As condições para financiamentos de imóveis pela Caixa Econômica Federal (CEF) sofreram alterações em 2025, com o aumento de 1 a 2 pontos percentuais nas taxas de juros. A medida impacta os contratos vinculados ao SBPE, destinados a imóveis de médio e alto padrão, com valores acima de R$ 350 mil. Já para os financiamentos de imóveis que utilizam recursos do FGTS, como no programa Minha Casa, Minha Vida, as taxas permanecem inalteradas. Essa estabilidade beneficia famílias de baixa renda e garante maior previsibilidade nas condições de pagamento. As condições para financiamentos de imóveis acima de R$ 350 mil passaram por ajustes neste ano. Até ao final do ano passado, as taxas variavam entre Taxa Referencial (TR) mais 8,99% a 9,99% ao ano, mas agora subiram para TR mais 10,99% a 12% ao ano.

2) Preço do aluguel salta 32,4% acima da inflação em três anos, mostra FipeZap

O valor médio da locação residencial no Brasil subiu 13,5% em 2024, segundo dados divulgados nesta terça-feira (14) pelo índice FipeZap. Ainda que expressiva, a variação representa uma perda de força em relação às variações apuradas em 2022 (16,55%) e 2023 (16,16%). No período, a alta acumulada de 53,66% supera a inflação em 32,44%.

3) Lula sanciona 1ª lei que regulamenta reforma tributária; alíquota do IVA deve ser maior do mundo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, com vetos, a primeira lei que regulamenta a reforma tributária dos impostos sobre o consumo, aprovada pelo Congresso em dezembro. O texto, sancionado em cerimônia no Palácio do Planalto, traz as principais regras de funcionamento do novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA), O secretário extraordinário da reforma tributária, Bernard Appy, afirmou que, nos próximos dias, o governo irá divulgar a futura alíquota padrão do novo IVA – que, segundo ele, deve ficar em torno de 28%. Se confirmada, deve ser maior alíquota de IVA do mundo, de acordo com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O ranking global é liderado pela Hungria, que tem uma taxação de 27%.

4) Lula veta isenção para fundos de investimento na regulamentação da reforma tributária

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou a isenção para fundos de investimento, patrimoniais e que realizam operações com bens imóveis na nova regulamentação da reforma tributária, que foi sancionada nesta quinta-feira (16). A exclusão vale também para FIIs (Fundos de Investimento Imobiliário) e o Fiagro (Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agronegócio). Os fundos foram excluídos das exceções à Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e ao Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), novos tributos que entrarão em vigor com a reforma.

5) Preço do imóvel residencial no Brasil tem maior alta em 11 anos

A variação mensal dos preços de imóveis residenciais em dezembro, apurada pelo Índice FipeZap, foi de alta de 0,66%, acima do 0,49% apurado em novembro. Com isso, os preços de casas e apartamentos residenciais tiveram valorização média de 7,73% no Brasil em 2024. É a maior variação anual nesse mercado desde 2013, quando os preços dos imóveis subiram, em média, 13,74%.

6) Liberação do compulsório deve seguir encalhada mesmo com troca no BC

A troca no comando do Banco Central, com Gabriel Galípolo substituindo Campos Neto na presidência, não deve representar uma mudança na postura crítica da instituição financeira em relação ao pleito de bancos e construtoras para liberação dos depósitos compulsórios. Esse é um ponto que vem sendo defendido pelo setor nos últimos dois anos com o intuito de direcionar mais recursos para o crédito imobiliário, que tem sofrido com falta de capital “barato”. A Coluna apurou que Galípolo não é um entusiasta desse pleito por entender que a medida não representaria uma solução definitiva para a escassez de recursos para os financiamentos habitacionais, servindo apenas como um fôlego passageiro.

7) Cyrela e fundo canadense lançam parceria de R$ 1,7 bi para imóveis de alto padrão

O fundo de pensão canadense CPP e a Cyrela anunciaram o lançamento de uma iniciativa conjunta de R$ 1,7 bilhão no setor de imóveis de luxo paulistano. O capital será gerido pela subsidiária da empresa brasileira Cy.Capital. Cada companhia investirá metade do valor divulgado. O CPP estima que o negócio renderá mais de R$ 6 bilhões em vendas "nos próximos anos" na capital paulista. As empresas planejam direcionar o investimento à construção de "residências de alta qualidade", de acordo com publicação do diretor do CPP Marcos Haertel no LinkedIn. "O mercado residencial em São Paulo tem fundamentos sólidos, apoiados por fatores demográficos favoráveis, baixo desemprego e alta resiliente na renda familiar", afirmou o CPP no comunicado.

8) Como o Quinto Andar pretende crescer na área de venda de imóveis; entenda a estratégia

Depois de se consolidar como uma plataforma de aluguéis que não precisam de fiador, o Quinto Andar entrou no negócio de compra e venda de imóveis, focando em unidades usadas com preços de R$ 900 mil a R$ 1 milhão. A operação cresceu 58% em 2024 e, segundo a empresa, deve sustentar em 2025 os números conquistados no ano anterior, apesar do ciclo de alta dos juros, que encarece os financiamentos. Com isso, a plataforma pretende consolidar sua presença no segmento de compra e venda de imóveis, competindo com o Grupo OLX, dono do Zap, e com ap de tecnologia imobiliária Loft.

9) Cartórios alteram forma de bloqueio de imóvel de devedor

Os cartórios alteraram a forma de bloqueio de imóveis, resolvendo um problema que afetava devedores. Agora, o juiz ou a autoridade administrativa pode direcionar uma ordem de indisponibilidade a um único bem. Até então, o pedido trazia apenas o CPF ou CNPJ do devedor e o bloqueio acabava recaindo sobre vários imóveis ao mesmo tempo.

10) Nova Miami? Punta del Leste atrai gestores de wealth após migração de bilionários

O refúgio de verão de endinheirados da América do Sul tem se tornado um novo polo para gestão de riqueza, à medida que o Uruguai consolida sua reputação como um paraíso favorável a investidores em uma região tumultuada. Punta del Este há muito tempo atrai os ricos do continente em busca de sol e ondas no ambiente seguro e acolhedor do pais. Mas, desde a pandemia, a região tem visto um fluxo de estrangeiros ricos, incluindo americanos e europeus, que adquirem imóveis na região, atraídos por generosos incentivos fiscais e como uma espécie de seguro contra a polarização política do hemisfério norte.