Uma das primeiras coisas a se pensar na hora de escolher um imóvel para comprar é a forma de pagamento e o cálculo das despesas gerais para saber a margem que cabe no orçamento. Nessas horas, surge uma dúvida entre os mais leigos: qual o valor ideal de entrada?

A tal entrada é um valor pago à vista no momento da assinatura do contrato de compra e venda, como um sinal da oficialização da negociação. O valor é descontado do total final e influencia diretamente no financiamento, já que dita o quanto de restante ficará para ser quitado parceladamente.

O ideal é dar o maior valor de entrada possível, de modo a diminuir os custos das parcelas do financiamento e os juros. Conforme as diretrizes aplicadas pelas instituições bancárias, são concedidos no máximo 80% do valor de avaliação para financiamento de imóveis, o que determina o valor da entrada.

Por exemplo, num imóvel avaliado pelo banco em R$1 milhão, o valor máximo financiado seria de R$ 800 mil. O que determina uma entrada mínima de R$200 mil.

Em alguns bancos o valor máximo financiado atualmente é de 70% do valor de avaliação do imóvel, o que aumenta o valor da entrada. Esses percentuais mudam de acordo com uma série de fatores, em especial ligados a economia do país, e a oferta de crédito para financiamento. Quanto menos recurso disponível, menor o percentual que o banco financia.

Em 2017, por exemplo, os bancos financiavam no máximo 50% do valor de avaliação. Em 2021 houve momentos em que os bancos financiavam até 90% do valor de avaliação. Neste caso, é importante ressaltar que o bem é registrado no nome do comprador, mas fica alienado ao banco, como garantia de recebimento do valor financiado.

Nesse sentido, antes de mais nada, o comprador precisa avaliar qual a faixa de preço cabe em seu bolso, de modo a não comprometer sua estabilidade financeira, e se programar para conseguir dar um bom valor de entrada. O valor da entrada varia de pessoa para pessoa, considerando o padrão de vida, a situação financeira, as metas e prioridades.

Ademais, para além do valor da entrada, também é indicado que o comprador tenha em mente que também terá que arcar com os custos adicionais, que dizem respeito às taxas de transferência, impostos e taxas de corretagem, por exemplo, que devem ser repassados integralmente. Nos cálculos do valor de entrada ideal, que cabe na sua renda e no perfil de imóvel que deseja adquirir, reserve uma quantia extra para essas despesas.

A dica é: pensou em adquirir um imóvel, se planeje financeiramente e busque orientações de um corretor imobiliário de confiança. Dinheiro em caixa, além de representar maior poder de compra e escolha, ainda influencia diretamente no prazo de financiamento e no custo total do imóvel.