Conforme as projeções econômicas para 2025 e previsão de reajuste e desaceleração no índice de venda residencial da FipeZap, e outros fatores ligados à inflação e custos de produção, a perspectiva é de cenário desafiador para o mercado de imóveis de médio e alto padrão no país.A conjuntura esperada pode favorecer o mercado de luxo, com foco nas cidades do litoral de Santa Catarina, como Balneário Camboriú, que segue tendo o metro quadrado para compra mais caro do país.

No ranking, as cidades catarinenses se destacam nas primeiras posições. Em Balneário, o metro quadrado do imóvel custa, em média, R$14 mil. Na lista, entre as mais caras, ainda estão: Itapema (SC), com média de R$ 13.592, em segundo lugar; Itajaí (SC), com R$ 12.008, em quarto lugar; e Florianópolis (SC), com R$ 11.845, em quinto.

Confira a lista das 20 cidades com o maior preço/m² do Brasil:

1 - Balneário Camboriú (SC) - R$ 14.041/m²

2- Itapema (SC)- R$ 13.592/m²

3 - Vitória (ES) - R$ 12.522/m²

4- Itajaí (SC) - R$ 12.008/m²

5 - Florianópolis (SC) - R$ 11.845/m²

6 -São Paulo (SP) - R$ 11.428/m²

7 -Barueri (SP)- R$ 10.944/m²

8 - Curitiba (PR)- R$ 10.762/m²

9 - Rio de Janeiro (RJ)- R$ 10.330/m²

10 - Belo Horizonte (MG) - R$ 9.596/m²

11- Brasília (DF)- R$ 9.488/m²

12- Maceió (AL)- R$ 9.342/m²

13- Vila Velha (ES) - R$ 9.226/m²

14- Fortaleza (CE)- R$8.064/m²

15 - Recife (PE)- R$ 8.062/m²

16 - São José (SC)- R$ 8.010/m²

17 - Goiânia (GO) - R$7.943/m²

18 - Osasco (SP) - R$ 7.806/m²

19 - São Luís (MA) - R$ 7.636/m²

20 - Joinville (SC) - R$ 7.595/m²

O mercado de luxo no Estado de Santa Catarina é impulsionado não somente pela procura turística, especialmente no litoral, mas também pelo cenário econômico, que transforma a região em um destino muito procurado também para trabalho e moradia. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em agosto de 2024, SC teve crescimento populacional de 5,89% em comparação com o ano anterior. Entre os Estados do Sul, foi o que mais teve aumento.

Projeções econômicas

De acordo com a análise de especialistas, feita pela Exame, a atividade econômica no país seguirá aquecida no primeiro semestre de 2025. Os últimos Boletins Focus do Banco Central (BC) apontam um crescimento real do PIB anual de 2,1%. Já para o mercado de trabalho, a previsão do Focus é de taxa média de 6,7%.

Relacionando os dados, há fortes indicativos de que a atividade econômica no país seguirá aquecida, fator que contribui diretamente para o aumento de renda da população e, consequentemente, da procura pelo mercado de luxo.

À Exame, a economista da DataZap, Paula Reis, avaliou o impacto no setor. "Essa combinação pode ser um indicativo de que a atividade econômica ainda estará aquecida, apesar de não tanto quanto em 2024, o que contribui para o aumento de renda da demanda por imóveis de luxo", afirmou a especialista.

Além disso, a pressão da restrição de crédito, em consequência da alta da taxa Selic, e a redução dos recursos da poupança, acabam por afetar negativamente o segmento dos imóveis de médio padrão. O ambiente restritivo promete, então, impulsionar os setores de aluguel e de luxo, favorecendo as demandas.