1) Casa própria é desejo de 93% dos brasileiros, aponta pesquisa Datafolha

O desejo de conquistar a casa própria continua sendo uma das principais aspirações dos brasileiros. Pesquisa recente do Datafolha, divulgada no começo de fevereiro, revelou que 93% dos brasileiros que vivem de aluguel ou em casa cedida sonham em adquirir um imóvel próprio. Esse anseio é ainda mais forte entre os jovens de 16 a 34 anos (97%), mas também se manifesta de forma significativa entre aqueles com mais de 60 anos (83%).

Atualmente, 29% dos brasileiros vivem de aluguel e 5% moram em residências cedidas, enquanto 65% já possuem um imóvel próprio.

2) Preço dos imóveis aumenta e Balneário Camboriú lidera metro quadrado mais caro

O preço de venda de imóveis residenciais aumentou 0,59% em janeiro deste ano, segundo dados do Índice FipeZAP divulgados nesta terça-feira (4). Apesar da alta, o valor representou leve desaceleração em relação ao resultado de dezembro do ano passado (0,66%). No topo da lista, a cidade de Balneário Camboriú (SC) com o metro quadrado mais caro do país. Segundo o levantamento, o preço médio de venda residencial, com base em informações da amostra de anúncios de imóveis residenciais para venda neste mês, foi de R$ 9.069/m². Já em Balneário Camboriú, cidade líder do ranking, o custo foi de R$ 14.041/m². Isso quer dizer que, em janeiro deste ano, um apartamento de 50 metros quadrados custou, em média, de R$ 702 mil.

3) Construção civil aumenta salários e adota novas tecnologias para atrair os mais jovens

O setor de construção civil, um dos que mais empregam no país, com 2,9 milhões de trabalhadores formais, vive o desafio de rejuvenescer. Com idade média dos trabalhadores de 41 anos, as construtoras tentam acelerar a digitalização e a industrialização dos canteiros de obras, além de oferecer salários mais altos, para atrair os jovens e, especialmente os mais qualificados, principal gargalo do segmento neste momento em que as vendas de imóveis novos batem recordes consecutivos. Algumas empresas do ramo até criaram escolas para treinar interessados e evitar atrasos na entrega dos imóveis

4) Recorde histórico: Mercado Imobiliário de Fortaleza e Região Metropolitana alcança Valor Geral de Vendas de R$ 8,5 bilhões em 2024

No ano de 2024, Fortaleza e Região Metropolitana alcançaram Valor Geral de Vendas na ordem de R$8,5 bilhões. O VGV cresceu 23% se comparado com o ano anterior. Na capital, o VGV alcançou o patamar de R$5,241 bilhões, um crescimento de 24% se comparado ao ano de 2023. Já na Região Metropolitana de Fortaleza, o VGV foi de R$3,271 bilhões, superando em 22% o valor obtido em 2023. De acordo com o presidente do Sinduscon Ceará, patriolino Dias de Sousa, o resultado foi influenciado pela combinação de fatores como maior confiança do consumidor e diversificação dos lançamentos, atendendo a diferentes públicos e faixas de desempenho.

5) Como a classe média foi despejada dos negócios do mercado imobiliário

O mercado imobiliário esqueceu da classe média. Por onde olhamos, seja nas ofertas pela internet ou nos terrenos cercados por tapumes pelas cidades Brasil afora, os empreendimentos que estão sendo lançados miram, em sua maioria absoluta, apenas os mercados de baixa renda, de investimento e de luxo. Segundo o levantamento da Brain/Abrainc, feito em setembro do ano passado, a proporção de lançamentos voltados para a classe média caiu de 65% para 45% do total de unidades lançadas, entre o segundo trimestre de 2023 e o mesmo período de 2024.

6) Lançamentos de imóveis batem recorde em SP

O volume de lançamentos realizados em São Paulo no ano passado foi recorde, segundo o Secovi-SP, sindicato que representa o setor imobiliário. Chegaram ao mercado 104,4 mil novas unidades habitacionais, 43% mais do que em 2023 e 28% acima de 2021, ano recorde até então. Para a entidade, essa é a “foto” do momento do setor imobiliário, com lançamentos impulsionados pelo Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que respondeu por 63% do total, ante 50% em 2023. O “filme” aponta para um cenário mais incerto, com a influência dos juros altos e a previsão da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) de que as concessões de crédito imobiliário devem cair 10% em 2025, após um 2024 com alta de 25%, para R$ 312 bilhões.

7) Locação de escritórios em São Paulo tem segundo melhor ano da história

Ao mercado de prédios corporativos na cidade de São Paulo registrou, em 2024, o segundo maior número de locações na história, de acordo com dados da consultoria imobiliária CBRE. O saldo entre áreas locadas e as áreas devolvidas (absorção líquida, no jargão do setor) foi de 354 mil m² em 2024, um salto de 90% (quase o dobro) na comparação com 2023, segundo a CBRE. Já a área total locada (absorção bruta) chegou a 872 mil m², aumento mais discreto, de 4%. O crescimento da economia brasileira ajudou a encorpar a demanda de empresas por mais área para suas atividades. Entretanto, o principal fator foi o retorno das empresas de grande porte ao trabalho presencial.

8) Maceió tem o m² mais caro do Nordeste e mercado imobiliário aquecido

Maceió segue como destaque no mercado imobiliário nacional e mantém a liderança entre as capitais nordestinas com o metro quadrado mais caro da região, de acordo com a pesquisa FipeZap, realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Nos últimos três meses, o preço médio do metro quadrado na capital alagoana subiu de R$ 8.821,00, em julho, para R$ 9.030,00, em novembro. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta foi de 9,30%, posicionando Maceió como a 12ª cidade com o metro quadrado mais valorizado do Brasil e a primeira no Nordeste.

9) Novo golpe leva o consumidor a pagar taxa para visitar imóvel

Uma nova modalidade de golpe está circulando no mercado imobiliário, alerta a ABMI (Associação Brasileira do Mercado Imobiliário). Valendo-se de perfis falsos nas redes sociais, com fotos e informações capturadas em sites de empresas reconhecidas pela atuação profissional no mercado, golpistas se passam por corretores para extorquir o consumidor. Ao manifestar o desejo de conhecer uma casa, um apartamento e mesmo um imóvel comercial anunciados, o interessado é convencido a pagar via Pix uma taxa que chega a R$ 250 ao falso corretor. “Estamos diante de vários casos registrados sobre algo que não é praticado pelas imobiliárias”, afirma Mauro Macedo, diretor regional da ABMI. “Além de lesar o consumidor, o que é extremamente grave, os golpistas se apropriam da imagem de empresas que atuam há muito tempo no mercado e construíram sua reputação com honestidade e seriedade.”

10) Setor imobiliário puxa crescimento do volume de recuperações judiciais em 2024

O país fechou o ano de 2024 com 523 empresas a mais em recuperação judicial em comparação com 2023, um aumento de 13%. Ao todo, 4.568 companhias negociavam dívidas na Justiça no ano passado - a maioria (28,8%) em São Paulo e do setor imobiliário. É o maior número absoluto desde o início do acompanhamento desses processos, iniciado em abril de 2023. A incorporação de empreendimentos imobiliários agora lidera o número de reestruturações, com 314 companhias nessa situação - no terceiro trimestre do ano passado, eram 266, ocupando o segundo lugar. A construção de edifícios também não vai bem, mas se manteve em terceiro no ranking nacional, com 212 empresas. O segundo lugar é ocupado pelas holdings de instituições não financeiras (272).