1) Impulsionado pelo Minha casa, Minha vida, setor de construção projeta crescimento para este e o próximo ano

A construção civil poderá crescer 2,3% em 2025, segundo a CBIC. Apesar do resultado positivo, o desempenho será inferior ao crescimento esperado para 2024, projetado em 4,1%. Este número supera a estimativa de 3,5% divulgada em outubro deste ano e, segundo a entidade, reflete fatores como o incremento no mercado de trabalho, a retomada de obras do programa Minha Casa, Minha Vida e a intensificação de atividades em função do ano eleitoral, especialmente no início do ano. Para 2025, as preocupações do setor giram em torno do crescimento mais modesto da economia — com o PIB projetado em 2% pelo mercado financeiro— e da taxa Selic, que poderá atingir 14,25% no primeiro trimestre.

2) Reforma tributária: mudanças agradam setor imobiliário, mas preços de imóveis e aluguéis podem subir

As mudanças recentemente aprovadas pela Câmara dos Deputados na regulamentação da reforma tributária foram bem recebidas pelo setor imobiliário, mas representantes das empresas ainda manifestam preocupações sobre os possíveis aumentos nos preços de imóveis e de aluguéis. Para eles, o comprador pode encontrar valores mais altos em parte dos imóveis por conta de um leve aumento de carga tributária, mesmo com o aumento dos redutores propostos para o segmento no texto da reforma. O texto foi aprovado pela Câmara na última terça-feira (17) e segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ainda pode vetar trechos da proposta. Caso isso ocorra, deputados e senadores poderão derrubar os vetos se discordarem do presidente.

3) Entenda por que CBIC prevê menos lançamentos de imóveis de classe média em 2025

O presidente da CBIC, Renato Correia, acredita que a elevação dos juros terá como impacto direto uma redução importante nos lançamentos de projetos imobiliários no setor de médio padrão. “Acreditamos que em 2025 deve ter bem menos lançamentos no setor de classe média”, estimou Correia. Com a escassez de recurso, os bancos têm priorizado liberar crédito para a pessoa física fazer a compra dos imóveis, enquanto as construtoras têm sido direcionadas a outras modalidades de financiamento. O presidente da CBIC concorda com essa postura dos bancos, mas vê consequências. “Para a empresa, ser levado a usar recursos fora de FGTS e SBPE para financiar a obra é algo que representa um aumento de custo financeiro”, citou. “Isso estreita a margem das empresas, que restringe os lançamentos. Muitos empresários vão aguardar as coisas se encaixarem de novo para voltar a lançar”.

4) STF permite realização de alienação fiduciária por meio de contrato, sem necessidade de escritura pública

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta sexta-feira (13) que uma incorporadora imobiliária pode realizar alienação fiduciária em garantia de bem imóvel por meio de contrato particular com efeito de escritura pública para fins de registro no Cartório de Registro de Imóveis. Ao avaliar o caso no Mandado de Segurança (MS) 39930, apresentado pela incorporadora imobiliária, o ministro considerou que a Lei 9.514/97 e as demais normas incidentes sobre a matéria não preveem nenhum tipo de restrição para a formalização de alienação fiduciária sobre bens imóveis por meio de contrato com efeito de escritura pública.

5) Abrainc: Vendas de imóveis novos crescem 22,3% e superam 139 mil unidades no acumulado de 2024

As vendas de novos imóveis cresceram 22,3% no acumulado de janeiro a setembro de 2024, totalizando 139.909 unidades comercializadas, de acordo com o indicador ABRAINC-FIPE. O estudo foi elaborado com dados de 20 empresas do setor ABRAINC e a FIPE O Programa Minha Casa, Minha Vida apresentou desempenho bastante robusto, com aumento de 28,8% no número de unidades vendidas e 25,4% no valor total das vendas. Os lançamentos do MCMV cresceram 34,4% em volume e 36,2% em valor. O segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) demonstrou novamente resiliência, com crescimento de 0,6% no volume de vendas e expressivo aumento de 17,6% no valor comercializado.

6) Demanda por aluguel deve crescer após alta da Selic e alterações de regras da Caixa para financiamento de imóvel

Segmentos de locação residencial ganham força. Os obstáculos despertam irritabilidade para quem pretende financiar o primeiro imóvel. Com isso, brasileiros tendem a optar por aluguel. Um novo modelo de locação no mercado é o Multifamily. Muito adotado no Estados Unidos, no Brasil novos projetos vêm ganhando tração. 

Um empreendimento multifamily consiste em um condomínio com múltiplos serviços envolvidos, como lavanderia e até espaço para coworking, diferente de casas e apartamentos que não possuem móveis ou parte desses servidos ofertados. 

7) Empresa de crédito para construtoras busca crescer via mercado de capitais

A Finamob, empresa de originação e estruturação de crédito para incorporadoras, vê potencial para dar vazão a R$ 1 bilhão em operações financeiras em 2025. O principal produto da Finamob é o crédito para a construção de empreendimentos, modalidade tradicional entre os bancos. No entanto, as instituições financeiras estão mais seletivas na concessão desse tipo de empréstimo devido à escassez de recursos das cadernetas de poupança, que abastecem a modalidade.

A Caixa Econômica Federal, por exemplo, tem priorizado a concessão de financiamentos para a pessoa física concluir a aquisição dos imóveis, enquanto as construtoras têm sido direcionadas a outras linhas de empréstimos, a juros mais altos.

8) Construtora de Santa Catarina dá apartamentos de presente aos funcionários

A MayBelly Incorporadora escolheu 37 funcionários para ganhar um apartamento em um prédio que a construtora lançou na cidade de Itapema, cidade com o metro quadrado mais caro do Brasil. A escolha de quem receberia os imóveis foi feita pelos próprios proprietários. Segundo eles, a decisão levou em consideração critérios de meritocracia. “Todas as pessoas que irão receber as unidades foram escolhidas por motivos como comprometimento, ética e profissionalismo”, justifica Altemir Marini, sócio proprietário da MayBelly Incorporadora. “Elas são de todos os setores da empresa, desde o pedreiro até o escalão abaixo da diretoria”, garante. Segundo o executivo, o único critério para receber os apartamentos é continuar na empresa até a entrega do empreendimento. Lançado em outubro deste ano, o MayBelly Towers teve a obra iniciada em 2025 e a previsão de entrega é em 2030. 

9) Depois de dominar Porto Alegre, Melnick mira Santa Catarina com projetos que somam R$ 17 bilhões

Uma das construtoras mais conhecidas do Rio Grande do Sul, a Melnick finalmente atravessará o Rio Mampituba, na divisa gaúcha, rumo a Santa Catarina. Após 54 anos movimentando Porto Alegre com obras de alto padrão, a incorporadora gaúcha agora desembarca no litoral catarinense com um portfólio de 11 projetos que somam 17,7 bilhões de reais em Valor Geral de Vendas (VGV). O ponto de partida é a Praia Brava, em Itajaí , cidade vizinha de Balneário Camboriú, o principal polo imobiliário do Brasil nos últimos anos.

10) Mansão de R$ 220 milhões será demolida para construção de condomínio de alto padrão no Leblon (RJ)

Uma mansão de R$ 220 milhões que já foi considerada a mais valiosa do Brasil e fica em um dos endereços mais caros do Rio de Janeiro, o Jardim Pernambuco, no Leblon, será demolida para dar lugar a um condomínio de até oito casas de alto padrão batizado de Estância Pernambuco. Segundo o atual dono do terreno, a Mozak, especializada em erguer imóveis de alto padrão, a área de cada lote irá variar de 1.120 metros quadrados até 4 mil metros quadrados. O valor mínimo de cada área é de R$ 19,5 milhões. Todas as futuras casas terão vista para o mar e para a mata nativa. Cada casa terá um projeto diferente.