1) Minha Casa Minha Vida: Governo publica portaria com nova faixa voltada à classe média

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou nesta sexta-feira portaria que cria uma nova faixa de renda para o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, que passará a contemplar uma quarta faixa, voltada à classe média, para famílias com renda mensal entre R$8.600,01 e R$12 mil. Para as áreas rurais, o programa atenderá famílias com renda bruta anual de até R$150 mil, também com divisão por faixas. Na semana passada, o Conselho Curador do FGTS já havia aprovado a criação da Faixa 4 do Minha Casa, Minha Vida, voltada para famílias com renda mensal até R$12,000, e também reajustado as faixas vigentes do programa habitacional.

2) Lançamentos de imóveis novos crescem 23,4% nos últimos 12 meses

O mercado imobiliário brasileiro manteve sua trajetória de crescimento nos últimos 12 meses encerrados em janeiro de 2025, com destaque para o forte desempenho dos lançamentos, que registraram alta de 23,4% nesse período, segundo o levantamento realizado pela ABRAINC em parceria com a FIPE. O avanço foi impulsionado especialmente pelo segmento Minha Casa, Minha Vida, que teve crescimento de 29,7% nos lançamentos em unidades e de 29,6% em valor. Já o segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) também mostrou fôlego com incremento de 5,5% nas unidades lançadas e 20,0% no valor dos empreendimentos. No total, o valor real dos lançamentos cresceu 22,2%, refletindo o apetite dos consumidores e a resiliência diante do cenário econômico.

3) Estamos devendo solução para o mercado de crédito imobiliário, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (23) que o governo federal “ainda deve” uma solução para o mercado de crédito imobiliário. “O Brasil não tem um bom mercado secundário de crédito imobiliário, fica tudo no balanço do banco e o banco não consegue limpar o balanço para alavancar a poupança para esse crédito. Estamos estudando isso. É uma última etapa desse governo que tem que ser cumprida”, disse Haddad. Haddad ainda afirmou que o governo tem o compromisso de ajudar o sistema de crédito a diminuir spread, citando o consignado privado como uma das medidas.

4) Novidade: Minha Casa, Minha Vida destina casas a pessoas em situação de rua

O Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) anunciou que 3% das moradias subsidiadas pelo Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) serão destinadas a pessoas em situação de rua ou em trajetória de rua. A medida foi confirmada pelo ministro das Cidades, Jader Filho, e incluirá acompanhamento e reinserção social das famílias beneficiadas. A expectativa do governo é de que cerca de mil unidades habitacionais sejam entregues à população em situação de rua no primeiro lote. Inicialmente, o programa irá beneficiar 38 municípios, incluindo todas as capitais brasileiras, além de cidades com mais de mil pessoas cadastradas como "sem moradia" no CadÚnico.

5) Rio ganha primeiro prédio assinado por escritório que desenvolve carros da Ferrari

O escritório de arquitetura Pininfarina, o mesmo responsável pelos carros da Ferrari, assina seu primeiro projeto no Rio de Janeiro. O edifício, de 20 unidades, terá imóveis que vão de 450 metros quadrados a 1.100 metros quadrados. O mais caro deles, a cobertura, custará R$ 80 milhões, e já tem procura antecipada, sobretudo de empresários, segundo a Origem Incorporadora, responsável pelo lançamento. O projeto está previsto para ser lançado no segundo semestre deste ano. O edifício ficará na Barra da Tijuca e terá Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 600 milhões.

6) Falta de mão-de-obra: Proposta de aumento do período de transição do bolsa família em pauta

Para estimular a inserção produtiva da população no mercado de trabalho formal, o deputado federal Pauderney Avelino (União-AM) apresentou um projeto de lei que amplia o período de transição do Bolsa Família de 24 para 60 meses. A proposta estabelece uma redução progressiva do benefício, garantindo 100% do valor no primeiro ano, 80% no segundo e assim por diante, até atingir 20% no quinto ano. Além disso, as famílias que completarem esse período terão prioridade para reingressar no programa caso voltem a enfrentar dificuldades financeiras. Com essa mudança, busca-se incentivar os beneficiários a ingressarem no mercado de trabalho sem o receio de perder abruptamente a renda recebida pelo Bolsa Família.

7) Visto Dourado: O novo plano do governo pode mudar o rumo do mercado imobiliário no Brasil — mas não sem controvérsias

Com o setor da construção civil enfrentando uma de suas piores crises, o governo brasileiro decidiu apostar alto: atrair investidores estrangeiros com a promessa de residência permanente. A estratégia, porém, levanta dúvidas sobre seus efeitos reais no acesso à moradia e na integridade do mercado imobiliário. Um “visto dourado” à brasileira. O governo Lula oficializou uma iniciativa que já existia, mas era pouco conhecida: o visto de residência permanente para estrangeiros que invistam no setor imobiliário. Para garantir o benefício, é necessário aplicar R$ 1 milhão nas regiões Sul, Sudeste ou Centro-Oeste, ou R$ 700 mil no Norte e Nordeste. Em quatro anos, o investidor pode solicitar a cidadania brasileira.

8) Como o design biofílico está influenciando novos empreendimentos residenciais

Imagine acordar todos os dias em um espaço onde a luz do sol entra de maneira abundante, o ar circula livremente e o som de uma pequena fonte de água transmite uma sensação imediata de tranquilidade. Esse é o impacto do design biofílico, que se espalha cada vez mais pelos empreendimentos residenciais, criando lares mais próximos da natureza e mais saudáveis para quem os habita. Com o aumento dessa tendência, muitos novos projetos residenciais estão priorizando o design biofílico, tornando os espaços mais integrados à natureza e melhorando a qualidade de vida.

9) Mercado imobiliário não aguentou juros de 14% com Dilma, diz Coelho da Fonseca

Ao longo de cinco décadas atuando junto à alta renda, a imobiliária Coelho da Fonseca expandiu sua operação, com mais de 20 unidades em diversos estados, e chegou a realizar um projeto em Miami (EUA). Porém, decidiu voltar a concentrar esforços em São Paulo, que reage bem à "conjuntura atual". Com a Selic, a taxa básica de juros, em 14,25%, patamar que se iguala à época da ex-presidente Dilma Rousseff, o fundador da empresa, Álvaro Coelho da Fonseca, 74, prevê uma nova crise econômica, com quebradeira de companhias, se a taxa se mantiver por muito tempo nesse nível. "Essa taxa, na casa dos 14%, é um juro da época da Dilma, que o mercado não aguentou. Não há economia que conviva por muito tempo com juros desses", disse em entrevista ao Painel S.A.. "O juro alto é um grande concorrente para qualquer empresa e um adversário do mercado imobiliário".

10) Construtora MPD Engenharia prepara entrada no setor de loteamentos

A MDP Engenharia, conhecida pelos prédios residenciais de alto padrão e escritórios em Alphaville, Tamboré e bairros nobres de São Paulo, está se preparando para diversificar os negócios e entrar no setor de loteamentos. A decisão veio após a construtora ser procurada por outras empresas do ramo interessadas em firmar parcerias para projetos de lotes, aproveitando o conhecimento da MPD na região metropolitana e o reconhecimento da marca nessas cidades. A previsão é de lançar um loteamento, possivelmente ainda neste ano, com um parceiro a ser definido.


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Caio Lobo, o incorporador


Caio Lobo é Diretor de Incorporações e Sócio da Mitro Construtora e Incorporadora, empresa sediada em Goiânia (GO) e especializada no segmento popular de habitação e no médio padrão. É formado em Engenharia Civil pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e é Pós-graduado em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Produz conteúdo sobre incorporações imobiliárias e mercado imobiliário para o canal @oincorporador, que conta com mais de 100mil seguidores nichados, é editor da newsletter IncorporaNews, professor no Curso Incorporações Imobiliárias Financiadas e é um entusiasta do mercado imobiliário.