A Prefeitura de Goiânia vai aumentar a área urbana da capital em 1.210 hectares, o equivalente a 1.695 gramados do Estádio Serra Dourada. De acordo com dados apurados pelo O Popular, dos 21 processos para uso da Outorga Onerosa de Alteração de Uso (OOAU) submetidos, a administração municipal aprovou 19.

O dispositivo é usado para transformar a área rural em área urbana. A partir dos processos, a macrozona construída de Goiânia se expande, com espaços que poderão ser usados para loteamentos e ser ocupados por edifícios, casas, comércios e outros elementos urbanos.

Com a área aprovada, Goiânia ganha 2,7% na atual macrozona construída e perde 4,28% na macrozona rural. O acréscimo só foi possível graças ao no Plano Diretor de 2023, que mapeou e definiu as áreas que poderiam ser transformadas em urbanas.

O OOAU criou três tipos de áreas urbanas em Goiânia: a macrozona construída, que se refere a área urbana do município; a macrozona rural, fora do perímetro urbano; e a área demarcada, que está dentro da rural, mas que poderia se tornar urbanizável desde que executado os processos descritos e aprovados pela Prefeitura.

Segundo o O Popular, conforme dados da Secretaria Municipal de Planejamento e Urbanismo Estratégico (Seplan), dos 19 processos aprovados pela Prefeitura, dois foram feitos em 2023, resultando em 122 hectares de acréscimo de área; 16 são de 2024, com adição de 919 hectares; e outros 3 são de 2025, resultando em mais 166 hectares. Os três que foram negados pela Seplan não estavam em conformidade com os critérios legais.

A macrozona rural que teve maior acréscimo de hectares foi a da Capivara, que abrange a região localizada na saída dos municípios de Santo Antônio de Goiás e Nerópolis, entre a GO 080 e 462. Ao todo, foram seis processos autorizados na região, que representam cerca de 4,89% de toda esta macrozona rural.