1) Censo: Uma em cada cinco pessoas já mora de aluguel, maior proporção desde 1980; Casa própria perde espaço

A casa própria vem perdendo espaço no país. Um em cada cinco brasileiros (ou 20,9% da população) mora em casas alugadas, de acordo com dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira. Doze anos antes, quando foi feita a última pesquisa, essa proporção era de 16,4%. Trata-se do maior percentual em 42 anos, desde o Censo de 1980. Em 2022, sete em cada dez pessoas (72,9% da população) viviam em casas próprias - seja um lar já pago por um dos moradores, herdado, ganho ou que ainda estivesse sendo quitado. Essa proporção em 2010 era maior: 75,2%. Dez anos antes, em 2000, chegava a 76,8%.

2) Copom eleva Selic para 12,25% ao ano e prevê novos aumentos de 1 ponto percentual em janeiro e março

Na última reunião do ano, o Copom do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (11), elevar a taxa Selic de 11,25% ao ano para 12,25% ao ano. Com o aumento de 1 ponto percentual na taxa básica de juros, o Banco Central passa a adotar uma dose mais forte para combater a inflação. A decisão desta quarta representa a maior alta dos juros básicos no governo Lula (PT) e a maior escalada desde fevereiro de 2022, quando foi de 1,5 ponto percentual. Todos os nove diretores do BC votaram para aumentar a Selic em um ponto percentual. Em comunicado, o Copom prevê ainda novos aumentos de 1 ponto percentual nas próximas duas reuniões --em janeiro e março do ano que vem.

3) Construtoras querem atrair público do Bolsa Família para trabalhar no canteiro de obras

Proposta ainda está sendo preparada para ser apresentada ao governo, mas deve incluir parâmetros flexíveis para que pessoas possam trabalhar na construção sem perder o benefício. Perto de bater o recorde de contratações e com dificuldades de atrair novos trabalhadores, as construtoras estão formulando uma proposta a ser apresentada ao governo para estimular a população atendida por programas sociais, como o Bolsa Família, a se apresentar para trabalhar nos canteiros de obras. Na visão dos empresários, os programas sociais se tornaram “concorrentes” uma vez que a maior parte das pessoas que recebe auxílio fica de fora do mercado de trabalho formal.

4) Senadores aprovam reforma tributária com descontos aquém do esperado por setor imobiliário

O plenário do Senado Federal votou, nesta quinta-feira (12/12), o PL 68/2024, que regulamenta a reforma tributária. Para o mercado imobiliário, foi concedido um desconto nos impostos devidos aquém do pedido por entidades representativas do setor. Na locação, o desconto ficou em 70%, enquanto a solicitação era de 80%. Já para vendas e incorporação, o desconto foi de 50%, frente ao pedido de 60%. Documentos divulgados por entidades como ABMI, Abrainc e CBIC, baseados em estudos desenvolvidos por consultorias renomadas, afirmam que descontos inferiores aos solicitados não são capazes de conferir a chamada “neutralidade tributária”, que seria o pagamento dos impostos em patamares semelhantes aos atuais. Ou seja, o setor deve arcar com uma carga maior de impostos no futuro.

5) Imóvel mais buscado custa até R$ 350 mil, mas só um terço dos vendedores miram esse teto

Quase metade das pessoas que pretendem comprar um imóvel tem a intenção de gastar até R$ 350 mil na aquisição – valor abaixo do esperado para os vendedores que, em sua maioria, desejam receber entre R$ 351 mil e R$ 800 mil. É o que apontou a pesquisa feita com residentes em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre, realizada em outubro e novembro pela plataforma Loft,p que atua no mercado imobiliário, em parceria com a Offerwise.

6) Falta de mão de obra qualificada atinge 60% da construção

A maior dificuldade da indústria da construção é a falta de mão de obra qualificada, que afeta 60% das construtoras, segundo recente Sondagem realizada pelo FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas). Indagadas sobre os impactos da dificuldade com mão de obra sobre a entrega de produtos, a maior parte das empresas da construção registrou que não está tendo problema, mas 21% indicaram que estão atrasando entregas. As empresas dos segmentos de Serviços Especializados, as mais intensivas em mão de obra, são as que enfrentam as maiores dificuldades com mão de obra qualificada.

7) Financiamento: Bradesco inclui o hábito de apostas em análise de crédito

Se a renda de muitos brasileiros já tem ficado comprometida com apostas esportivas e jogos on-line, o crédito para esse tomador também tende a ficar mais caro. Depois de notar o aumento do fluxo financeiro para as contas das bets, somando fatias relevantes da renda do cliente pessoa física, o Bradesco decidiu incluir volumes e frequência de apostas entre os itens de seu score de crédito. Outros grandes bancos estudam fazer o mesmo.

8) Goiânia é a segunda cidade do país com maior demanda imobiliária em imóveis de alto padrão

Goiânia se destacou no mais recente Índice de Demanda Imobiliária (IDI) Brasil, divulgado nesta quarta-feira (11), ao ocupar a segunda posição nacional em atratividade no segmento de imóveis de alto padrão. O ranking, liderado por São Paulo, mostra que a capital goiana mantém alta demanda por residências voltadas para famílias com renda superior a R$ 24 mil. Florianópolis completa o pódio, após um salto da 9ª para a 3ª posição. Goiânia também figura entre as líderes no segmento de médio padrão, voltado para famílias com renda entre R$ 12 mil e R$ 24 mil.

9) Faturamento do setor de materiais de construção avança 8,4% em novembro e deve crescer 3% em 2025

O faturamento da indústria de materiais de construção cresceu 8,4% em novembro, na comparação com o mesmo mês de 2023, segundo o índice Abramat, feito pela Fundação Getulio Vargas (FGV) para a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção. Para 2025, a entidade projeta expansão na casa dos 3%. O aumento foi ainda maior entre os produtores de materiais de acabamento, com alta de 9,4% em um ano. No segmento de base o aumento foi de 7,7%.

10) Hotel Emiliano vai abrir filial seis estrelas na praia Brava em Santa Catarina

O Residencial Tempo, da incorporadora Müze, terá uma torre destinada ao hotel Emiliano, na Praia Brava, em Itajaí. A construção do hotel terá investimento de R$ 250 milhões, em projeto assinado pelo escritório Foster + Partners, do arquiteto Norman Foster, um dos mais renomados do mundo. O hotel terá 47 suítes e será o único seis estrelas da região, servindo também aos moradores do condomínio. Serão sete torres residenciais de sete andares cada e uma torre para o hotel Emiliano. As unidades de moradia somam 83 apartamentos de luxo de 400 a 800 metros quadrados, além das coberturas, de 1,2 mil metros quadrados, com valor de R$ 100 milhões. O Valor Geral de Vendas (VGV) de todas as unidades chega a R$ 2,5 bilhões.



Caio Lobo, o incorporador